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Como atenuar a azia

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Saúde
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Comentários: 1
Como atenuar a azia

Por azia entende-se, um excesso de acidez no estômago, que reflui para dentro do esófago. E é desta agressão ao esófago que decorre a sensação de azia, que pode ser despoletada após a ingestão de alimentos irritantes, condimentados, picantes, ácidos, muito gordurosos, bebidas alcoólicas, chocolate, café em exagero, por medicamentos (sobretudo anti-inflamatórios), pela obesidade, pelo tabaco e o sedentarismo, por stress ou depressão, etc. A azia, ou acidez gástrica, está, amiúde, associada a digestões difíceis e prolongadas. Na verdade, a azia é apenas o sintoma de uma doença da má digestão: a dispepsia.

Esta patologia é ocasionada por uma disfunção do tubo digestivo, que não trata convenientemente os alimentos absorvidos, pelo que estes não são digeridos devido à falta de algumas substâncias, como as enzimas salivares ou pancreáticas, o ácido gástrico e a bílis. Dores de estômago, desconforto, náuseas e enfartamento integram o rol de sintomas. Muita gente chama azia a este quadro, mas fá-lo de forma errada. Trata-se de uma doença crónica. O que acontece frequentemente é uma desvalorização dos sinais e a automedicação durante anos a fio, geralmente com antiácidos, o que é perigoso. Os fármacos atenuam as dores, mas pioram a dispepsia. Para além disso, os químicos podem camuflar alguma situação por detrás desta, como sejam uma úlcera gástrica ou duodenal, ou um tumor gástrico ou do esófago. Portanto, as queixas dispépticas têm, necessariamente, de ser apreciadas pelo médico, até porque certas doenças do intestino delgado (por exemplo, a doença de Crohn), infeções bacterianas e a intolerância ao glúten também podem dificultar o processo digestivo.

Com o propósito de conseguir uma digestão sem problemas, é aconselhável confeccionar os alimentos de modo simples (cozidos ou grelhados), evitando fritos, refogados e molhos muito elaborados, e recorrendo a ervas aromáticas e/ou especiarias (os coentros, a salsa, o funcho, …, têm propriedades digestivas). Paralelamente, há que consumir vegetais e frutos, que combatem a prisão de ventre, o enfartamento e a sensação de barriga inchada.

As refeições devem ser fracionadas ao longo do dia, comendo pouco de cada vez (não se deve estar sem comer mais de três horas) e mastigando e insalivando bem os alimentos. A ingestão de líquidos é essencial (pelo menos, 1,5l de água diariamente). Adicionalmente, é preciso alterar alguns hábitos do dia a dia, aprendendo a descontrair e encetando um programa de actividade física regular (caminhada, corrida, …). Suplementos alimentares à base de plantas com efeitos benéficos sobre o aparelho digestivos podem, igualmente, ajudar.

O gengibre acalma o estômago e estimula ligeiramente as secreções digestivas, promovendo o fluxo biliar; os chás de camomila e funcho são indicados, inclusive, para crianças e bebés; a alteia, o ananás e a papaia auxiliam, identicamente, a digestão e promovem melhor absorção dos nutrientes.

Transversalmente, não é recomendável deitar-se logo após uma refeição (devendo-se aguardar uma ou duas horas), usar roupas apertadas (que aumentam a pressão no abdómen, facilitando o refluxo da acidez do estômago para o esófago, culminado em azia), beber líquidos gasosos (mormente à refeição), recorrer ao leite como remédio (pois, ao bloquear a acidez no estômago, está-se a induzi-lo a produzir mais) e, acima de tudo, a automedicação, suscetível de, na prática, tirar as possibilidades de tratamento e fazer perder preciosos minutos de vida, uma vez que é possível que a azia se apresente como sinal de uma doença grave. Além disso, os antiácidos a tomar dependem de cada caso e não devem conter alumínio.

Manter o peso dentro de níveis aceitáveis é regra de ouro. A gordura acumulada funciona como uma pressão adicional sobre o estômago, fomentando o refluxo. E não esqueça: é a avaliação precisa de um especialista que lhe trará melhor qualidade de vida


Maria Bijóias

Título: Como atenuar a azia

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoMark

    27-12-2010 às 18:44:31

    Muito bom texto. Nota 10!

    ¬ Responder

Comentários - Como atenuar a azia

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Pulp Fiction: 20 anos depois

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Arte
Pulp Fiction: 20 anos depois\"Rua
Faz hoje 20 anos que estreou um dos mais importantes ícones cinematográficos americanos.

Pulp Fiction é um marco do cinema, que atirou para a ribalta Quentin Tarantino e as suas ideias controversas (ainda poucos tinham visto o brilhante “Cães Danados”).

Repleto de referências ao cinema dos anos 70 e com uma escolha de casting excepcional, Pulp Fiction conquistou o público com um discurso incisivo (os monólogos bíblicos de Samuel L. Jackson são um exemplo disso), uma violência propositadamente mordaz e uma não linearidade na sucessão dos acontecimentos, tudo isto, associado a um ritmo alucinante.

As três narrativas principais entrelaçadas de dois assassinos, um pugilista e um casal, valeram-lhe a nomeação para sete Óscares da Academia, acabando por vencer na categoria de Melhor Argumento Original, ganhando também o Globo de Ouro para Melhor Argumento e a Palma D'Ouro do Festival de Cannes para Melhor Filme.

O elenco era composto por nomes como John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e (porque há um português em cada canto do mundo) Maria de Medeiros.

Para muitos a sua banda sonora continua a constar na lista das melhores de sempre, e na memória cinéfila, ficam eternamente, os passos de dança de Uma Thurman e Travolta.

As personagens pareciam ser feitas à medida de cada actor.
Para John Travolta, até então conhecido pelos musicais “Grease” e “Febre de Sábado à Noite”, dar vida a Vincent Vega foi como um renascer na sua carreira.

Uma Thurman começou por recusar o papel de Mia Wallace, mas Tarantino soube ser persuasivo e leu-lhe o guião ao telefone até ela o aceitar.

Começava ali uma parceria profissional (como é habitual de Tarantino) que voltaria ao topo do sucesso com “Kill Bill”, quase 10 anos depois.

Com um humor negro afiadíssimo, Tarantino provou em 1994 que veio para revolucionar o cinema independente americano e nasceu aí uma inspirada carreira de sucesso, que ainda hoje é politicamente incorrecta, contradizendo-se da restante indústria.

Pulp Fiction é uma obra genial. Uma obra crua e simultaneamente refrescante, que sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico.
Pulp Fiction foi uma lição de cinema!

Curiosidade Cinéfila:
pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade a partir do início de 1900. Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e o termo “pulp fiction” foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas.

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Carla Correia

Título:Pulp Fiction: 20 anos depois

Autor:Carla Correia(todos os textos)

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