Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Arte > Arte, paixão ou revolta? A música que o diga!

Arte, paixão ou revolta? A música que o diga!

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Arte
Arte, paixão ou revolta? A música que o diga!

A música é o mais completo e sofisticado meio de comunicação entre as variadas sociedades desde sempre. Transmite inegavelmente e de uma forma singular todos os afetos, insurreições e irritações que expressados por vocábulos passavam a ser ridículos ou ofensivos e, no entanto, através da música tornamo-nos tolerantes e complacentes …

Enfim, a música torna-nos necessariamente mais piedosos e naturalmente mais próximos da perfeição… apenas mais próximos porque essa mestria só poderá existir no dia em que tenhamos o bom-senso parar por instantes, ouvir e interpretar os sons. Recordemo-nos que, em criança, qualquer som atraía a nossa atenção. Procurávamos quase instintivamente decifrar os sons e automaticamente a nossa mente filtrava o que considerava ruído do que era percebido como melodia.

A reação era quase imediata e deliciosamente descomplicada: um choro ou um sorriso. Estaremos nós mais vocacionados para a comunicação quando nascemos e vamos perdendo com a aprendizagem de novos meios de correspondência essa valiosa sabedoria? A música, seja qual for o seu género, é perfeita em toda a sua essência, o rock progressivo elevamos a um nível quase virtual, o hard rock, a um nível de euforia animal, o punk e o reaggae leva-nos de volta a uma adolescência contestatária e idealista, distante e quase perdida mas sempre desejada; o metal, trash ou não, faz-nos sonhar, o jazz improvisado ou não fascina-nos com a sua estranheza e excelência, os blues com toda a sua história transporta-nos a um passado que muitas vezes não foi nosso mas sentimos a dor aos primeiros sublimes acordes, o disco-sound leva-nos a um universo multicolor e resplandecente, no rap sentimos a rebeldia a contestação, na musica clássica procuramos muitas das vezes decifrar algo que nos parece complexo mas apaixonante …e podia continuar por aqui fora e deixaria certamente de mencionar outros estilos musicais que tanto admiro e idolatro… A música é, de facto, o que nos une e marca para sempre.

A arte de bem combinar os sons, definição tradicional de música, tem um sentido mais amplo do que podemos imaginar. De facto, a combinação dos sons pode resultar numa infindável panóplia de efeitos musicais, mais melódicos para uns do que para outros. Mas quando os sons transmitem uma mensagem, seja ela qual for, estramos perante a verdadeira música, aquela que perdura no tempo, inabalavelmente resistente ao definhar dos antigos instrumentos musicais e à invasão da eletrónica e dos computadores.
O que seria da vida sem música? É disso que é composta a natureza.

Eugénia Costa

Título: Arte, paixão ou revolta? A música que o diga!

Autor: Eugénia Costa (todos os textos)

Visitas: 0

611 

Comentários - Arte, paixão ou revolta? A música que o diga!

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Ler próximo texto...

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

Pesquisar mais textos:

Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios