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Início > Textos > Categoria > Arte > Frida Kahlo: Arte e Sofrimento

Frida Kahlo: Arte e Sofrimento

Categoria: Arte
Visitas: 60
Comentários: 12
Frida Kahlo: Arte e Sofrimento

"Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o tema que conheço melhor".

Esta frase era a frase utilizada por Frida Kahlo para justificar os inúmeros auto-retratos que pintou ao longo da vida.

Frida é considerada uma das mais grandiosas pintoras mexicanas. Ela pintava para si mesma, numa tentativa de minorar a sua dor.

Frida teve uma vida marcadas por tragédias que acabaram por traçar o seu caminho e influenciar o modo como via o mundo e tudo aquilo o que a rodeava.

Aos 6 anos, contraiu poliomielite, que lhe trouxe sequelas que a haviam de acompanhar pela vida fora, tendo ficado coxa devido a problemas na perna direita e no pé esquerdo.

Aos 18 anos, na altura em que estudava medicina, sofreu um acidente que iria transformar para sempre a sua vida e a sua maneira de ser: o autocarro onde seguia bateu num eléctrico e Frida sofreu graves ferimentos na coluna, costas, pélvis, ombros e pés. Esteve hospitalizada muitos meses e foi nessa altura que começou a pintar, para se distrair e para minimizar a tristeza que sentia. Efectivamente, conseguiu recuperar do grava acidente, mas ao longo da vida teve recaídas constantes e fez inúmeras intervenções cirúrgicas e viveu para sempre cheia de dores.

Saída do hospital, e posto de lado o sonho de vir a tornar-se médica, decidiu dedicar-se por inteiro à pintura.

Foi por essa altura que se começou a relacionar com artistas e intelectuais, tendo conhecido Diego Rivera, um famoso pintor muralista, por quem se tomou de amores, e com quem viria a casar, aos 21 anos.

Diego Rivera instiga-a mesmo a pintar os acontecimentos que ela considere serem os mais importantes na sua existência – começa então a pintar as suas angústias e vivências, a intensidade dos seus sentimentos, os medos, raivas, sonhos e o amor por Diego. Os seus quadros representam assim a sua experiência pessoal, pois pintava as coisas tal como as via e como as sentia.

O seu estilo era inspirado na arte popular mexicana. Eram pinturas ingénuas, auto-retratos e factos da vida, repletos de cores fortes. Nos seus auto-retratos, pintava-se contrastando a sua figura com vastas paisagens vazias, ou em quartos frios, que representavam a solidão que sentia.

Foi também ideia de Diego Frida começar a usar roupas tradicionais mexicanas, de modo a criar um visual próprio. Assim, passou a usar vestidos e saias compridas de cores garridas. Esta indumentária aliada às suas unidas e espessas sobrancelhas, eram a sua imagem de marca.

A impossibilidade de ser mãe, devido ao grave acidente que sofreu, foi o seu maior desgosto. A gravidez e o aborto foram dos temas mais retratados, em telas cheias de revolta e tristeza.

Com o passar dos anos, a pouca saúde que tinha foi-se deteriorando: colares ortopédicos e cadeiras de rodas passaram a ser seus companheiros constantes. Muitas vezes pintava acamada. Houve mesmo alturas em que entrava em depressão profunda. Porém, jamais deixou de pintar.

Frida viria a falecer em 1954, vítima de uma embolia pulmonar, após ter contraído uma pneumonia. Há pesquisadores, porém, que acreditam que a causa da sua morte não foi esta, mas sim o envenenamento por alguma das amantes do marido. Outros falam da hipótese de suicídio, uma vez que o diário que sempre a acompanhou termina com a frase “Aguardo alegre a saída e espero não voltar jamais”.



Catarina Bandeira

Título: Frida Kahlo: Arte e Sofrimento

Autor: Catarina Bandeira (todos os textos)

Visitas: 60

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Comentários     ( 12 )    recentes

  • SophiaSophia

    22-04-2014 às 15:59:32

    Que história impactante dessa Frida Kahlo. Como os sofrimentos que passamos mudam o cursor da nossa vida. A Rua Direita agradece seu belíssimo texto.

    ¬ Responder
  • Sofia NunesSofia Nunes

    17-09-2012 às 15:11:26

    Frida Kahlo é especial. Sinto que não a entendo completamente, uma vez que aquilo que, acima de tudo, move as suas obras e está por detrás de cada movimento do pincel é a dor física. Considero que só podemos apreciar verdadeiramente aquilo que entendemos como parte de nós, e nesse sentido Frida não está bem presente em mim. No entanto tive recentemente o prazer de visitar uma exposição bastante completa de fotografias suas e apreciei.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoDaniela Vicente

    09-09-2012 às 12:16:19

    Frida Kahlo é mesmo uma artista singular, assim como a sua beleza exterior. A frase com que inicia o texto é muito interessante e dá que pensar, pois quem conhece a sua obra sabe que ele tem muitos auto-retratos. Todos belíssimos. Tal como todos os pintores, ela vivia num sofrimento constante e talvez por isso esta frase tem tanta simbologia. É uma referência a todas as suas vivências. Parabéns pelo seu texto.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãoana maria

    03-06-2011 às 14:11:25

    Eu verifiquei os quadros de Frida, sinto muito por ela, mas acho que a arte não favoreceu muito, ou melhor ela não soube aproveitar todo o benefício da arte. Seus quadros não transmitem o desejo em viver ou melhorar sua vida e sim reclama da vida que tem. Seus trabalhos são oprimidos e acho que ela deseja mostrar sua revolta pelas coisas que aconteceram. Se ela aproveitasse a arte, para atrair coisas boas, tenho certeza que ela estaria bem melhor. sinto muito por ela ter sofrido tanto .
    Mas como ela mesmo declara
    "Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei minha própria realidade".

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoBruna Trelha

    20-12-2012 às 10:31:37

    A arte sempre tem que relatar coisas boas? Ela relatava a sua realidade e nem por isso acho que ela não usou bem sua arte.

    ¬ Responder
  • Larissa Rosa

    28-02-2013 às 12:59:29

    Concordo com você Bruna Trelha.Arte não é só para expressar coisas boas.Pode até ser que retrate coisas ruins,mas que você as use para que possa pensar,refletir...É só se por no lugar do outro.Se você fosse Frida retrataria só coisas boas,passando por tudo que ela passou?Se fazendo de feliz sendo que você não é?Ela apenas pinta o que sente,talvez seja um modo de aliviar as mágoas.

    ¬ Responder
  • ANTONIO

    29-03-2014 às 08:46:43

    Absolutamente,Larissa Rosa,expressar-mos,aquilo que verdadeiramente,somos interiormente não me parece que esteja,no "cardápio"de pessoas completamente,livres,de uma liberdade total.

  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoPaulo Henrique

    13-08-2010 às 21:28:23

    Gostei muito do texto mas não aborda muito sobre sua recuperação apos os acidentes...
    Se alguem tiver ou souber sobre esse assunto porfavor mim passa tenho curiosidade em saber...
    Obrigado xD...

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoTiago

    29-03-2010 às 01:00:24

    em qual movimento artistico vocês enquadrariam frida kahlo, no realismo ou romantismo?

    ¬ Responder
  • AntonioAntonio

    15-03-2012 às 18:48:56

    Frida não se enquadra em nenhum dos dois. Ela não se enquadra em nenhum movinmento. O mais próximo seria expressionismo.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãogilberto

    06-10-2009 às 00:35:41

    Eu tambem adorei este texto sobre Frida Kahlo , o muito obrigado.

    Para mim a Frida Kahlo nunca morreu!

    ¬ Responder
  • lukinhaslukinhas

    08-04-2009 às 14:19:27

    baah gosteii muito mesmo dos seus trabalhos achei mto interesante o jeitu q você fas artee e é educativo tambem porque arte e cultura também

    ¬ Responder

Comentários - Frida Kahlo: Arte e Sofrimento

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A história da fotografia

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Tema: Fotografia
A história da fotografia\"Rua
A história e princípios básicos da fotografia e da câmara fotográfica remontam à Grécia Antiga, quando Aristóteles verificou que os raios de luz solar e com o uso de substâncias químicas, ao atravessarem um pequeno orifício, projetavam na parede de um quarto escuro a imagem do exterior. Este método recebeu o nome de câmara escura.

A primeira fotografia reconhecida foi uma imagem produzida em 1826 por Niepce. Esta fotografia foi feita com uma câmara e assente numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo, tendo estado exposta à luz solar por oito horas, esta encontra-se ainda hoje preservada.

Niepce e Louis –Jacques Mandé Daguerre inciaram em 1829 as suas pesquisas, sendo que dez anos depois foi oficializado o processo fotográfico o nome de daguerreótipo. Este processo consistia na utilização de duas placas, uma dourada e outra prateada, que uma vez expostas a vapores de iodo, formando uma pelicula de iodeto de prata sobre a mesma, ai era a luz que entrava na camara escura e o calor gerado pela luz que gravava a imagem/fotografia na placa, sendo usado vapor de mercúrio para fazer a revelação da imagem. Foi graças á investigação realizada por Friedrich Voigtlander e John F. Goddard em 1840, que os tempos de exposição e revelação foram encurtados.




Podemos dizer que o grande passo (não descurando muitas outras mentes brilhantes) foi dado por Richard Leach Maddox, que em 1871 fabricou as primeiras placas secas com gelatina, substituindo o colódio. Três anos depois, as emulsões começaram a ser lavadas com água corrente para eliminar resíduos.

A fotografia digital


Com o boom das novas tecnologias e com a capacidade de converter quase tudo que era analógico em digital, sendo a fotografia uma dessas mesmas áreas, podemos ver no início dos anos 90, um rápido crescimento de um novo mercado, a fotografia digital. Esta é o ideal para as mais diversas áreas do nosso dia a dia, seja a nível profissional ou pessoal.

As máquinas tornaram-se mais pequenas, mais leves e mais práticas, ideais para quem não teve formação na área e que não tem tempo para realizar a revelação de um rolo fotográfico, sem necessidade de impressão. Os melhores momentos da nossa vida podem agora ser partilhados rapidamente com os nossos amigos e familiares rapidamente usando a internet e sites sociais como o Facebook e o Twitter .

A primeira câmara digital começou a ser comercializada em 1990, pela Kodak. Num instante dominou o mercado e hoje tornou-se produto de consumo, substituindo quase por completo as tradicionais máquinas fotográficas.

Sendo que presentemente com o aparecimento do FullHD, já consegue comprar uma máquina com sensores digitais que lhe permitem, além de fazer fotografia, fazer vídeo em Alta-Definição, criando assim não só fotografias quase que perfeitas em quase todas as condições de luz bem como vídeo com uma qualidade até agora impossível no mercado do vídeo amador.

Tirar fotografias já é acessível a todos e como já não existe o limite que era imposto pelos rolos, “dispara-se” por tudo e por nada. Ter uma máquina fotográfica não é mais um luxo, até já existem máquinas disponíveis para as crianças. Muitas vezes uma fotografia vale mais que mil palavras e afinal marca um momento para mais tarde recordar.

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Comentários

  • Rua DireitaRua Direita

    05-05-2014 às 03:48:18

    Como é bom viver o hoje e saber da história da fotografia. Isso nos dá a ideia de como tudo evoluiu e como o mundo está melhor a cada dia produzindo fotos mais bonitas e com qualidade!

    ¬ Responder

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