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Serei demasiado perfeccionista?

Categoria: Saúde
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Serei demasiado perfeccionista?

Ser perfeccionista é uma boa qualidade mas que se pode tornar desagradável se ela for levada em excesso. O perfeccionismo pode aplicar-se em qualquer situação da vida, seja em casa, no emprego, na educação dos filhos e outras coisas do dia-a-dia. Há pessoas que são tão perfeccionistas que acabam por desenvolver uma obsessão tão grande que acabam por ficar doentes.

È bom ser perfeccionista na arrumação da casa, dos livros, mas se for em demasia pode acabar por estragar os dias às pessoas que convivem com o perfeccionista. Por exemplo há pessoas que são tão exageradas no perfeccionismo que nem deixam dar uso às coisas que têm em casa, para não sujar, estragar guardam os objectos, os sofás, fecham portas não permitindo o prazer de beneficiar com o seu conforto. Outras são demasiado perfeccionistas no trabalho, estragando o dos outros com a crítica ou os actos alusivos ao perfeccionismo.

Deve pois fazer-se uso do perfeccionismo com conta, peso e medida certa pois caso contrário pode tornar-se num pesadelo para quem convive com um perfeccionista.

Quando levado a extremos é um pesadelo constante, leva a divórcios, a despedimentos e a fuga de casa. Isto aplica-se a pais, professores, patrões, que são demasiado perfeccionistas. Assim eles podem mesmo destruir a vida de quem lhes está próximo.

Convêm tomar-se medidas de alerta em face destes perfeccionistas desmedidos, que por vaidade ou doença não vivem nem deixam viver os outros. Por vaidade, estragam muita coisa ao seu redor.

Mas se o perfeccionismo for na devida medida pode ser bom em qualquer situação. Ajuda a crescer, a evoluir, mas só no caso de um perfeccionismo com conta e medida.

Ao fazer-se qualquer coisa, seja pintar, esculpir, tirar fotografias deve ser-se perfeccionista para conseguir uma arte perfeita. Porém não deve exagerar-se para não desenvolver uma mania ou tara.

Há pessoas que põem perfeccionismo em tudo, nos horários, na marcação de viagens, nas refeições, planeiam tudo, impõem uma regra constante no dia-a-dia. Isso parece que é muito bom mas muitas vezes não passa de uma tara de perfeccionismo porque taxam tudo, privam-se de muitas coisas a si e aos outros não permitindo algo de diferente. A rigidez excessiva é algo a combater, não deixa evoluir nem sair da rotina. Porque o perfeccionista planeia tudo tão ao pormenor que quando não sai como quer simplesmente não faz, nem deixa fazer.

Pensando bem o perfeccionismo exagerado não passa de uma doença obsessiva pela perfeição.


Teresa Maria Batista Gil

Título: Serei demasiado perfeccionista?

Autor: Teresa Maria Gil (todos os textos)

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Imagem por: Todd Baker << technowannabe

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Fine and Mellow

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Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Sayonara Melo

Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

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