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Rascunhando o Passado

Categoria: Literatura
Rascunhando o Passado

Em uma de noite fria de inverno, Antônia- uma dona de casa e esposa de um marinheiro naval, que terminando de arrumar sua cama para se deitar com o filho de apenas doze dias já que não havia luz em todo o seu bairro. De madrugada, um homem encapuzado invade sua casa. Aperta sua campainha e quando ela abre a porta, mesmo estando morta de cansaço e logo um homem encapuzado à alveja e atira com uma mega metralhadora em sua cabeça, levando o bebê em seus braços para o campo de batalha e concentração.

Quando chegou lá no campo de batalha a criança foi alimentada de pão e água, apenas e foi criada por homens de preto que nunca mostravam o rosto e a rotina da criança fora árdua desde quando completou quinze anos, quando ele foi recrutado pelos terroristas e começou a almejar o mais alto cargo. Sem nunca ter frequentado uma escola, ele, para sobreviver começou a realizar pequenos furtos e roubos.

Quando completou dezoito anos, ele em plena ação com várias pessoas temendo o que ia fazer com uma garota de dezesseis anos como refém de sua metralhadora até que ele foge com essa garota às mãos de seus poderes já que se encontrava fortemente armado, foge deixando o resto para trás e as outras pessoas aliviadas por terem sido poupadas e preocupados com a vida da garota em perigo que, no meio do caminho que ela não faz ideia para onde o qual ele o levava, e o pergunta.

- O que pretende fazer comigo rapaz? - pergunta a moça encorajando-se.
- Deixar-lhe viva é que não vai ser!
- Por que faz isso? Não tem pai e nem mãe.
- Infelizmente não os conheço por até hoje eu ser criado pelo avô nas ruas, onde a nossa única forma de sobrevivência é por meio de roubos e pequenos furtos!
- Todo de preto e encapuzado?
- Sim.
- Não têm amigos que lhe possa ajudar com seu avô?
- Só os que fazem a mesma coisa para viver.
- Qual é o seu nome?
- Sílvio.
- Que nome diferente!
- O meu avô acha azótico.
- Legal! Você não vai me dizer para onde está me levando? Você me machucou.

Sílvio mais uma vez se cala, deixando a menina ainda mais com medo até que após duas horas de caminhada e ter chegado ao alto de um penhasco, ele à empurra para que caía, no entanto ao vê-la desesperar e antes que caísse do alto do abismo que parecia não ter fim, ele consegue salvá-la e depois de ser salva, ela o acerta com vários golpes de luta até que consegue imobilizá-lo e à partir daí, ele começa a abrir o jogo ao ver-se derrotado.

- Vai abrir o jogo ou não?
- Eu não faço ideia de quem seja minha mãe e, muito menos, o meu pai.
- Como assim?
- Não sei nada. Muito menos o meu nome!
- Ah, tá. E de onde tirou esse nome?
- Foi o primeiro que veio à mente. Tem uma parte da minha história que não conheço. Já conheceu alguém que tenha vivido sem infância?
- Não. Por que 'sem infância'?
- Que pergunta difícil!
- Você não sei quem são. Não faço ideia de quem possa ser meus pais?
- Como você tem vivido esses anos? Quantos anos você tem?

- Roubando e assassinando. Dezoito e daqui dois meses eu faço dezenove! Você tem família?
- Eu tenho. Se você visse uma estrela cadente, qual sonho pediria para ser realizado?
- Uma única oportunidade de viver minha infância ao lado dos meus pais [...]. - Desatou a chorar aos prantos.
- Olha eu vou te deixar um dinheiro e eu vou embora. Eu ainda tenho uma questão sem resposta, você se importa em responder?
- Por que não me matou?
- Eu viu seus olhos lagrimejar quando engatilhei o armamento [...].
- Que dia é seu aniversário?
- Trinta de dezembro.
- Olha, que legal! Comemora junto com a virada de ano.

- Você que pensa! Nunca comemorei o meu aniversário.
- Nossa! Que avô é esse?
- Vai embora! Ele vai achar ruim da minha demora.
- Calma! Espera. Você não vai querer o dinheiro?
- Bem lembrado! Estou com uma fome de leão.
- Imagino! - Pegando uma nota de cem reais de sua carteira.
- Obrigado! Você é corajosa.
(Riu sem graça a menina).
- Por quê?
- É uma raridade ver alguém andar com uma nota de cem reais na carteira hoje em dia.
- Ah. Agora vai! Amanhã a gente se vê para eu te ajudar?

- Não quero abusar de sua bondade!
- Que isso menino! Não há problema algum em ajudar um amigo ou alguém que passe por necessidade.
- Está bem. Se insiste, pode ser aqui mesmo amanhã?
- Claro! Mas que horas?
- Não sei. Você tem celular?
- Tenho sim.
- Me passa o seu número para eu te ligar de um orelhão!

- Tá. Só deixa eu pegar um pedaço de uma folha de papel em branco aqui da minha agenda. - Encolheu o braço esquerdo e com o tronco empurrou a bolsa para frente, com o direito colocou sua mochila no chão e no bolsinho de fora e de lado, ela abriu, pegou um bloquinho de papel, anotou o seu número, deu para ele e perguntou-o: Você vai me ligar de onde?
- De um orelhão. Posso-lhe fazer só um pedido apenas como acho que coisa de estrela cadente seja apenas superstição.

- Claro que pode!
- Não acredito na versão que diz o meu avô em relação a morte de meus pais [...].
- Por que não?
- Sei lá. Ele me obriga a usar essa roupa preta, de rosto mascarado! Todos os amigos do meu avô têm uma tatuagem nas costas e me obrigou a fazê-lo recentemente.
- Posso ver essa tatuagem?
- Sim. - Ele tirou o calçado, a meia e mostrou à ela a tatuagem.

- Posso tirar uma foto?
- Não. Está doida?
- Por que não?
- O meu avô não me permite!
- Como assim? O corpo é seu e não do seu avô.
- Ele vai ficar muito bravo comigo!
- Está bem. Eu não vou insistir!
- Que bom! Pensei que iria me obrigar a ser grosso contigo.
- Tchau.
- Vai com Deus menina!
- Amém!

Quando a menina chegou em casa teve uma grande surpresa, pois ninguém lá estava e as coisas da sua casa estava toda destruída, inclusive o seu quarto e na parede estava escrito em árabe pedindo para que se afastasse se Sílvio. Quando ela abre seu guada roupa, desatou muito a chora muito a ver cadáveres de seus familiares lá e uma arma em cima de sua cama.

E, de repente, o telefone toca.
- Quem é? - Chorando. A menina atende ao telefone.
A pessoa anônima não responde e a menina ainda mais fica angustiada até que faz novamente a pergunta, quando passos o seu ouvido começa a ouvir que há cada instante parecesse apressar-se até a menina que chegou a desmaiar e nada mais ver ou ouvir.
O menino que, desde então, era apenas vitimada pelas circunstancias postas por aquele quem dizia ser seu avô quando na verdade foi roubado das mãos da mãe, foi procurá-lo e depois de ter andado por toda a casa de madeira e não encontrá-lo decidiu ir para rua para ver, ao menos um sinal de fumaça até que um orelhão ele achou e ligou para a menina, no entanto o telefone dava toda hora ocupado.

Então, por sua vez, entrou novamente em sua casa sem desconfiar de nada de que seu avô estava o seguindo o tempo inteiro e resolveu aprontar com a coitada menina por quem tem se apaixonado desde quando à viu, não conseguindo tirá-la mais da cabeça.
Uma hora depois, o seu avô chegou em casa todo sujo de sangue.

- Onde o senhor estava meu avô? E,que marcas são essas em sua roupa [...].
- Trouxe uma coisa para você!
- O que é?
- Toma! - Dando-lhe uma caixa de chocolates.
Quando o menino abriu a caixa da qual pensava ter chocolates dentro viu uma foto da qual despertou a sua curiosidade que logo o fez fazer uma pergunta.
- O que significa isso?
- Não sei. Descubra! Você conhece essa menina?
- Não [...].
- Tem certeza?
- Absoluta!

- Não tente mentir para mim, eu te vi no maior papo hoje com ela!
- Como? Você estava me seguindo?
O velho sorriu ironicamente.
- O que você fez com ela?
- Vai atrás dela e descubra você mesmo!
- Mas eu não sei onde ela mora!
- Se eu sei, como você não vai saber [...].
- Você seguiu ela até onde mora!
- Você lembra do rosto de seus pais?
- Nem os conheci. Como eles são?
- A sua mãe era muito feia quando jovem, ela tinha um cabelo liso, mas de duas cores misturadas, olhos tão pequenos como a de um morcego [...]. - Riu diabolicamente.
- Isso é mentira!
- Prova!

- Você não é meu avô coisa nenhuma e eu não vou sucegar enquanto encontrar os meus pais verdadeiros!
- Como não?
- Eu não sei ao certo o que aconteceu, mas quando descobri você não perde por esperar [...].
- O que quis dizer com isso?
- Fica vendo! - Saiu pela porta pisando forte no chão.
- Aonde você vai?
- Não lhe interessa!
- Se der mais um passo eu atiro! Que número é esse ao lado da televisão? É da garota?
- Não te interessa [...].
- Posso ligar para ela? Vamos lá. Será que está tudo bem?

- Não. Não está! O que você está pretendendo fazer [...].
O avô discou o número.
- Alô. Querida!
- Quem é? - Perguntou um rapaz.
- Quem é você? Cadê a menina indefesa?
- Aqui é a casa da menina indefesa que você destruiu e aqui quem fala é o detetive da polícia, Lucas.
- Esse número está registrado aqui!
Desligou o telefone, o avô.
- O que foi?
- Vamos embora daqui!
- O que aconteceu?
- Vamos embora! Cala a boca menino!
- Para onde?

- Não te interessa! Vamos logo!
De repente a Cirene da polícia, ao longe começa a suar e o velho começou a tremer frio com medo da polícia que não demorou muito a entrar e prender aquele quem dizia ser o avô do quando na verdade, o garoto foi roubada das mãos da mãe enquanto pai militar fora à guerra, onde morreu.

O menino que teve a casa invadida por terroristas e que quase não se torna como tal, descobre ali a sua verdadeira origem um tempo depois e a menina, que ficou órfã de toda sua família como esse garoto, perdoou o senhor não guardando ódio em seu coração e, antes que fosse morto dentro do presídio, ela o soltou mesmo se tratando de um terrorista e ter devastado a sua família, a do menino e de muitas pessoas. O menino e a garota começaram um romance à partir de então. Não se desgrudaram mais.
Fim!


Kaique Barros

Título: Rascunhando o Passado

Autor: Kaique Barros (todos os textos)

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Fine and Mellow

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Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Sayonara Melo

Título:Fine and Mellow

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