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O “dialecto” dos talheres

Categoria: Alimentação
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Comentários: 1
O “dialecto” dos talheres

Quando se fala em alimentação torna-se implícito falar de talheres, já que o habitual é que se faça uso deles para comer. Efectivamente, na maior parte das circunstâncias, estes auxiliares das mãos assumem um papel preponderante na altura das refeições. E não somente por constituírem um prolongamento útil com propriedades de fundura, espeto e corte, mas também porque veiculam mensagens acerca das intenções ou vontades do utilizador, a ser captadas pelos demais intervenientes. Na prática, o mesmo é dizer que os talheres “falam” por nós.

Basicamente, com os talheres, transmitem-se três frases:

- «Encontro-me bem, estou a descansar.»

Quando, por qualquer razão não está a segurar nos talheres (porque precisa de partir um pouco de pão, socorrer-se do guardanapo, explicar por mímica algo que está a verbalizar, …), não é de bom-tom deixá-los em cima da mesa. Eles devem ser colocados dentro do prato com a ponta dos cabos de fora, esboçando um ângulo entre eles, ou então assenta-se a faca em dois pontos de apoio do prato, o cabo na borda direita e a extremidade da lâmina no topo mais afastado, enquanto que o garfo fica posicionado para a frente, com o respectivo cabo voltado para si, descrevendo um triângulo com a faca.

- «Está óptimo: quero mais.»

Consentir a repetição de uma iguaria não traduz falta de educação. Pelo contrário, trata-se de uma acção passível de ser tomada como uma loa. Não obstante, não vale a pena empanturrar-se só para agradar! A naturalidade e o respeito com que se aceita, recusa e pede integra a correcção que se espera de uma pessoa bem formada. Cruzar a ponta a faca com os dentes do garfo no centro do prato significa que se está a pedir para repetir, sem utilizar palavras.

- «Estou satisfeito (a). Já terminei.»

Ditam as regras de etiqueta que, uma vez terminada a refeição, a faca e o garfo fiquem unidos em paralelo, ou na posição das 4h 20m do lado direito, ou na das 6 horas, apoiados com os cabos na borda do prato. Acresce ainda que o fio da faca deve voltar-se para o interior do prato e o garfo com os dentes para cima.

No que toca à limpeza dos talheres, é aconselhável que estes sejam lavados logo depois de usados, para reduzir o tempo de contacto com a comida, utilizando água quente e um detergente de qualidade e neutro. Se se empregar um detergente normal, deitando umas gotas de vinagre a gordura soltar-se-á com maior rapidez e eficiência. É também recomendável que os talheres sejam guardados em locais secos, dado que a humidade provoca manchas. Intercalar lavagens à máquina com lavagens manuais é segredo de manutenção do brilho próprio dos talheres.



Maria Bijóias

Título: O “dialecto” dos talheres

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • Daniela VicenteDaniela Vicente

    20-09-2012 às 21:40:51

    eu domino na perfeição os talheres espertos que nos esperam nos restaurantes mais interessantes. desde muito cedo a minha mãe educou-me a usá-los, pois, segunda ela, é uma regra de boa educação. mais tarde, foi uma amiga minha muito à frente, que me mostrou outros toques de como lavar o copo e o garfo à mesa e onde colocar o guardanapo e com que feitio.o seu tema é muito apropriado para quem não domina.

    ¬ Responder

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Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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