A Primeira Gravidez
As perdas de sangue podem não constituir motivo de alarme, mas na impossibilidade de saber as causas sem observação clínica, e portanto, de aferir se se trata ou não de razão de alerta, as mulheres devem dirigir-se ao Centro de Saúde, nomeadamente se a perda for significativa (do tamanho de uma moeda).
Dores de cabeça fortes e visão turva podem sinalizar uma subida brusca da tensão arterial, tal como ver pontinhos luminosos. A grávida deve recorrer sem demora a um serviço de saúde, pois a tensão alta é susceptível de desencadear um episódio de pré-eclampsia (em que é possível que surjam edemas no rosto ou nas mãos), caso não seja tratada de imediato. Habitualmente, um regime alimentar adequado e a supressão de sal são suficientes para controlar essa vicissitude.
No decorrer dos primeiros meses da gravidez é natural que a temperatura aumente à volta de meio grau, relativamente à comum. Contudo, se por uma constipação ou outra doença, a gestante constatar uma temperatura superior a 39º, não hesite em procurar ajuda médica, pois a ascensão da temperatura é passível de provocar malformações no feto ou, inclusive, a sua morte.
Apesar de as infecções urinárias serem usuais durante a gravidez, dado que os altos níveis de progesterona dificultam o completo esvaziamento da bexiga nas idas à casa de banho, sempre que tal situação se verifique e que a urina patentear cor turva e odor forte, há que encaminhar-se para uma entidade de saúde.
As náuseas e os vómitos costumam acometer as grávidas no primeiro trimestre. Acontecem pela manhã e controlam-se, usualmente, tomando algum alimento antes de levantar. Todavia, se os vómitos forem exagerados, a mulher tem de consultar o seu médico. A hiperemese gravídica, caracterizada por vómitos persistentes, pode ocasionar lesões no fígado, com a laceração e sangramento deste, para além de conduzir, eventualmente, a um quadro de desidratação grave. Mais vale prevenir do que remediar.