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Amizade e relação amorosa

Categoria: Relacionamentos
Amizade e relação amorosa

Aprendemos a pensar sobre as amizades como sendo um forte elo emocional entre pessoas do mesmo sexo, que se caracteriza pela ausência de interesse sexual, ao menos de forma explícita. Por essa perspectiva, a amizade corresponderia ao fenómeno do amor, livre de ingredientes eróticos.

Qualquer intromissão do tipo seria fatal. A amizade desapareceria, transformando-se em relacionamento amoroso. Cabe registar o carácter extremamente dramático relacionado com a ruptura dos elos de amizade, em especial quando ela se dá por uma inesperada decepção com o amigo.

Além da frustração pelo fim da relação gratificante, resta o gosto amargo de não se poder confiar em mais ninguém, uma espécie de decepção com toda a humanidade. Sobra também a desconfiança em relação a nós mesmos, que pensávamos ter um critério apurado para saber quem é o outro e, de repente, somos surpreendidos por um grave erro de avaliação. A observação serve de deixa para que eu reafirme a importância de distinguirmos entre um verdadeiro elo de amizade e as ligações superficiais com pessoas conhecidas, que muitos chamam também de amigos.

Amizade é coisa séria; já os conhecidos são muitos e, quase sempre, nem os conhecemos bem. Podemos ter uma impressão favorável de muitos deles, e até mesmo desenvolver um relacionamento íntimo. Mas amigo é aquele em quem confiamos plenamente.

Como regra, a amizade não envolve coisas práticas, a não ser pequenas trocas de favores ou ajuda em situações dramáticas. A amizade deveria ser importante na escolha de parceiros e sócios em geral, mas isso não corresponde aos fatos. A partir dos anos 70, muitos dos nossos processos íntimos se alteraram. Uma das causas da mudança é a crescente igualdade entre os sexos. As amizades se tornaram frequentes entre pessoas de sexos opostos. Mas, nesse caso, pode surgir um ingrediente difícil de administrar – o do desejo sexual. Refiro-me à verdadeira amizade, não àquilo que chamam de “amizade colorida”, para sofisticar um discurso de sedução em que o objectivo é a intimidade. Para as pessoas mais sérias, e falando de amizade verdadeira, cuja preservação é muito importante, o tema é intrigante.

Só por puro preconceito ou por medo um homem e uma mulher deixam de parecer atraentes um para o outro em função da amizade. Era assim no passado, quando o uso da palavra amigo determinava que a sexualidade inexistência. Gostar de estar junto, de trocar ideias sobre as coisas relevantes e as sem importância, achar graça na forma do outro ser, falar, rir etc. Tudo isso, em princípio, deveria despertar o desejo de intimidade física. Será mais razoável termos intimidade física com uma pessoa amiga e confiável do que com alguém desconhecido. Na vida real, as coisas não acontecem assim por variadas e complexas razões. Somos mais apegados aos preconceitos do que pensamos. E amizade é algo que, por princípio, não inclui sexo. Ao pensar em intimidade física entre amigos, surgem dois medos. O óbvio é o de perdemos o amigo, por algum tipo de contratempo; e o outro, talvez o mais importante, é o de que a amizade, com a introdução do elemento erótico, se torne uma paixão fulminante.


Maria Rachel Lins Brandão

Título: Amizade e relação amorosa

Autor: Maria Rachel Brandão (todos os textos)

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Pulp Fiction: 20 anos depois

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Tema: Arte
Pulp Fiction: 20 anos depois\"Rua
Faz hoje 20 anos que estreou um dos mais importantes ícones cinematográficos americanos.

Pulp Fiction é um marco do cinema, que atirou para a ribalta Quentin Tarantino e as suas ideias controversas (ainda poucos tinham visto o brilhante “Cães Danados”).

Repleto de referências ao cinema dos anos 70 e com uma escolha de casting excepcional, Pulp Fiction conquistou o público com um discurso incisivo (os monólogos bíblicos de Samuel L. Jackson são um exemplo disso), uma violência propositadamente mordaz e uma não linearidade na sucessão dos acontecimentos, tudo isto, associado a um ritmo alucinante.

As três narrativas principais entrelaçadas de dois assassinos, um pugilista e um casal, valeram-lhe a nomeação para sete Óscares da Academia, acabando por vencer na categoria de Melhor Argumento Original, ganhando também o Globo de Ouro para Melhor Argumento e a Palma D'Ouro do Festival de Cannes para Melhor Filme.

O elenco era composto por nomes como John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e (porque há um português em cada canto do mundo) Maria de Medeiros.

Para muitos a sua banda sonora continua a constar na lista das melhores de sempre, e na memória cinéfila, ficam eternamente, os passos de dança de Uma Thurman e Travolta.

As personagens pareciam ser feitas à medida de cada actor.
Para John Travolta, até então conhecido pelos musicais “Grease” e “Febre de Sábado à Noite”, dar vida a Vincent Vega foi como um renascer na sua carreira.

Uma Thurman começou por recusar o papel de Mia Wallace, mas Tarantino soube ser persuasivo e leu-lhe o guião ao telefone até ela o aceitar.

Começava ali uma parceria profissional (como é habitual de Tarantino) que voltaria ao topo do sucesso com “Kill Bill”, quase 10 anos depois.

Com um humor negro afiadíssimo, Tarantino provou em 1994 que veio para revolucionar o cinema independente americano e nasceu aí uma inspirada carreira de sucesso, que ainda hoje é politicamente incorrecta, contradizendo-se da restante indústria.

Pulp Fiction é uma obra genial. Uma obra crua e simultaneamente refrescante, que sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico.
Pulp Fiction foi uma lição de cinema!

Curiosidade Cinéfila:
pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade a partir do início de 1900. Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e o termo “pulp fiction” foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas.

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Carla Correia

Título:Pulp Fiction: 20 anos depois

Autor:Carla Correia(todos os textos)

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