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A dança como vertente musical africana

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Música
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Comentários: 12
A dança como vertente musical africana

À semelhança do que acontece com as canções, na cultura africana, a dança integra a música. Para o africano, a experiência musical é sobretudo uma vivência emotiva: por mais belos que sejam os sons, ficam empobrecidos de sentido se não forem complementados com a dança ou se não contribuírem para dar expressão autêntica ao espetáculo. Além disso, o movimento corporal aumenta o prazer individual da música, mediante a sensação de uma maior participação e através dos impulsos que se criam ao acompanhar o ritmo com o movimento físico.

A dança é importante, porque permite libertar as emoções, funcionando, eventualmente, como forma social e artística de comunicação. Com a dança, os indivíduos e os grupos comunitários manifestam atitudes de hostilidade, de cooperação ou de amizade. Podem demonstrar o seu respeito relativamente aos superiores, a estima e a gratidão para com quem lhes deseja ou faz bem.

Quando um membro do povo akan, do Gana, dança e levanta a mão direita ou ambas as mãos ao céu, o que pretende ele significar? Que está a olhar para Deus. Se levar o indicativo à cabeça, indica que tem um problema, uma coisa em que tem de pensar seriamente. Colocando o indicador debaixo da vista direita, mostra que nada tem a dizer, que vê como as coisas estão a decorrer. Naturalmente que se pode dançar sem a pretensão de transmitir qualquer mensagem, exprimindo apenas os próprios sentimentos.

Como a dança é um veículo de expressão, pode andar estreitamente vinculada aos acontecimentos comunitários do momento. Dançar nos funerais não significa só dor e pesar, mas pode, igualmente, ser homenagem ao defunto e um ato de solidariedade em momentos difíceis como este. As comunidades africanas possuem normas diversas quanto à dança. Tendem a especializar-se nalguns movimentos em detrimento de outros. A diversidade refere-se também à qualidade, ao tempo e à execução dos movimentos. Por exemplo, inúmeras danças do Norte do Gana são mais vigorosas do que no Sul. Em muitas zonas, há algumas diferenças entre as danças de homens e de mulheres, embora os passos fundamentais sejam idênticos.

As palmas, assim como os círculos formados pelas pessoas, são outros exemplos de comunicação não-verbal que exprimem, amiúde, uma profundidade que as palavras não conseguiriam consubstanciar ou, a verificar-se essa capacidade, tornariam mais frio o conteúdo, promovendo, eventualmente, uma distância antagónica ao calor que a música (cantada, tocada ou dançada) em África pretende instituir.


Maria Bijóias

Título: A dança como vertente musical africana

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 16

793 

Imagem por: nickdigital

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Comentários     ( 12 )    recentes

  • Teresa Maria Batista GilTeresa Maria Batista Gil

    05-10-2012 às 09:57:25

    A dança e a música para além de expressarem sentimentos e emoções liberta das pressões do dia-a- dia assim como das preocupações.Os africanos têm uma cultura riquíssima no que diz respeito a folclore,música e dança. São um modo de preencher os seus dias ao som dos tambores, da guitarra ou da lira.

    ¬ Responder
  • Daiany Nascimento

    01-10-2012 às 17:42:06

    Realmente as danças são consideradas muito importantes na cultura africana. Mas, o continente africano é gigantesco e rico em muitos outros tipos de cultura e diferenças, que apensar enriquecem ainda mais as tradições e a cultura em geral. A dança se destaca em meio a cultura africana pelos fatos que a própria autora citou. Nesta região, a dança é incorporada a varias situações da vida, o que muitas vezes não acontece em outros lugares. Parabens.

    ¬ Responder
  • Nilson EmpreendedorNilson Uemoto

    30-09-2012 às 06:48:10

    é nítida a importância da dança na cultura africana,percebe-se que para a cultura deles não há sentido se não existir a dança.A importância da dança para a cultura africana evidencia-se bastante aqui no Brasil através da cultura afro brasileira que incorporou muitas das tradições e costumes originais da África e nisso a dança ocupa um lugar de destaque

    ¬ Responder
  • Teresa Maria Batista GilTeresa Maria Batista Gil

    28-09-2012 às 11:31:19

    Olá leitora, não precisa se chatear"!. Se quer saber o nome das danças africanas ´para seu trabalho, aí vão eles.Segundo eu aprendi há uma grande variedade de danças, integradas no folclore africano. E, de entre as mais conhecidas estão o Quizomba, Tarrachinha, Batuque, Semba, Cúduno, Morna, Acarabé,Muituçu e Coladera.Chegam estas?. Sim porque eles são os reis das danças, dos batuques e sons. Valeu?

    ¬ Responder
  • André BelacorçaAndré Belacorça

    25-09-2012 às 18:51:46

    Penso que para os africanos as musicas tradicionais são muito importantes e "sagradas", eles dançam-nas, emocionam-se, vivem aquele momento como um momento chave nos dias deles, é importante para eles o fazer, é assim que os vejo.

    ¬ Responder
  • Teresa Maria Batista GilTeresa Maria Batista Gil

    25-09-2012 às 14:09:02

    A dança em àfrica sempre existiu como uma realidade marcante.Os africanos exprimem-se ao som das suas músicas e danças muito peculiares.Isso faz com que a dança esteja aliada à musica e vice versa.Para s africanos não faz sentido uma sem a outra e são bem apetecíveis de ouvir, ver e dançar.

    ¬ Responder
  • Sofia NunesSofia Nunes

    23-09-2012 às 22:28:33

    As danças são, de facto, uma parte importante das culturas africanas (uma vez que referir “cultura africana” não é correto, sendo África um continente tão grande e com tantas diferenças, pelo que o peso da dança não será igualmente proeminente em todas as áreas do território). Essa abertura em relação à dança seria certamente benéfica se adoptada por países europeus tradicionalmente mais rígidos, uma vez que a dança traz bem-estar e é muito benéfica.

    ¬ Responder
  • Aparecida de Lurdes Onofrecaah leeh paah

    22-05-2012 às 19:52:53

    caralho voc que escrever sobre danças mais nao tem o nome delas nunca vi isso

    ¬ Responder
  • rafael soares

    13-05-2012 às 18:39:49

    saudades do mano chico

    ¬ Responder
  • Eduardo Santos CorreiaAna Maria

    07-05-2011 às 03:42:07

    Gostei muito do que li sobre os griots,achei interessante a influência musical africana,em todos os sentidos,jazz,blues e os calls.

    ¬ Responder
  • madalena silvamadalena silva

    25-06-2010 às 21:31:51

    preciso dos nomes das danças de gana urgente pra trabalho da escola

    ¬ Responder
  • raquel

    25-06-2010 às 00:50:25

    muito bomso falto os nomes das danças pois era isso que tava precisando

    ¬ Responder

Comentários - A dança como vertente musical africana

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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