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Lady sings the Blues

Categoria: Música
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Lady sings the Blues

Billie Holiday, violentada aos 10 anos por um vizinho e, imagina você quem sofreu a pena? Billie, claro, que foi internada em uma casa de correção para meninas vítimas de abuso e quem precisava de correção nesse caso? Billie sofreu muito, por isso sua tendência para o drama e a tristeza pertinente.

Filha de pais adolescentes, (seu pai tinha 15 anos e a mãe tinha 13), Billie não teve muitas opções e fez o que tantas outras fizeram para sobreviver num mundo dividido entre negros e brancos.

Aos 12 trabalhava lavando o chão de prostíbulos, aos 14 anos, caiu na prostituição. Como cantora, nunca teve uma educação formal em música. Sua carreira começou em 1930 quando, desesperada por ela e sua mãe terem recebido uma ordem de despejo, saiu à rua em busca de dinheiro. Entrou num bar no Harlem e ofereceu-se como dançarina. Infelizmente ou felizmente, não dava para o ofício, prestes a sair o pianista, penalizado, perguntou se sabia cantar, pronto, a luz se fez e Billie saiu de lá com emprego fixo.

A partir da década de 40, Billie entregou-se ao álcool e as drogas. Sua biografia, Lady sings the Blues, que não foi escrita por ela, e talvez nem lida, foi mais um caça níquel, pois Lady Day precisava de dinheiro. Muitos amigos de Lady Day discordam de várias de suas passagens. Anos depois, a biografia foi transformada em filme, estrelado por Diana Ross.

Billie Hollyday, após ter sido enganada, vilipendiada o resto desses anos, ainda teve às portas da morte, sua privacidade invadida num quarto do hospital Metropolitano, onde foi acusada e autuada pelas autoridades por porte de droga e foi sob essa escolta injusta, que Billie atravessou o espelho. Em Julho de 1959, aos 44 anos de idade, Lady Day morreu de cirrose hepática.

Gilbert Millstein, do jornal The New York Times, narrador dos shows de Billie Holiday no Carnegie Hall, em 1956, e autor de parte do texto da contracapa do álbum O Essencial de Billie Holiday, relançado em 1961, assim descreveu sua morte.

"Billie Holiday morreu no Hospital Metropolitano, em Nova York, na sexta-feira, 17 de julho de 1959, na cama em que havia sido presa pouco mais de um mês antes, já mortalmente doente, por posse ilegal de narcóticos; no quarto de onde um policial havia se retirado - por ordem judicial - apenas algumas horas antes de sua morte, que, como sua vida, foi desordenada e lamentável. Havia sido belíssima, mas desgastou-se fisicamente a uma reduzida e grotesca caricatura de si mesma. Os vermes de todos os tipos de excesso - drogas eram apenas um - tinham-na devorado... A probabilidade existe de que - entre os últimos pensamentos desta mulher cínica, sentimental, profana, generosa e muito talentosa de 44 anos - estava a crença de que seria acusada na manhã seguinte. Ela teria sido, eventualmente, embora talvez não tão rapidamente. Em qualquer caso, ela retirou-se, finalmente, da jurisdição de qualquer tribunal terreno."


Sayonara Melo

Título: Lady sings the Blues

Autor: Sayonara Melo (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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