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Início > Textos > Categoria > Música > Vibre... mas com cuidado!

Vibre... mas com cuidado!

Categoria: Música
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Comentários: 1
Vibre... mas com cuidado!

A música povoa o dia-a-dia da maior parte das pessoas. Algumas, antes mesmo de se levantarem da cama, já começam a “abanar o capacete”, o que pode ser útil para acordar os neurónios mais resistentes, mas oferece o perigo de fazer chocalhar demasiado a massa cinzenta, sob pena de perturbar alguma ligação eléctrica e/ou química de especial relevância. Naqueles que não “batem bem” por natureza não se notará muito, mas os que quiserem preservar uma imagem de credibilidade e equilíbrio devem reequacionar o modo de despertar.

Veja-se, a título de exemplo, a figura dos maestros. Não deve haver um que tenha o cabelo no lugar, já para não falar das componentes do recheio do couro cabeludo…! Como é possível conseguir organizar as ideias nas horas subsequentes a um concerto? Aquilo é que deve ser um verdadeiro brainstorming, mas de confusão sem limites…! E para que serão aquelas trunfas imensas? Não estarão os pensamentos suficientemente ensombrados?... E as expressões faciais, absolutamente lunáticas, que exibem? Às vezes, dá a impressão que estão, eles mesmos, a sentir a vibração das notas, como se incarnassem o próprio instrumento.

Independentemente disto, ser-se uma nota dissonante nem sempre é sintoma de doidice. Em certos casos, revela precisamente o contrário. Ter a coragem de se afirmar como flauta numa orquestra de violinos é sinal de recusa da perda de uma identidade intrínseca e inegável. Ser-se exactamente o que se é, ainda que esse ser não acompanhe a multidão, a “carneirada”, que na verdade não serve como padrão de normalidade, chama-se coerência e não maluquice.

Seja como for, em algumas situações, convém seguir dicas e orientações. No ensaio de «A Furiosa», o maestro acabou por perder a calma e declarar: «Que vocês não ataquem juntos, paciência… Mas, pelo menos, toquem a mesma partitura!» Deve ser deveras frustrante ver o fruto do seu trabalho mirrar desta maneira… A falta de talento é um mal, infelizmente bastante comum, entre aspirantes a músicos. Mal comparado, quase se assemelha aos candidatos a futebolistas que metem golos na própria baliza e festejam o feito alegremente.

«Dançar conforme a música», para além de um adágio popular que faz uma clara menção a uma capacidade de adaptação e até de improviso ante circunstâncias adversas, é o lema de muita gente para fazer face a um quotidiano nem sempre fácil ou dócil. Trata-se de uma especialização na escola da vida, que dispensa a frequência de qualquer outra academia…



Maria Bijóias

Título: Vibre... mas com cuidado!

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • SophiaSophia

    13-05-2014 às 20:50:02

    É bem verdade! Devemos ter controle sobre nossas emoções e não deixar que eles nos dominem. Fantástico texto.
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

Comentários - Vibre... mas com cuidado!

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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