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O curioso caso de Benjamin Button

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: DVD Filmes
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Comentários: 1
O curioso caso de Benjamin Button

É muito intrigante ver a vida sob um prisma anti-horário. Essa é a ideia do filme estrelado por Brad Pitt, Cate Blanchet e Tilda Swinton. Trata-se de um diário dos acontecimentos de uma pessoa que nasce, como o próprio personagem conta, em circunstâncias incomuns.

Nasce com mais de oitenta anos, cataratas, pele severamente comprometida e com a expectativa de apenas alguns dias de vida. É adotado e amado e passa seus primeiros anos de vida com sua mãe adotiva no lar de idosos em que ela trabalha.

Aos poucos, ao invés do esperado: morrer logo em seguida, começa a rejuvenescer. Aprende com a experiência dos mais velhos muitos ensinamentos de vida, apesar da pouca idade e velha aparência.

Ao passar dos anos vai amadurecendo seus conhecimentos e personalidade e revigorando seu físico. É um caso realmente curioso que instiga a nossa imaginação, questiona os nossos valores e crenças e nos ensina a valorizar cada momento de nossas vidas.

O fato de se ir contra o tempo cronológico habitual e o curso natural do desenvolvimento humano nos faz pensar em quanto não seria melhor se fôssemos assim. Nasceríamos com as dificuldades físicas que enfrentamos quando estamos no final da vida e aos poucos iríamos rejuvenescendo até chegarmos à infância, deixando este mundo com a face e a pureza de um bebê. Seria como se tivéssemos nos redimido de todos os nossos erros, apagado todas as nossas cicatrizes e voltado à nossa verdadeira origem de uma forma muito especial, sem sofrimentos e sem recordações.

Além de ver que estaríamos na plena idade com uma vasta experiência. Seria bastante positivo se para nós o relógio andasse em sentido anti-horário. Seria no mínimo mais confortante. Essa é uma interpretação positiva do caso de Benjamin Button.

Porém, não é tão simples assim. A reviravolta na vida de Benjamin dá-se quando, após viver muitas e diversificadas experiências, ele tem a maior de todas elas: a realidade de tornar-se pai. O grande questionamento, então, é como merecer está dádiva quando se está indo ao contrário dos demais? Como ser um pai-menino? Seria egoísmo deixar-se viver essa situação, impondo à mãe e esposa a tarefa de cuidar de “duas” crianças?

Outras questões norteiam essa narrativa. Como encarar um amor em que envelhecemos enquanto nosso ser amado rejuvenesce? Como ver nosso amor retrocedendo e desaprendendo as tarefas mais simples do dia a dia como andar e falar?

São questionamentos perturbadores que envolvem a nossa sensibilidade, emoção e crença no mundo através de um roteiro por vezes cômico, muitas vezes dramático, que nos leva a procurar teorias pessoais à nossa condição de seres humanos.

Seria realmente positivo ir contra a ordem natural da vida e dos acontecimentos?

Essa adaptação hollywoodiana do conto de F. Scott Fitzgerald, compõe-se de belos quadros que abordam questões muito delicadas como a solidão, a diferença, a efemeridade da vida, a velhice, a juventude e o amor.

A fotografia do filme é incontestavelmente fantástica. As atuações dos protagonistas e a direção de David Fincher são notáveis. O filme teve treze indicações ao Oscar e ganhou três premiações: direção de arte, maquiagem e efeitos especiais.

Vale assistir.


Rosana Fernandes

Título: O curioso caso de Benjamin Button

Autor: Rosana Fernandes (todos os textos)

Visitas: 2

716 

Imagem por: Wolf Gang

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoDaniela Vicente

    13-09-2012 às 15:08:22

    que excelente filme para se ver numa tarde livre, com a chuva lá fora.tem uma duração quase de e horas e evolui de uma forma espontânea, mas contrária à vida. Benjamin Button é um menino que nasce velhinho e morre bebé. vive as suas aventuras e sofre de um amor impossível pela sua amiga de infância. depois de vários desencontros, ficam juntos até esta engravidar. é um filme muito bom. recomendo a todos.

    ¬ Responder

Comentários - O curioso caso de Benjamin Button

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Pulp Fiction: 20 anos depois

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Arte
Pulp Fiction: 20 anos depois\"Rua
Faz hoje 20 anos que estreou um dos mais importantes ícones cinematográficos americanos.

Pulp Fiction é um marco do cinema, que atirou para a ribalta Quentin Tarantino e as suas ideias controversas (ainda poucos tinham visto o brilhante “Cães Danados”).

Repleto de referências ao cinema dos anos 70 e com uma escolha de casting excepcional, Pulp Fiction conquistou o público com um discurso incisivo (os monólogos bíblicos de Samuel L. Jackson são um exemplo disso), uma violência propositadamente mordaz e uma não linearidade na sucessão dos acontecimentos, tudo isto, associado a um ritmo alucinante.

As três narrativas principais entrelaçadas de dois assassinos, um pugilista e um casal, valeram-lhe a nomeação para sete Óscares da Academia, acabando por vencer na categoria de Melhor Argumento Original, ganhando também o Globo de Ouro para Melhor Argumento e a Palma D'Ouro do Festival de Cannes para Melhor Filme.

O elenco era composto por nomes como John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e (porque há um português em cada canto do mundo) Maria de Medeiros.

Para muitos a sua banda sonora continua a constar na lista das melhores de sempre, e na memória cinéfila, ficam eternamente, os passos de dança de Uma Thurman e Travolta.

As personagens pareciam ser feitas à medida de cada actor.
Para John Travolta, até então conhecido pelos musicais “Grease” e “Febre de Sábado à Noite”, dar vida a Vincent Vega foi como um renascer na sua carreira.

Uma Thurman começou por recusar o papel de Mia Wallace, mas Tarantino soube ser persuasivo e leu-lhe o guião ao telefone até ela o aceitar.

Começava ali uma parceria profissional (como é habitual de Tarantino) que voltaria ao topo do sucesso com “Kill Bill”, quase 10 anos depois.

Com um humor negro afiadíssimo, Tarantino provou em 1994 que veio para revolucionar o cinema independente americano e nasceu aí uma inspirada carreira de sucesso, que ainda hoje é politicamente incorrecta, contradizendo-se da restante indústria.

Pulp Fiction é uma obra genial. Uma obra crua e simultaneamente refrescante, que sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico.
Pulp Fiction foi uma lição de cinema!

Curiosidade Cinéfila:
pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade a partir do início de 1900. Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e o termo “pulp fiction” foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas.

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Título:Pulp Fiction: 20 anos depois

Autor:Carla Correia(todos os textos)

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