Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Alimentação > Os segredos do alho

Os segredos do alho

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Alimentação
Visitas: 2
Comentários: 1
Os segredos do alho

Há tempos imemoráveis que o alho integra os usos culinários, medicinais e místicos dos seres humanos. As suas características foram, desde sempre, reconhecidas e até consideradas milagrosas.

Ao que parece, a primeira greve da História aconteceu quando os escravos recrutados para construir as pirâmides do Egito se viram privados da respetiva porção diária de alho, devido à escassez verificada no mercado. Sentindo faltarem-lhes as forças e a disposição, recusaram-se a trabalhar. De facto, eram as doses massivas de alho que comiam que lhes conservavam a energia.

Na Odisseia, de Homero, consta que Ulisses se socorreu do alho como expediente mágico para se livrar da feiticeira Circe, que o iria liquidar, não fosse ter-se apaixonado por ele à conta do alho.

Fantasias à parte, existem relatórios médicos datados do ano 1600 que mencionam o alho como cura para todos os males. Entre os camponeses, vigorava a tradição de o aplicar para estancar hemorragias e tratar doenças de pele.

Durante a I Guerra Mundial, o alho era utilizado como desinfetante externo, quando havia carência de antissépticos convencionais.

Atualmente, os benefícios atribuídos ao alho continuam a ser inúmeros. Para além de infinitas forma de emprego na culinária, o alho é digestivo (debelando, inclusive, parasitas intestinais), diurético, tonificante, expetorante, neutralizador de gases, estimulador da secreção de bílis, anti-espasmódico. Adicionalmente, baixa a febre, e, usado continuamente na comida, equilibra as taxas de colesterol e triglicéridos, reduz a hipertensão, regula a glicose no sangue, distende os vasos sanguíneos (evitando a arteriosclerose) e previne a agregação das plaquetas (útil em tromboses, por exemplo) e determinados cancros. Ajuda ainda a eliminar toxinas (devido à elevada concentração de enxofre), a descongestionar as vias respiratórias e a tratar a bronquite.

O germânio presente no alho facilita a absorção de oxigénio pelas células. O alho contém diversas vitaminas e minerais, desintoxica, acalma e incrementa a capacidade do organismo para resistir ao frio e ao calor. É um bactericida e fungicida poderoso (este poder é imputado à alicina, componente-chave da atividade antimicrobiana.

Contudo, a fervura reduz esta atividade, pois com o processo térmico a alicina é desnaturada). Também se emprega para mitigar problemas de artrite (na forma de tintura, ou noutras), frieiras e verrugas. Até já há quem refira a utilidade do alho no combate à poluição industrial! É a composição completíssima do alho que faz com que ele tenha uma ação tão diversificada no organismo (e, pelos vistos, não só…).

O alho é recomendado em pacientes portadores de patologias, como a sida, em que o sistema imunitário se apresenta bastante debilitado. Há estudos que reportam uma ação antiviral do alho, pelo que o seu consumo é igualmente indicado em casos de constipações, gripes e viroses em geral.


Maria Bijóias

Título: Os segredos do alho

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 2

807 

Imagem por: Sebastian Mary

Deixe o seu comentárioDeixe o seu comentário

Comentários     ( 1 )    recentes

  • Mauricélia

    03-12-2012 às 10:39:10

    deve ser bom mesmo.

    ¬ Responder

Comentários - Os segredos do alho

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Ler próximo texto...

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

Pesquisar mais textos:

Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

Imagem por: Sebastian Mary

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Deixe o seu comentárioDeixe o seu comentário

Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios