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Início > Textos > Categoria > Utilidades Domésticas > O reino da colher de pau...

O reino da colher de pau...

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Comentários: 2
O reino da colher de pau...

Quando se fala em utilidades domésticas, pensa-se em “coisitas”, porventura pormenores de su menos importância, a que não se dá o devido valor. Mas faça-se a experiência de passar um dia em casa sem vassoura, pá do lixo, tábua de engomar, escova para as unhas ou os sapatos, esfregona, panos e esponjas, talheres, pratos, guardanapos, e tudo o que faz parte de um normal dia-a-dia. Só retirando todas essas utilidades da nossa rotina é que conseguiremos constatar, com rigor e isenção, a falta que nos fazem e redimensionar a sua relevância nos hábitos instalados.

Nos séculos XVIII e XIX, as actividades que mais depreciavam quem as executava diziam respeito às limpezas, ao vazar do lixo, à ida à fonte para buscar água e a outras similares. Por isso, nas famílias ricas eram levadas a cabo por escravos e nas mais pobres estavam reservadas às mulheres. No Brasil, inclusive, as trabalhadoras dedicadas a tais tarefas eram denominadas de “tigres”, por causa dos riscos de sujidade ou de água que as suas roupas exibiam.

Não há dúvida que as invenções tecnológicas vieram trazer mudanças sociais consideráveis. Hoje praticamente não há casas sem algum tipo de electrodoméstico, a vassoura foi substituída ou aperfeiçoada (deve ter sido por manifestação pública do sindicato das bruxas, reivindicando vassouras mais confortáveis, económicas e ecológicas…), e houve uma verdadeira revolução doméstica a vários níveis. Não obstante, continuam a verificar-se diferenças mensuráveis. A mulher prossegue a sua estreita e inseparável relação com o fogão e com todos os utensílios ligados à culinária. O uso esporádico da colher de pau para fins não previstos é sintoma desta saturação. Portanto, se ela decidir converter este apetrecho, destinado a mexer a panela, no prolongamento da sua mão para aplicar um correctivo no traseiro de alguém não se pode levar a mal…Efectivamente, a temível colher de pau tem o condão de pôr muita gente na linha!

Se antigamente eram determinadas funções nojentas que estabeleciam a rotulação menos abonatória de quem as realizava, na actualidade, em que os próprios empregados têm acesso às tecnologias, o que revela o status é a condição do subalterno. Se ser pobre e ter de limpar era duplamente mau, hoje a desconformidade é consubstanciada pelos estudos de que se é portador, pela riqueza possuída, pela classe social de origem. Veja-se o caso de emigrantes com cursos superiores a trabalhar a dias em casas de pessoas que, não raras vezes, detêm um nível de formação bastante inferior ao seu. São reinos distintos, é o que é!

Maria Bijóias

Título: O reino da colher de pau...

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • SophiaSophia

    05-06-2014 às 18:46:01

    Adoro cozinhar com as colheres de pau! São ótimas para manusear e macias no seu uso.
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoDuarte

    31-03-2009 às 09:35:22

    Que desgraça de colheres de paú. Bolas amigos da ruadireita, não têm uma foto mais decente para que faça justo ao excelente texto que acabei de ler?

    ¬ Responder

Comentários - O reino da colher de pau...

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Martelos e marrettas

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Tema: Ferramentas
Martelos e marrettas\"Rua
Os martelos e as marretas são, digamos assim, da mesma família. As marretas poderiam apelidar-se de “martelos com cauda”. Elas são bastante mais robustas e mantêm as devidas distâncias: o cabo é maior.

Ambos constituem, na sua génese, amplificadores de força destinados a converter o trabalho mecânico em energia cinética e pressão.

Com origem no latim medieval martellu, o martelo é um instrumento utilizado para “cacetear” objectos, com propósitos vários, pelo que o seu uso perpassa áreas como o Direito, a medicina, a carpintaria, a indústria pesada, a escultura, o desporto, as manifestações culturais, etcétera, variando, naturalmente, de formas, tamanhos e materiais de composição.

A diversidade dos martelos é, realmente, espantosa. O mascoto, por exemplo, é um martelo grande empregue no fabrico de moedas. Com a crise económica que assola o mundo actualmente, já se imaginam os governantes, a par dos banqueiros, de martelo em punho para que não falte nada às populações…

Há também o marrão que, mais do que o “papa-livros” que tira boas notas a tudo, constitui um grande martelo de ferro, adequado para partir pedra. Sempre poupa trabalho à pobre água mole…

O martelo de cozinha serve para amaciar carne. Daquela que se vai preparar, claro está, e não da de quem aparecer no entretanto para nos martelar a paciência…!

Já no âmbito desportivo, o lançamento do martelo representa uma das provas olímpicas, tendo sido recentemente adoptado na modalidade feminina. Imagine-se se, em vez do martelo, se lançasse a marreta… seria, certamente, mesmo sem juiz nem tribunal, a martelada que sentenciaria a sorte, ou melhor, o azar de alguém!

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