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Irão - um país em conflito

Categoria: Viagens
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Comentários: 2
Irão - um país em conflito

O Irão, anteriormente denominado de Pérsia, sempre foi um território imerso em grandes conflitos internos e externos – devido à importância da sua localização geográfica.

Com a revolução Islâmica de 1979, promovida pelo Ayatolah Khomeini o país passou a designar-se por República Islâmica do Irão, e desde então todos os aspectos – políticos, económicos e sociais - da República passaram a ter que estar de acordo com o Islão.

Actualmente, e mais uma vez, vivem-se dias conturbados no Irão. Nas últimas eleições os resultados foram muitos próximos e os apoiantes do candidato da Oposição saíram à rua exigindo a recontagem dos votos com o argumento de ter havido fraude eleitoral. Em resposta, o Governo proibiu as manifestações e fez uso da força policial para calar os manifestantes. No entanto, as manifestações continuaram e os resultados foram algumas dezenas de mortes, tendo havido inclusive um massacre numa das universidades da capital – um grupo de apoiantes do Governo terá entrado à força num dormitório da Universidade e massacrado vários estudantes que supostamente eram contra o regime. O governo proibiu igualmente filmagens das acções de rua e bloqueou a internet de modo a impedir a propagação das notícias e encobrir todos os acontecimentos.

Obviamente com a toda a tecnologia e meios de comunicação existentes actualmente torna-se impossível esconder algo com estas dimensões. Trata-se de um Governo que “vive no passado” e que tenta a todo o custo obrigar toda uma sociedade a que também ela “viva no passado”. No Irão, como em quase todas as partes do mundo, os jovens têm acesso a tudo através da internet – podem ouvir e ver as suas bandas preferidas, ver filmes, seguir as notícias de outras partes do mundo em directo, ver e ouvir outros pontos de vista – e de dentro das suas salas e dos seus quartos começam a olhar para a sua própria sociedade e para a realidade que vivem com outros olhos. Os jovens iranianos anseiam por liberdade e por mudança e por isso é de prever que este país vá continuar a viver dias complicados.

A tudo isto junta-se uma política externa bastante agressiva e a obsessão pelo nuclear.

E assim se vive num país chamado Irão – “um barril de pólvora prestes a explodir”.



Carlos Vieira

Título: Irão - um país em conflito

Autor: Carlos Vieira (todos os textos)

Visitas: 4

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • SophiaSophia

    20-04-2014 às 17:52:19

    Muito esclarecedor seu texto, a Rua Direita agradece!

    ¬ Responder
  • joedejoede

    30-09-2010 às 19:54:54

    o pais do IRAN, é verdadeiramente cheio
    de conflito;principalmente em relaçao a essas
    pesquisas e investimentos em BOMBAS NUCLEARES!!!

    ¬ Responder

Comentários - Irão - um país em conflito

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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