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Ponha-se a caminho!

Categoria: Viagens
Comentários: 1
Ponha-se a caminho!

Há uma perspectiva filosófica que diz que só há três lugares no mundo: onde estamos, aquele em que já estivemos, e aqueloutro que ainda não possui as marcas da nossa presença. Este último constitui, precisamente, o destino perfeito para uma viagem inesquecível.
Geralmente, viaja-se para conhecer novas paragens, para alargar conhecimentos e vivências, para enriquecer o nosso espólio cultural e “laurear a pevide” em sítios que nos digam algo de diferente, que nos surpreendam e “fintem” as malhas dos problemas e dificuldades que nos aprisionam.

Se no dia-a-dia se for uma pessoa extremamente organizada, metódica, limpa, arrumada e tão direita que mais parece que se engoliu o pau da vassoura, porque não agarrar um bilhete para a discrepância e tornar-se, por uns dias, num turista de calças de ganga, sapatilhas e máquina fotográfica em punho, esboçando uma expressão de espanto e êxtase com tudo o que se nos depara, num ser desgrenhado e cheio de lama, a escalar montanhas ou a fazer circuitos de bicicleta entrando em todas as poças que se forem encontrando, num atleta de ocasião que corre à procura de sossego, enfim, em alguém tão distinto que nem os mais próximos pudessem reconhecer? Isto sim, seria transportar-se verdadeiramente para outra realidade, o que, no fundo, constitui o objectivo principal de qualquer viagem. Além do mais, há que manter a competência no que toca ao merecido repouso! É um acto de pura sensatez, que se pode traduzir num investimento de grande valia, presente e futura.

Há quem goste de viajar para perto, talvez pela segurança que a semelhança e a cercania aportam, enquanto que as preferências de outros apontam para locais distantes, com costumes opostos, fusos horários inversos e comidas esquisitíssimas. Mesmo dentro do próprio país é possível encontrar ritmos e tradições bastante díspares. Contudo, é certamente no estrangeiro que as divergências mais se fazem notar. E é esta diversidade que atrai tanto os espíritos mais abertos e ávidos de novidades.
Paralelamente, o “currículo” pessoal sai imensamente favorecido. Não é a mesma coisa dizer-se que se esteve na praia vizinha a tomar banhos de sol, que muitas vezes não passam de meros escaldões, e deixar que os recuerdos façam notar uma passagem por Madrid, Paris, Veneza, Nova Iorque, e outros locais de excelência, ou que o tom da pele denuncie uma temporada na República Dominicana ou algo que o valha…

Seja pelos ares, gastronomia, belezas naturais, aventura, clima, arte e história das localidades, ou simplesmente por si mesmo, o importante é pôr os pés (ou as rodas, ou as asas, dependendo de para onde se for) ao caminho!

Maria Bijóias

Título: Ponha-se a caminho!

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • SophiaSophia

    15-06-2014 às 01:31:16

    É realmente existem momentos que devemos nos deixar levar pelo caminho. Muito bom!
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

Comentários - Ponha-se a caminho!

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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