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Dermatite atópica

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Saúde
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Dermatite atópica

A dermatite atópica, ou eczema atópico, é uma inflamação crónica da pele, que leva ao aparecimento de lesões dermatológicas e comichão. Trata-se da doença crónica mais vulgar nas crianças, ocorrendo, regra geral, antes dos cinco anos, e que se caracteriza por períodos de remissão alternados com outros de agravamento.

Não se conhecem os mecanismos subjacentes à maior reatividade cutânea dos portadores de dermatite atópica frente a determinados estímulos, mas é certo que fatores genéticos, imunológicos e não imunológicos contribuem para o aparecimento desta patologia e que pode haver agentes desencadeantes, tais como o leite, peixe, frutos do mar, trigo, soja, amendoins, ovos, detergentes, amaciadores de roupa, lã, sabão, infeções provocadas por vírus e bactérias, suor, ácaros, fungos, animais, pólen e mesmo condições emocionais. O aumento da incidência da dermatite atópica verificado nas últimas décadas estará, presumivelmente, associado ao incremento da poluição e dos alergénicos e à crescente facilidade de acesso a cuidados de saúde. Efetivamente, a prevalência desta enfermidade acontece em crianças patenteando doenças alérgicas (rinite, asma, …) ou com um historial de alergias na família.

A identificação e o tratamento precoce da dermatite atópica são úteis para mitigar as lesões e os sintomas, precaver as recorrências e alterar o curso natural da moléstia. Habitualmente, as manifestações passam por um intenso prurido, vermelhidão, inchaço, secreção na pele, crostas, descamação, pele ressequida e manchas brancas. Os punhos e a parte anterior dos braços e posterior das pernas costumam ser as áreas mais afetadas. O tratamento deve ir no sentido de minimizar a sintomatologia e a reação inflamatória, sendo que a hidratação cutânea é fundamental. Anti-inflamatórios tópicos, anti-histamínicos orais, imunomoduladores e imunossupressores são os auxiliares a que mais se recorre.

Não existe, propriamente, uma conduta preventiva da dermatite atópica; porém, ela pode ser controlada mediante o reconhecimento, afastamento ou exclusão das causas agravantes. Nesta perspetiva, há alguns cuidados que, observados, concorrem para acautelar surtos. O banho diário, rápido e com água morna, seguido de secagem (sem esfregar) e da aplicação imediata de um creme emoliente é o primeiro. Deste modo, hidrata-se a epiderme e favorece-se a sua função de proteção. Na verdade, a pele seca é mais atreita à comichão, o que piora o ciclo da dermatite atópica. As unhas cortadas e limpas são um obstáculo às infeções microbianas decorrentes do coçar. Durante a noite, pode ser vantajoso usar luvas de algodão.

As roupas em contacto directo com o corpo devem ser também de algodão e bem enxaguadas, a fim de que não haja restos de detergentes, prejudiciais neste contexto. É recomendável optar por calçado de couro e meias de algodão, para possibilitar um arejamento adequado. Sendo o suor uma condição de agravamento, aconselha-se tomar banho logo após o exercício físico.

Os ácaros e o pó são, igualmente, inimigos a afastar. Tapetes, alcatifas, cortinas, peluches e tudo o que seja refúgio de ácaros deve ser banido dos quartos. Da mesma maneira, e dado que as mudanças repentinas de temperatura podem influir, há que arejar bem os quartos, evitando os aquecedores e também o excesso de cobertores na cama, que promoveriam a transpiração.


Maria Bijóias

Título: Dermatite atópica

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 7 )    recentes

  • Briana AlvesBriana

    17-07-2014 às 20:10:20

    Que desconforto! Essa dermatite atópica é muito chata, ainda bem que há tratamento e que podemos viver normalmente.

    ¬ Responder
  • DaianeDaiane

    30-09-2011 às 18:36:41

    Meu filho tem eczema atópica eu descobri quando ele fez 3 meses ele teve uma crise e teve que ser enternado,hoje ele tem 4 anos e estou consiquindo minimizar o quadro da doença ele está esbanjando energia!

    ¬ Responder
  • ITHANA LIRAITHANA LIRA

    10-09-2010 às 20:27:23

    Dr. Maria bijóias, meu filho desde os 16 anos começou de forma agressiva a dermatite atópica, ela além das dobras tbém aparece de forma cruel em todo rosto e pescoço e cabeça. Já fizemos de tudo, inclusive fomos a sao paulo com dr. Mario cezar pires , resolvemos radicalizar um pouco e estamos desmamando o calcort e entramos com homeopatia....uma grande e lenta luta, mas ele já está com 19 anos e continua com crises fortissimas. Está tendo acompanhamento psicológico graças a deus, ele aceitou...mas....as crises são fortes, apesar dele quando está melhor ter uma vida normal faz faculdade e se diverte muito. Gostaria que nos ajudasse em algum aspecto de tratamento...por favor nos ajude.fica em paz. Ithana mãe de pedro o guerreiro do senhor.

    ¬ Responder
  • marciene basilia dos sanosmarciene basilia dos sanos

    20-05-2010 às 21:41:16

    Meu filho tem 1 e 2 meses esta com a dermatite atopica estou usando a medicacao indiacada pela medica, mas nao vejo resultado, so me diz uma coisa as vezes uso venischi um produto para clarear roupas e so agora me dei conta que este produto e quimico, sera que ele pode ser um dos causadores das lesoes que ele tem?
    Obrigada fico no aguardo

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoIvete

    16-03-2010 às 17:10:19

    @Ivanete Aparecida de Siaqueira Mattos Raphael
    Consulte outro especialista! è sempre bom uma 2 opinião

    ¬ Responder
  • Ivanete Aparecida de Siaqueira Mattos RaphaelIvanete Aparecida de Siaqueira Mattos Raphael

    16-03-2010 às 16:58:53

    Boa tarde,esta tal de DERMATITE ATÓPICA tem causado bem mu as crianças.Tenho um filho de 10 anos que tem todos os sintomas de dermatite atópica,mas fez todo tipo de exame clinico p/saber se era de tapete,pelode cachorro de gato,fez de cacau, trigo tudo q se imagina,só q resultado da normal.Mas o próprio dermatologista me falou q no caso de meu filho,pode ser do emocional, anciedade,mas ele fica principalmente nas dobras todo vermelho,no pescoço e apele dele fica meio esbranquiçada e aspera,e eu fico desesperada porq ele coça muito principalmente a noite dormindo,dou PREDSIM quando esta muito atacado, mas sei q não pode porcausa do corticóide.O q mais devo fazer p/ajudar a cura de dessa alergia de meu filho eu fico muito triste de ver ele nesta situação,já aconteceu de estar com a pele tão feia com muito vermelhão e coçando q já faltou várias vezes na aula.Ele tem 10 anos e esta na quela face de ter vergonha por causa da pele,então prefere faltar na escola.Será q vcs poderiam me orientar mais.Porq o engraçado é q os sintomas é muito parecido com a dermatite,só q exames não acusa nada,o médico já me passou hixizine predsim,mas só dou o predsim quando esta muito atacada a pele dele q nem hoje,foi p/escola sabendo q tinha prova quando chegou ontem começou a coceira, vermelhão e fica as vezes a pele escamando,fico morrendo de dó mas o q posso fazer.Me ajudem.Obrigada IVANETE

    ¬ Responder
  • simonesimone

    15-11-2009 às 15:34:16

    ola! axei muito esclarecedoras as informaçoes ,mais queria saber sobre a incidencia da doença em crianças.valeu!!

    ¬ Responder

Comentários - Dermatite atópica

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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