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Olha a Bola de berlim!

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
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Olha a Bola de berlim!

Foi num dia de sol e calor, numa praia de imenso areal, olhando o mar ao fundo batendo nas rochas que vi ao longe a figura lendária. Trazia à tiracolo um saco branco e uma maleta numa mão. Vinha alegre, sorridente e dirigia-se às pessoas que lhe solicitavam bastante prazenteiro. Depois dizia duas ou três graças, aceitava o pagamento e lá seguia o seu caminho pela praia fora à procura do próximo cliente. De vez em quando gritava em plenos pulmões: “Olha o olá fresquinho. Há fruta ou chocolate. Olha à língua da sogra! Olha a batatinha frita! Olha a Bola-de-Berlim!”. Ao ouvir aquilo nem pensei duas vezes.

Corri aos pulinhos de alegria para aquela figura até me lembrar que não tinha dinheiro comigo. Dei meia-volta e voltei a correr pelo areal, desta vez em sentido contrário até à toalha à procura da minha carteira para satisfazer o meu desejo de trincar uma deliciosa Bola-de-Berlim com creme,açúcar e areia. Corri de novo, mas não encontrei logo o vendedor.

Ainda com esperança que este estivesse perto olhei em meu redor e no fundo do horizonte lá estava o simpático velhote. No meu rosto desenhou-se logo um sorriso e já de carteira na mão corri para o apanhar. Quando finalmente o alcançei, comprei o que queria e fiquei a vê-lo seguir o seu caminho apregoando bem alto todas aquelas coisas deliciosas que levava no saco, enquanto trincava demoradamente a minha Bola-de-Berlim.

Já tinha saudades de ver alguém a vender estas coisas na praia. Fez-me lembrar a minha infância. Quando era pequena era tão bom vê-los aparecer com esses petiscos deliciosos. Gelados bolos, chocolates, batatas fritas e refrigerantes para empurrar para baixo essas coisas tão cheias de calorias mas que sabem tão bem. Só é pena que em certas praias seja proibido a venda desses produtos na praia, porque faz parte de uma tradição muito antiga. Além disso, esta é uma maneira de fazer movimentar a economia do país, além de ser também o ganha-pão destas pessoas. E já faz parte da rotina de férias de muitos Portugueses da minha geração. E tenho saudades porque me faz lembrar os momentos felizes que já tive em pequena com a minha família à conta desses doces tão especiais.

Jovita Capitão

Título: Olha a Bola de berlim!

Autor: Jovita Capitão (todos os textos)

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Comentários     ( 6 )    recentes

  • SophiaSophia

    26-05-2014 às 06:13:48

    Que doce gostoso!
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãocarla ferraz

    08-01-2013 às 11:07:29

    Adorei como tudo o que tenho lido teu e sim saudades deste tempo,já que nos estão a tirar tudo o que era saboroso...

    ¬ Responder
  • Carla HortaCarla Horta

    16-09-2012 às 21:46:53

    Tem gordura, faz mal ao colesterol. Tem imenso açúcar pelo que os diabéticos têm de ter cuidado, mas é dos melhores bolos que se podem comer. Para quem é guloso é uma das melhores delicias. Parabéns pelo texto - abriu-me o apetite e fez-me salivar!!!

    ¬ Responder
  • Jovita CapitãoJovita Capitão

    10-10-2012 às 22:46:02

    Obrigada pelo seu comentário Carla Horta.

    Os meus cumprimentos,
    Jovita Capitão.

    ¬ Responder
  • Ana SebastiãoAna Sebastião

    04-09-2012 às 12:23:17

    E se são bons... essa foto deu-me uma fome... Gostei do texto!!!

    ¬ Responder
  • Jovita CapitãoJovita Capitão

    04-09-2012 às 12:56:16

    Obrigada pelo comentário Ana. E continuação de boa escrita.

    ¬ Responder

Comentários - Olha a Bola de berlim!

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Pulp Fiction: 20 anos depois

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Arte
Pulp Fiction: 20 anos depois\"Rua
Faz hoje 20 anos que estreou um dos mais importantes ícones cinematográficos americanos.

Pulp Fiction é um marco do cinema, que atirou para a ribalta Quentin Tarantino e as suas ideias controversas (ainda poucos tinham visto o brilhante “Cães Danados”).

Repleto de referências ao cinema dos anos 70 e com uma escolha de casting excepcional, Pulp Fiction conquistou o público com um discurso incisivo (os monólogos bíblicos de Samuel L. Jackson são um exemplo disso), uma violência propositadamente mordaz e uma não linearidade na sucessão dos acontecimentos, tudo isto, associado a um ritmo alucinante.

As três narrativas principais entrelaçadas de dois assassinos, um pugilista e um casal, valeram-lhe a nomeação para sete Óscares da Academia, acabando por vencer na categoria de Melhor Argumento Original, ganhando também o Globo de Ouro para Melhor Argumento e a Palma D'Ouro do Festival de Cannes para Melhor Filme.

O elenco era composto por nomes como John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e (porque há um português em cada canto do mundo) Maria de Medeiros.

Para muitos a sua banda sonora continua a constar na lista das melhores de sempre, e na memória cinéfila, ficam eternamente, os passos de dança de Uma Thurman e Travolta.

As personagens pareciam ser feitas à medida de cada actor.
Para John Travolta, até então conhecido pelos musicais “Grease” e “Febre de Sábado à Noite”, dar vida a Vincent Vega foi como um renascer na sua carreira.

Uma Thurman começou por recusar o papel de Mia Wallace, mas Tarantino soube ser persuasivo e leu-lhe o guião ao telefone até ela o aceitar.

Começava ali uma parceria profissional (como é habitual de Tarantino) que voltaria ao topo do sucesso com “Kill Bill”, quase 10 anos depois.

Com um humor negro afiadíssimo, Tarantino provou em 1994 que veio para revolucionar o cinema independente americano e nasceu aí uma inspirada carreira de sucesso, que ainda hoje é politicamente incorrecta, contradizendo-se da restante indústria.

Pulp Fiction é uma obra genial. Uma obra crua e simultaneamente refrescante, que sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico.
Pulp Fiction foi uma lição de cinema!

Curiosidade Cinéfila:
pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade a partir do início de 1900. Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e o termo “pulp fiction” foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas.

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Título:Pulp Fiction: 20 anos depois

Autor:Carla Correia(todos os textos)

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