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Ferramentas precisa-se!

Categoria: Ferramentas
Visitas: 8
Comentários: 1
Ferramentas precisa-se!

O Homem precisa de ferramentas para sobreviver, para realizar da forma mais adequada as suas tarefas, para se superar. Inicialmente, viu-se na iminência de criar a lança para caçar ou defender-se dos seus émulos. Posteriormente, inventou a roda porque era necessário transportar-se, tal como a pesados objectos. Entretanto, começou a recorrer a sinais de fumo para comunicar para longe.

Diz-se que o Homem é um “animal de hábitos”, mas, na verdade, ele consubstancia mais um “bichinho das ferramentas”. Se incluirmos o computador neste rol, então não restam dúvidas de que sem as ferramentas o humano não é nada! Considerado por alguns como uma extensão da mente humana, já há quem apelide o fantástico mecanismo de “cérebro electrónico”, que, à semelhança do que ocorre com o original, aquele de, mais ou menos, massa cinzenta, volta e meia é palco de uns curto-circuitos…

Não obstante, as pessoas que gostam de comprar tudo e mais alguma coisa, alvitrando que, de um momento para outro, as ferramentas poderão vir a fazer falta, vão deitando o olho para o que quer que haja de novidade nas prateleiras dos hipermercados ou passam a vida a contemplar, da montra ou do interior, os instrumentos à venda nas lojas da especialidade. Como isto é, normalmente, uma coisa mais de homens, as senhoras bem careciam de uma chave que remendasse as fendas que tal “mania” abre na sua paciência… E, ainda por cima, raramente esse amontoado de apetrechos tem serventia, porque os ditames da indolência ou da inaptidão assim o determinam. De qualquer forma, há que fornecer aos profissionais que se chamam lá a casa para consertar o que se estraga os melhores utensílios, certo?

As ferramentas devem ser usadas para os fins para que foram inventadas e convém que sejam de boa qualidade. As mulheres, todavia, pelo seu espírito prático e “desenrascado” são capazes de prescindir de algumas, que substituem pelo que têm à mão. Os saltos dos sapatos, por exemplo, não servem só para irritar o marido a andar de cá para lá e vice-versa, ou para ameaçar um pirralho teimoso; na realidade, podem sub-rogar o martelo no espetar de um prego.

Independentemente das alfaias predilectas de cada um, o que interessa verdadeiramente é munir-se de uma boa “mala” de “ferramentas” para a vida. Estas não se prendem com o bricolage ou arranjos caseiros, mas com uma postura de dignidade e ética que não fure a liberdade de ninguém. Contudo, é natural que, de vez em quando, se tenha de apertar um ou outro parafuso…



Maria Bijóias

Título: Ferramentas precisa-se!

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 8

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • SophiaSophia

    04-05-2014 às 04:59:06

    Realmente, o ser humano depende de um monte de ferramentas para que suas tarefas sejam realizadas com êxitos. Ai de nós se não existem. Adorei o texto, a Rua Direita agradece!

    ¬ Responder

Comentários - Ferramentas precisa-se!

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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