Balzaquianas
Na época Balzac quis retratar a diferença entre um homem jovem de 30 anos com uma mulher velha de 30 anos. O que não deixa de ser verdade na França deste período uma vez que as francesas viviam até 40 anos. No Brasil, na mesma época as mulheres viviam até 29 anos! A partir de sua obra, as heroínas de romances passaram a ter mais de vinte anos ou seja, as mulheres mais velhas começaram a ter direito ao amor (pelo menos nos livros)!
Se analisarmos os últimos 210 anos da mulher no mundo (idade de Balzac se estivesse vivo) veremos que a mulher mudou para melhor: vivemos mais (a média mundial é de setenta e cinco anos), temos mais saúde, melhor aparência. Não precisamos mais pegar água no rio, com lata na cabeça para os afazeres domésticos, ou mesmo lavar roupa nas pedras do mesmo rio. Temos água encanada, máquina de lavar roupas, lavadora de louças, sabão de boa qualidade. Temos vida “boa”, se analisarmos apenas este aspecto. Não precisamos mais ficar expostas horas ao sol em trabalhos braçais ou caminhando longas distâncias. Hoje o sol é lazer, preferencialmente com muito filtro solar.
Escolhemos nossos maridos e decidimos se queremos filhos. Não ficamos mais para “titias” se não casarmos, virgindade é algo pessoal e não obrigação. Votamos e somos votadas.
No romance, Balzac destacava algumas “qualidades” da mulher de trinta:
-sabe rir das situações embaraçosas;
-não cede, escolhe;
-experiente, dá mais do que ela mesma;
-a jovem desonra-se sozinha, enquanto a mulher de trinta nunca perde a honra.
Embora eu acredite que os nossos predicativos atuais são importantes para a época atual, é interessante reler a história e ver o que foi deixado para trás e o que ainda carregamos.
Balzac foi o primeiro a tecer críticas severas ao matrimônio: "casada, ela deixa de se pertencer, é a rainha e a escrava do lar”.
Garanto que se hoje Balzac se deparasse com uma mulher de trinta atual ficaria encantado (depois de refeito do susto) pois hoje com trinta é quando a mulher começa a florescer, de fato!
Comentários ( 6 ) recentes
- Mateus Mussinati gouvea
26-02-2011 às 06:21:35@Rosana
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Olá Rosana,tudo bem? Não sei se esse comentário vai pra VC!!! Se for me de uma resposta,ok? Seu Amigo Mateus.Estou com problemas no outro endereço de email,aquele q VC conhece,pois acho q VC percebeu q faz tempo q não te respondo nada,ok? Me de noticias nesse email acima ok,forte abraço pra VC. Atenc:Mateus.27-02-2011. - Rosana
09-01-2011 às 20:38:43@Aldo
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Com exato um ano de atraso, te digo para presenteá-la com algum da safra mais antiga de Sidney Sheldon.
Espero que ainda dê tempo...rsrs.
Bjs - Aldo
11-01-2010 às 16:22:31Quero presentear uma balzaquiana, de preferência com um livro inerente à faixa etária e busco sugestão. Me ajudam?
¬ Responder - Flavio
24-09-2009 às 14:49:16Ola amiga, gostei..., e seu pensamento é verdadeiro diante de nossa realidade, isso mostra a evoluçao dos tempos mesmo nos pensamentos e opinioes de epoca, assim como o seu pensamento de hj, q amnha podera ter outra interpretaçao ate mesmo por outra mulher nos seus dias atuais. Porem, quero crer q essa idade dos trinta na mulher, sempre sera bem vista e muito desejada, tanto por mulheres qto pelos seus admiradores, a mulher balzaquiana sempre sera explendorosa, atraente e significativa.
¬ Responder - Osmar Losano
24-09-2009 às 01:46:52É um texto que dispensa comentários... concordo em número, gênero e grau. O que posso adicionar é que a mulher se libertando, mostra muito mais potencialidades que os homens. Se multiplicam nos afazeres sem perder nem a pose e nem a beleza....rs. Para nossa felicidade....
¬ Responder - james christian
07-07-2009 às 22:20:01achei o texto muito lúcido e coerente. penso eu que seria o que Balzac diria hj. parabéns à escritora
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