Adesivos De Geladeira
Os pingüins tiveram seu auge até os anos 70, quando começaram a declinar. Até essa década era impossível imaginar uma geladeira sem esses animais fazendo poses. A aquisição e exposição deste adereço equivalia à posição social, conferindo status ao seu proprietário. Na década seguinte, porém, o que era sofisticação passou a ter uma conotação pejorativa, e os pingüins foram sendo deportados.
As geladeiras, entretanto, não ficariam para sempre livres de sua função secundária de “centro de exposição”. Aparentemente, tudo começou com a idéia de alguém de memória fraca, ao fixar na porta da geladeira recadinhos e lembretes, seguros por ímãs. Sairia daí o aperfeiçoamento da técnica, que daria origem aos hoje conhecidíssimos adesivos de geladeira.
Assim como os pingüins, os adesivos se tornaram uma mania, embora sem alcançar o “glamour” dos primeiros. Antes da aparência atual, esses adesivos tiveram uma fase mais artesanal, na qual se fabricavam enfeites em resina que colavam na superfície valendo-se de pequenos pedaços de ímã. Esses adornos, teoricamente, não estavam ali apenas para enfeitar, mas para garantir a fixação de pequenos textos, como listas de compras, telefones úteis, ou agendamento de alguma atividade que não poderia ser esquecida. Na sua produção, materiais diversificados como papel machê, silicone, biscuit, porcelana, crochê, plástico e conchas.
Aproveitando a utilidade do objeto para o lembrete, departamentos de marketing de várias empresas encontraram um veio vocacionado à propaganda. Barata, prática e direta ao consumidor. Em uma palavra: eficaz.
Artesanal ou profissionalmente, estes adesivos multiplicam-se diariamente, numa produção em larga escala. Em alguns casos, servem de alternativa aos cartões de visita, estampando marcas, serviços e telefones que, em algum momento, podem ser úteis e, por isso, merecem lugar de destaque. Na geladeira, claro.