O papel da televião
Categoria: TV HIFI
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Um dos grandes marcos da modernidade foi, sem dúvida, o aparecimento da televisão. Até o burro, quando viu a zebra na TV observou: «Este mundo está mesmo mudado! Agora já saiem à rua de pijama…!» O certo é que, efectivamente, as rotinas, a forma de pensar e avaliar, as prioridades, os interesses, e toda uma série de outras coisas se transformou substancialmente, quer pelo encantamento que esta descoberta originou, quer pela maior cultura que, entretanto, se foi adquirindo.
Na verdade, a difusão do conhecimento e de modos de estar distintos, a baixo preço e sem necessidade de sair de casa (só talvez à da vizinha, antes da generalização da posse dos aparelhos) motivou uma “revolução silenciosa” e progressiva. Em relativamente poucos anos, os panoramas familiar, social, educacional, político, económico, etcétera, alteraram-se de forma significativa.
A enorme projecção da publicidade televisiva, acompanhada por uma efectiva melhoria das condições de vida, fez disparar o consumo dos produtos mais publicitados.
Criaram-se protótipos de beleza que todos queriam seguir. Veicularam-se modas (esquisitíssimas, por sinal), que constituíam o must da altura.
Apelava-se ao desenvolvimento pessoal através da aquisição disto ou daquilo. Chegou-se a um ponto em que a actividade publicitária era tão valorizada (porque, na realidade, é ela que financia as estações emissoras) e intensa que se definia a programação que os canais passavam como «aqueles programinhas que dão no intervalo dos reclames»!
As pessoas ficavam embasbacadas com o que viam, e tinham-no quase como um dogma, não possuindo ainda espírito crítico para aferir acerca da muito possível falibilidade de uma concepção, afinal, humana.
Endeusavam a “caixinha mágica”, talvez por não dominarem o mecanismo desta “magia”.
Pasmavam com o que sentiam ser transmitido para si. De facto, a sensação é de que os olhos que fixam a câmara estão a olhar para nós. Até havia quem não trocasse de roupa à frente do televisor para que os “homenzinhos”, do outro lado, não invadissem a sua privacidade…
Hoje, e não obstante uma enorme evolução aos mais variados níveis, muito falta ainda caminhar no sentido da construção desta alma reclamante e crítica, pois o respeito pelos espectadores sucumbe frequentemente a interesses de outra natureza, e aqueles que deviam constituir o objectivo primeiro e o alvo preferencial de qualquer acção no âmbito da comunicação social por excelência, acabam por ser preteridos e relegados para um papel de passividade, que não têm, de modo nenhum, o dever de representar.
Na verdade, a difusão do conhecimento e de modos de estar distintos, a baixo preço e sem necessidade de sair de casa (só talvez à da vizinha, antes da generalização da posse dos aparelhos) motivou uma “revolução silenciosa” e progressiva. Em relativamente poucos anos, os panoramas familiar, social, educacional, político, económico, etcétera, alteraram-se de forma significativa.
A enorme projecção da publicidade televisiva, acompanhada por uma efectiva melhoria das condições de vida, fez disparar o consumo dos produtos mais publicitados.
Criaram-se protótipos de beleza que todos queriam seguir. Veicularam-se modas (esquisitíssimas, por sinal), que constituíam o must da altura.
Apelava-se ao desenvolvimento pessoal através da aquisição disto ou daquilo. Chegou-se a um ponto em que a actividade publicitária era tão valorizada (porque, na realidade, é ela que financia as estações emissoras) e intensa que se definia a programação que os canais passavam como «aqueles programinhas que dão no intervalo dos reclames»!
Endeusavam a “caixinha mágica”, talvez por não dominarem o mecanismo desta “magia”.
Pasmavam com o que sentiam ser transmitido para si. De facto, a sensação é de que os olhos que fixam a câmara estão a olhar para nós. Até havia quem não trocasse de roupa à frente do televisor para que os “homenzinhos”, do outro lado, não invadissem a sua privacidade…
Hoje, e não obstante uma enorme evolução aos mais variados níveis, muito falta ainda caminhar no sentido da construção desta alma reclamante e crítica, pois o respeito pelos espectadores sucumbe frequentemente a interesses de outra natureza, e aqueles que deviam constituir o objectivo primeiro e o alvo preferencial de qualquer acção no âmbito da comunicação social por excelência, acabam por ser preteridos e relegados para um papel de passividade, que não têm, de modo nenhum, o dever de representar.
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Comentários ( 1 ) recentes
- Sophia
04-06-2014 às 06:40:20Muitas pessoas pensam que a televisão é a única forma de estar informada. Engano. Ela é apenas mais um canal.
¬ Responder
Cumprimentos,
Sophia