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O 'stress' do professor do século XXI

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
O

É cada vez mais uma realidade que nos entra pelos olhos diariamente. Os filhos estão a assumir um protagonismo que os pais, deliberada e descuidadamente lhes dão. Este comportamento culpa os pais por negligência e, automaticamente, vitima-os. A falta de acompanhamento, de orientação e de educação, estão, gradualmente, a virar os rumos de uma sociedade cada vez mais anti-família, egoísta e sem valores. Não é possível que os pais se demitam do seu dever. É mau demais ceder a chantagens emocionais, a caprichos, a vontades e a “birras”, deixando as crianças e adolescentes sem uma orientação capaz e sem uma educação que lhes mostre os seus direitos, deveres e limites. Onde está o respeito, onde estão as boas maneiras, onde está o olhar atento e orientador?

Os casos de insubordinação doméstica acumulam-se. A desobediência, a falta de respeito, o facilitismo e a má educação atingem padrões assustadores. O problema já não é apenas um receio, é real: em casa, na rua, na escola… E já se reflete em comportamentos gravosos de que somos testemunhas todos os dias. Perante o problema criado, os pais não sabem o que fazer, atribuindo a culpa a tudo o que lhes é alheio.

A orientação, a educação e a disciplina são conceitos basilares para a formação de um jovem que precisa conhecer-se como ser social. A ausência desta estrutura faz com que eles cresçam sem saber qual o seu papel. A solução não estará, com toda a certeza, na castração dos poderes dos educadores, tanto dos pais como dos demais agentes. Os pais devem estar na linha da frente e exigir para os seus filhos a melhor educação e formação. Mas, por outro lado, não podem esquecer que a base começa em casa. É lá que está o primeiro exemplo. Assim, a contribuição cívica realiza-se, observando o passado e assumindo o presente com olhar atento para a preparação do melhor futuro.

E esta realidade faz com que seja por demais ingrata a profissão do professor. Ainda que seja difícil definir com rigor o termo stress, facilmente neste contexto encontramos uma possível definição. Se não, repare-se O professor atual é educador, orientador, disciplinador, amigo e companheiro, cujo contributo para o desenvolvimento do aluno acompanha o papel de pai, mãe e família, de modo a melhor zelar pela segurança física e psicológica. Isto sem referir que a exigência suplanta este aspeto, pois tem de estar atualizado face às mudanças sociais que condicionam as suas estratégias no dia a dia na escola. Não é por acaso que sejam estes profissionais aqueles que mais recorrem a ajuda psiquiátrica e/ou psicológica. Provavelmente o leitor já conseguiu definir o termo stress apenas com estas linhas descritivas.

De uma forma quase unânime, o público docente considera a sua profissão stressante. As razões surgem em catadupa, a começar pela própria desvalorização da classe docente, o baixo valor salarial, a falta de comunicação com os pais (que cada vez mais desautorizam o docente), as más condições de trabalho, o número elevado de alunos por turma e a falta de interesse e de educação que estes revelam no interior da sala de aula.

Assim, sendo, o que motivará um docente a continuar a sua demanda? O seu espírito de missão? Será fácil responder, sendo um profissional do ramo educacional, ainda que pareça um paradoxo tendo em conta o que foi dito nas linhas anteriores. O gosto pela profissão, o entusiasmo face à realidade e a vontade de partilhar e conviver com o conhecimento, o gosto pela formação do ser e pela disciplina que se leciona, são motivos que ajudam a combater psicologicamente o stress contagiante, que tantas vezes põe em causa a vida familiar e a saúde do profissional.

É ainda possível estabelecer outros pontos de equilíbrio que ajudam a impedir e/ou aliviar o stress: a boa relação com os alunos, ou seja, um sucesso efetivo do processo ensino/aprendizagem e a adoção de uma atitude e estratégias em situações difíceis: serenidade, paciência, valorização do erro e correção pela pedagogia e o diálogo com os alunos, atentando às suas dúvidas, carências e comportamentos desviantes.

Em jeito de conclusão e de desafio para outras reflexões, é de salientar que a própria experiência de saber lidar com o stress pode ser explicada e sujeita à ponderação pelos próprios alunos, colocando o problema do professor ‘em cima da mesa’ para que seja o próprio aluno a tentar ajudar a resolvê-lo.


Ruben Duarte

Título: O 'stress' do professor do século XXI

Autor: Ruben Duarte (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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