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Capítulo 1 – Em busca de uma história.

Categoria: Literatura
Capítulo 1 – Em busca de uma história.

Bem vind@ ao projeto experiência textual diária!
Você está prestes a acompanhar uma saga épica, com muitos originais, que irão enfrentar as mais absurdas e provocantes aventuras.

A ideia é escrever ao menos um capítulo dessa história por dia. Eles estarão indicados pela data no topo do texto. (Está sem barras, mas é dia, mês e ano).
Sem mais linguiças para encher, vamos nessa!

Capítulo 1 – Em busca de uma história.
Eduardo está com muito sono durante a reunião preparatória para o conselho de classe. Estavam sentados em volta de uma mesa grande dentro de uma sala pequena. Ele podia ouvir as pessoas debatendo, mas era difícil manter os olhos abertos.

“Acho que vou fechá-los só um pouco para lubrificação, mas mantenho a atenção com os ouvidos, para não dormir, talvez ninguém perceba.”
A voz do professor de matemática ficou mais clara e Eduardo pode até acompanhar a frase toda:
“Eu acredito que os alunos vão ficar perdidos no meio de tantos professores. Temos que cuidar para que não se assustem.”

A cabeça de Eduardo começou a baixar. E sua respiração ficava lenta e alta.
“É, temos que cuidar para que não vejam nossa bagunça, é isso que o senhor quer dizer, não é? De outra forma como poderíamos cobrar deles o que nem nós conseguimos fazer, que manter uma conversa de adulto, sem ficar de conversas paralelas e risadinhas?”
A voz era da professora de artes, uma jovem recém-formada que se irritava com frequência devido aos comentários desnecessários por vezes machistas, de seus colegas mais velhos.

A cabeça de Eduardo moveu-se rapidamente para baixo e para cima fazendo com que seu corpo liberasse uma leve descarga de adrenalina que o deixou assustado.
“Ohmeudeus! Será que eu apaguei?” pensou.

Observou por um instante que os colegas de trabalho continuavam as conversas, como se nada tivesse ocorrido. Varreu a sala com o olhar e todos pareciam manter suas posições originais de antes da “pescada” que dera o pobre professor de história.

A vice-diretora da escola, responsável pela escola no período noturno, no qual estavam agora, tentava em vão manter o foco da reunião.
“Gente, nós temos que estruturar melhor esse projeto do conselho, senão não adianta nem convocar os alunos.”
“Por mim podia deixar do jeito que tá, nós vemos que merece passar e passamos, não sei por que ficar inventando moda desse jeito”. O comentário veio da boca velha e debochada da professora de Química.

Eduardo quis comentar alguma coisa com relação a isso, pois ele tinha sido um dos apoiadores da ideia de ter alunos participando do conselho de classe, desde o início. Nada mais justo que o professor de História fosse a favor de trazer um pouco mais de democracia para seus pequenos gafanhotos.

“Professora, a senhora está equivocada com esse pensamento” rompeu a voz da vice-diretora atropelando qualquer fala de Eduardo.
“A ideia é trazer os alunos para participar, pois estamos mudando a forma como a escola se posiciona com relação ao ensino de forma geral. Não podemos ficar pensando apenas nos mesmos métodos. Foi pra isso que convocamos essa reunião. Temos que pensar um método diferente, pois se ficarmos reafirmando velhos costumes, nós só vamos perder tempo.”

“Tudo bem Diretora, eu sou estou expondo o meu ponto de vista, não quero me abster desse direito. Cada um pode dizer o que pensa não é?”
A cabeça de Eduardo queria explodir nesse momento e, por incrível que pareça, não era pelo comentário maluco da professora de Química.

“Sim, mas nós como educadores temos que rever o nosso modo de pensar, se queremos viver numa sociedade mais justa.” Finalizou a vice.
As vozes dos outros professores iam misturando-se umas às outras e se tornavam a cada segundo mais graves. Parecia que Eduardo tinha enfiado a cabeça num balde de água.
“Preciso sair daqui. E tem que ser agora.”
A mesa grande não comportava todos os professores que participavam da tentativa de reunião, por isso havia uma segunda roda de cadeiras espalhadas atrás das cadeiras que rodeavam a mesa. Também havia alguns professores em pé, próximo às garrafas de chá e café.

O professor sonolento esgueirou-se pelos joelhos e pernas dos seus colegas e avançou para a rodinha do chá e café.
Passou por eles também e quase esbarrou no professor de geografia que ocupava muito espaço na sala e ainda por cima vestia uma jaqueta de couro com fivelas e outros adereços, fazendo dele um obstáculo nível hard para o professor zumbi.

As vozes ficaram para trás quando ele finalmente deixou a sala dos professores. Teve que sair pela biblioteca que era anexa, pois queria evitar passar pela secretaria. Era um dia sem aula então não havia alunos por ali.
Deu a volta no bloco administrativo e em poucos passos estava no portão.

Saiu cambaleante pela rua e não conseguiu ver o carro preto que avançava em alta velocidade jogando para o alto. No momento em que alçava voo um último pensamento ainda passou pela sua cabeça.
“Acho que ninguém vai reparar se eu dormir um pouquinho agora...”

Continua...


Jhon Erik Voese

Título: Capítulo 1 – Em busca de uma história.

Autor: Jhon Erik Voese (todos os textos)

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Martelos e marrettas

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Tema: Ferramentas
Martelos e marrettas\"Rua
Os martelos e as marretas são, digamos assim, da mesma família. As marretas poderiam apelidar-se de “martelos com cauda”. Elas são bastante mais robustas e mantêm as devidas distâncias: o cabo é maior.

Ambos constituem, na sua génese, amplificadores de força destinados a converter o trabalho mecânico em energia cinética e pressão.

Com origem no latim medieval martellu, o martelo é um instrumento utilizado para “cacetear” objectos, com propósitos vários, pelo que o seu uso perpassa áreas como o Direito, a medicina, a carpintaria, a indústria pesada, a escultura, o desporto, as manifestações culturais, etcétera, variando, naturalmente, de formas, tamanhos e materiais de composição.

A diversidade dos martelos é, realmente, espantosa. O mascoto, por exemplo, é um martelo grande empregue no fabrico de moedas. Com a crise económica que assola o mundo actualmente, já se imaginam os governantes, a par dos banqueiros, de martelo em punho para que não falte nada às populações…

Há também o marrão que, mais do que o “papa-livros” que tira boas notas a tudo, constitui um grande martelo de ferro, adequado para partir pedra. Sempre poupa trabalho à pobre água mole…

O martelo de cozinha serve para amaciar carne. Daquela que se vai preparar, claro está, e não da de quem aparecer no entretanto para nos martelar a paciência…!

Já no âmbito desportivo, o lançamento do martelo representa uma das provas olímpicas, tendo sido recentemente adoptado na modalidade feminina. Imagine-se se, em vez do martelo, se lançasse a marreta… seria, certamente, mesmo sem juiz nem tribunal, a martelada que sentenciaria a sorte, ou melhor, o azar de alguém!

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