Descontentamento Do Ser
As meninas acreditam que os trajes de senhoras lhes ficam muito bem, e procuram imitá-las. Os meninos já crescidos quando veem um homem que é proprietário de ferrovias, bancos ou casas de negócios, dizem consigo mesmos: “Que felizardo! Como poderei tomar-lhe tudo isso?”
F. W, Woolworth, o proprietário das Lojas Américanas, uma vez, do alto do Edifício Metropolitano, em Nova lorque, exclamou: “Que maravilha! Construirei um mais alto.” A grande realização da sua vida foi o Woolworth Building. Esse edifício permanece como um símbolo atual da tendência do homem para suplantar o trabalho dc outro homem.
O pequeno jornaleiro, de boca aberta, contempla e inveja o comerciante quando salta do automóvel na esquina, e entra no escritório, “Como eu seria feliz, diz o menino, se tivesse um automóvel” E o comerciante, sentado diante da sua secretária, no escritório, pensa na felicidade que teria se pudesse acrescentar mais um milhão de dólares à sua conta-corrente no banco já tão grande.
O homem casado admira mulheres bonitas e bem vestidas que passa nas ruas, e deseja que sua esposa fosse tão bela. Talvez ela seja muito mais bonita, mas ele não lhe reconhece a beleza, porque o homem tem sempre tendência para penetrar na seara alheia.
A felicidade está sempre nos rondando; está sempre à vista, mas fora do alcance, a vida parece nunca ser completa, seja o que for que se possua ou possa possuir. Uma necessidade sempre traz outra.
O descontentamento do ser assola nossas vidas. Ele nunca vai acabar e o que nos resta é saber lidar com ele. Devemos nos contentar com o que possuímos mais que tudo. Deus já nos ensina isso, pois a alma nunca se farta e os olhos nunca se cansam.
Que aprendamos a viver contentes sobre quaisquer circunstâncias. Que Jesus seja nosso maior contentamento, independente do que temos ou não.