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As Verdes Colinas de África

Categoria: Literatura
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As Verdes Colinas de África

«As Verdes Colinas de África» é um clássico da literatura de Ernest Hemingway. As 252 páginas desta publicação da editora Livros do Brasil proporcionam, à semelhança do comum das obras do autor, uma viagem fantástica por paragens longínquas e pela respectiva cultura a partir da comodidade do sofá da sala. Trata-se de uma “imagem de marca” de um escritor que, não obstante ter granjeado o Prémio Nobel da Literatura em 1954, prima pela simplicidade de escrita, sem grandes artifícios ou rodeios, e pela sua capacidade de fascinar o leitor e de o prender à história.

Este romance encontra-se dividido em quatro partes («Caça e conversa», «Caça recordada», «Caça e derrota» e «Caça e felicidade») e traduz um dos temas mais apaixonantes para Hemingway: as caçadas aos grandes mamíferos africanos. Os palcos das suas narrativas são quase invariavelmente o Quénia e a Tanzânia.

A particularidade deste livro é que retrata um safari realmente levado a cabo pelo seu obreiro, no decorrer dos anos 30 do século xx, com descrições na primeira pessoa da perseguição a rinocerontes, leões, búfalos e antílopes. Nele são narradas três caçadas com sucesso (aos três primeiros animais referidos) e uma quarta que, apesar de longa, não aporta os frutos esperados. Embora constitua um volume fundamental para os apreciadores da caça e os entendidos nesta matéria, a produção «As Verdes Colinas de África» é uma boa opção de leitura mesmo para quem não patenteie interesse pelo assunto das caçadas, porque, mormente na secção «Perseguição e conversa», Hemingway faz uma análise da sua vida de escritor com invulgares profundidade e franqueza.

Em acréscimo, esta produção literária manifesta uma insuspeita competência de Hemingway para a autocrítica. De facto, o autor perscruta neste livro as motivações de Hemingway, a personagem, e tece comentários muito pouco abonatórios à atitude infantil deste em querer demonstrar os seus atributos e provar que é melhor do que o seu amigo Karl, ânsia que quase comprometia irreversivelmente o extraordinário espírito de aventura.

O grande grosso dos contos de Ernest Hemingway acontece fora dos Estados Unidos, onde nasceu, sintoma inequívoco da sua paixão por conhecer outros países e civilizações diferentes. As informações e experiências compendiadas dão, posteriormente, origem a obras como «As Verdes Colinas de África». Desprovido de pretensões, o livro relata de forma realista o resultado de uma vivência, também ela, real. Para os verdadeiros artistas das palavras, como Hemingway, este é um talento inato que não dá para explicar nem imitar.


Maria Bijóias

Título: As Verdes Colinas de África

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Pulp Fiction: 20 anos depois

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Tema: Arte
Pulp Fiction: 20 anos depois\"Rua
Faz hoje 20 anos que estreou um dos mais importantes ícones cinematográficos americanos.

Pulp Fiction é um marco do cinema, que atirou para a ribalta Quentin Tarantino e as suas ideias controversas (ainda poucos tinham visto o brilhante “Cães Danados”).

Repleto de referências ao cinema dos anos 70 e com uma escolha de casting excepcional, Pulp Fiction conquistou o público com um discurso incisivo (os monólogos bíblicos de Samuel L. Jackson são um exemplo disso), uma violência propositadamente mordaz e uma não linearidade na sucessão dos acontecimentos, tudo isto, associado a um ritmo alucinante.

As três narrativas principais entrelaçadas de dois assassinos, um pugilista e um casal, valeram-lhe a nomeação para sete Óscares da Academia, acabando por vencer na categoria de Melhor Argumento Original, ganhando também o Globo de Ouro para Melhor Argumento e a Palma D'Ouro do Festival de Cannes para Melhor Filme.

O elenco era composto por nomes como John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e (porque há um português em cada canto do mundo) Maria de Medeiros.

Para muitos a sua banda sonora continua a constar na lista das melhores de sempre, e na memória cinéfila, ficam eternamente, os passos de dança de Uma Thurman e Travolta.

As personagens pareciam ser feitas à medida de cada actor.
Para John Travolta, até então conhecido pelos musicais “Grease” e “Febre de Sábado à Noite”, dar vida a Vincent Vega foi como um renascer na sua carreira.

Uma Thurman começou por recusar o papel de Mia Wallace, mas Tarantino soube ser persuasivo e leu-lhe o guião ao telefone até ela o aceitar.

Começava ali uma parceria profissional (como é habitual de Tarantino) que voltaria ao topo do sucesso com “Kill Bill”, quase 10 anos depois.

Com um humor negro afiadíssimo, Tarantino provou em 1994 que veio para revolucionar o cinema independente americano e nasceu aí uma inspirada carreira de sucesso, que ainda hoje é politicamente incorrecta, contradizendo-se da restante indústria.

Pulp Fiction é uma obra genial. Uma obra crua e simultaneamente refrescante, que sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico.
Pulp Fiction foi uma lição de cinema!

Curiosidade Cinéfila:
pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade a partir do início de 1900. Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e o termo “pulp fiction” foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas.

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Carla Correia

Título:Pulp Fiction: 20 anos depois

Autor:Carla Correia(todos os textos)

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