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Antes que seja tarde Ultimo capitulo

Categoria: Literatura
Comentários: 2
Antes que seja tarde Ultimo capitulo

“ Tudo termina para que tudo volte a começar, tudo morre para que tudo reviva”

Jean H. C. Fabre

21 De Setembro de 2005

O calor refugiou-se no frio no fim da estação. Retomou o desejo do costume da chuva que retomou de novo os céus, que perderam subtilmente a cor, envolvendo-se no sufoco do negro da rendição das almas. Perdeu-se o brilho nos olhos que vibravam intensamente, a cor dos dias de verão intenso que passou debaixo de uma tempestade emocional. O verde-mar, desvaneceu-se a cada latido do peito, levantaram-se as vozes que evocavam liberdade, perdera-se cada aplauso de vida e entrega e demonstrou-se a linha do fim, a meta irreversível. Afonso perdera o sol e a lua da sua vida. Perdera a razão da sua aventura, da segunda oportunidade de dar vida aos últimos dias, lutara contra o vento que teimava em soprar na sua direcção. Perdeu a luta do corpo, perdera a vida dos seus movimentos, sentia-se agora preso a uma cadeira de rodas que rodava cada vez mais depressa ao abismo. Olhava para a paisagem da janela da sala, a ameaça da vinda dos dias cinzentos e sem cor qualquer, o calor fugira com medo do frio que ameaçava o rancor do derradeiro adeus. O silêncio perdurava já há vários dias, não encontrava a voz da mente apenas a fraqueza do corpo, a derrota dura e pesada, a dor de cada respirar pesado que fazia tremer o frágil e ressequido corpo, os lábios que fingiam as palavras que o sufocavam e lhe doíam da perdição do cego amor que o abandonara…
Passaram quase dois meses. Muita coisa mudou, muitos mundos se viram de pernas para o ar que sufocava qualquer um que pedia mudo desesperadamente por socorro.

As caixas empilhavam-se umas em cima das outras. Pesadas de uma vida encaixotada, agora mudando de rumo numa estrada cheia de pedras pontiagudas que feriam profundamente da carne até ao osso, rasgando sem piedade os músculos derramando o sangue vermelho vivo pelas correntes que se agarravam pela vida. Rafael empilhava mais uma caixa de cima das outras, vestia o negro luto, do arrancar do seu coração que sentira quando vira a sua mãe partir, apesar de tudo em paz, alheia do mundo depois do último beijo da última visita de domingo do filho que nunca a abandonara, que sofrera até ao último segundo e que, apesar de tudo derramara a ultima lágrima de luto logo após a terra apagar o caixão castanho que desvanecera o corpo que finalmente descansava para toda a eternidade.

-Esta é a última! – Diz Isabel carregando uma última pequena caixa de cartão para além do peso do ventre que já lhe pesava pelo rebento que criara dentro de si. Isabel engravidara de Afonso por capricho dele, aproveitara-se do corpo dela, assumira o prazer fulminante e fugaz que desapareceu logo após este ver os últimos segundos entrar em contagem decrescente. Isabel sentira-se traída, mas como ela queria, a sua vida tinha mudado, mas nunca mais vira Afonso até o encontrar inanimado na sala.

-Não te quero voltar a ver!- dizia Afonso recuperando o seu estado, depois de acordar para seu espanto na cama de hospital. Apenas se lembrava da sensação que o seu peito se tinha eclipsado nas vértebras e que os seus órgãos se fundissem. Voltara a figura gélida, sem sentimentos, que não se rendera a uma vida nova apesar de efémera. Mata por completo o tempo que queria recuperar, de realizar sonhos que se desvaneceram por completo.
-Foi para me dizeres isso que eu vim aqui? – Pergunta Isabel, cuja reacção de Afonso não a surpreendera, já esperava que o fogo fulminante que ele sentia se transformava mais tarde ou mais cedo num cubo gelado que aprisionara os sentimentos todos no seu interior.

-Traíste-me! Não te vou perdoar, nem tenho tempo para isso… - recupera o fôlego depois de tossir, uma tosse que lhe arrancava o torso – não me vou importar com nada. Não me vou aborrecer com mais nenhum assunto. A minha vida acabou, acabei comigo mesmo e não quero esperar mais, não quero sofrer mais. Não faço mais nada neste mundo, nada nem ninguém me ligam a esta vida miserável.

Isabel sai do quarto sem nada a dizer. Era uma desilusão já esperada. Afonso sentira-se traído pela própria traição, pelos ciúmes doentios que o atiraram para uma morte solitária. Ela perdera por completo qualquer sentimento que nutria ainda por ele, fora apenas parte de um capricho que crescia no seu ventre a cada dia que passava.
O telemóvel cor-de-rosa de Isabel vibra sob o som rápido irritante. Procura-o em cima das caixas empilhadas.
“ Apenas te quero ver mais uma vez, apenas mais uma vez antes de partir. Afonso”
Isabel fica imóvel com a mensagem de Afonso. Não estava preparada para o ultimo confronto mas por muito que a alma a prendesse ao rancor que guardara apesar da dose leve, fora apanhada de surpresa. Sentira o seu coração bater mais rápido, o palpitar mais veloz do seu íntimo e o fervilhar do sangue que percorria o seu corpo e o fazia suar a cada segundo que restava ao reencontro. Isabel sai de casa de Rafael, despedira-se dele com um leve beijo na face e com um “Volto já! “. Rumara ao último encontro do homem que fez o seu coração palpitar mais forte mas que apenas usou o seu corpo em seu belo prazer e capricho.

A porta estava aberta. O apartamento estava silencioso, sem vida, sem alma parecia abandonado pelo próprio dono que ainda lá habitava. Fecha a porta assustando o silêncio da casa, procurava por um rasto de vida efémera que marcara o último cara a cara, que aguardava o inferno ardente do ofegante amor e sofrimento de cada lágrima fervilhante que evaporava a meio da face. Bastava de sofrimento, do encarar do medo e da morte que se aproximava a passos largos. Isabel procura pela casa toda, de divisão em divisão entre todas as quatro paredes até encontrar Afonso na varanda apreciando uma leve brisa no dia ameaçado de tons cinzentos. Este olhava para a paisagem profunda, que ameaçava de novo a escuridão de mais uma chuva incandescente que lhe vinha queimar o corpo e lhe libertar a alma. Estava sem carne, sentia o som de casa osso que se movia a muito custo, a dureza dos músculos podres num corpo sem vida e sem cor, sem amor, sem calor, sem o verde-mar que os olhos acabaram por perder espelhando o negro que se avizinhava no horizonte.

Isabel aproxima-se devagar. O som dos sapatos vermelhos ecoava nas divisões sem vida, o vestido negro ameaçava esvoaçar a cada leve brisa que ganhava cada vez mais vida e força.

-Estavas num dilema moral? Se vinhas ter comigo ou se esperavas pela confortável notícia da minha morte? – Pergunta Afonso não retirando o olhar do céu intensamente negro.

- Segui um impulso e se estou aqui e porque ainda tenho contas a ajustar contigo! – Revela Isabel sentando-se na cadeira de vime que se encontrava na varanda.

-Tens contas a ajustar comigo?! Apenas eu tenho contas com a vida que irei ajustar quando o meu coração parar de bater. – Comenta Afonso, levando a mão ao bolso direito.
-Não te vou dar esse prazer! Uma mulher como eu não se contenta com esse ajuste de contas! Voltei a cair, a querer-te cada vez mais e acabei por cair numa poça de água que me abafou, me sufocou e me fez renovar a paixão fulminante que sentia num vigoroso rancor por ti. Abandonaste-me depois de teres de mim o divertimento que querias, um capricho que calculavas e que delinearas nos teus últimos planos de vida. Fui um brinquedo na tua triste vida. Mas não sou mulher de me render e de baixar as armas. – Desabafa Isabel, exaltando o tom cada vez mais agressivo para com Afonso que não tirava olho da escuridão.

Afonso respira fundo debaixo do som rouco do seu corpo que pedia desesperadamente pelo fim. Tosse que lhe arranca o peito, até que a mão que se move até ao peito frio acalmar um pouco a tempestade que o assombrara.
-Sabes que a vida não e justa, comigo não o foi. Apenas aprendi a amar tarde demais, mas esse amor perdurou pouco tempo. Congelou e aprisionou-se para sempre dentro do cubo de gelo que se formou dentro do meu tronco. Hoje apenas sinto frio no meu peito, nada mais. O amor morreu para sempre, foi efémero como a minha vida que se vê no fim cedo demais. Mas talvez não seja cedo, acredito no destino e se é este o que me foi traçado e porque assim será. Se tive de sofrer, se fiz sofrer aqueles que mais sofreram por mim e porque assim foi escrito nas entre linhas da minha vida. – Conta Afonso devagarinho, gemendo com as dores que lhe picavam o corpo.

- Comigo a vida também não foi justa. Nada mesmo. Nem o é com ninguém. Quem o admite ou esta a mentir ou não sabe o que e viver fora do seu próprio mundo feito a sua medida, impenetrável por outras mentes e memorias de se acumularem umas em cima das outras constantemente ao longo da vida. Mas nunca foste justo com os que te amaram. Mantes-te uma posição falsa a distancia, nunca te aproximavas da zona de perigo. Comigo, com o teu irmão, com a tua própria mãe… Extinguiram-se para ti, rodopiavas apenas na tua fútil e falsa vida e esqueceste-te de amar aqueles que te amavam. – Diz-lhe Isabel emocionando-se na sua raiva, no seu rancor agora arrancado pelas emoções a flor da pele.

-Não fales do que não sabes! Não te admito isso! – Grita com raiva, apesar da sua debilidade – Perdi o meu pai muito cedo, cresci sem amor de mãe que apenas cuidava do Rafael, pequeno e frágil. Vi-me sozinho neste mundo cruel que me ensinou a ser frio cedo demais. Fui levado por um tio para o Norte e que após a sua morte me deixou tudo o que tinha e que me deu asas para erguer tudo o que hoje tenho. Nunca mantive muito contacto com o Rafael e cortei relações com a minha mãe. Os anos passaram, o Rafael casou, a minha mãe foi internada no lar com Alzheimer. – Conta ele contendo as emoções, mostrando a sua face gelada e coração calmo.

Isabel faz um pouco de silêncio. Apercebera-se agora da verdadeira personalidade de Afonso. Apesar da dureza da vida, focara-se apenas em si, deixara os outros para traz sempre pelo mesmo: ciúmes e rancor.
-E eu fui apenas mais uma peça no teu minucioso jogo de xadrez? – Pergunta Isabel quebrando o silêncio que a enraivecia cada vez mais.

-Tu apareces-te no momento mais emotivo e do despertar dos meus sentimentos. Mas por muito que quisesse não podia voltar a viver, esperava a morte dura e crua, debaixo dos meus últimos planos. Não tinha escolha, tentei redimir-me mas já não era hora de me render, não iria ter nenhuma oportunidade apenas uns segundos felizes, nada mais que isso. Aproximei-me do Rafael cada vez mais, era a única pessoa que tinha no mundo, tinha acabado por desistir pelo amor de mãe que jamais tivera. O Rafael também não estava bem em parte por minha culpa também, hoje não o consigo olhar nos olhos, fiz muita coisa errada e imperdoável. Não espero alguma vez perdão, apenas raiva dele quando souber a verdade. Não me da medo, um dia vai perceber que tem mais razões para me odiar do que para amar as memorias que restarem de mim nele.

Isabel fica pensativa. Cada vez mais as peças encaixavam, cada vez mais apercebera-se da pessoa que realmente tinha a sua frente, do pedaço de carne fria que vivera na vida de todos os que o rodearam e que lhe viravam costas. Isabel aproximar-se a passos lentos, tentando não afugentar o silêncio da chuva que começava a cair transparente, lenta, escura como as cinzas negras que jaziam agora no corpo de Afonso. Queimaram-se os sentimentos, as emoções num fogo intenso, a pureza e a verdade explodiram num lume quente que culminou apenas em cinzas, restos do seu ser em si mesmo impregnados no seu olhar que olhava agora para Isabel. Isabel estava mesmo atrás de si. Senti uma força que a empurravam e a envenenavam contra o corpo de Afonso frágil a sua frente. Vem-se agora frente a frente, olhar contra olhar, corpo a corpo. Este não resiste a erupção fulminante de tocar em Isabel, tinha a mão gelada, parecia já estar sem vida mas ainda se mexia em direcção ao ventre de Isabel. Ela sente um arrepio, uma força que a repugna, que a faziam entregar ao abismo sob o frio que sentia, que tinha passado do corpo doente de Afonso para o seu, do seu corpo feminino congelado. Afonso agarra-se a Isabel, tenta erguer-se apesar da dificuldade. Isabel olha para ele sem reacção, hipnotizada no seu entregar estranho, no seu coração palpitante em si, fria, gelada a cada respirar dela e de Afonso que, agora se agarrava a ela, se sustentava nela a grande custo. Isabel perde a razão, perde as forças no que tentava esconder, do desapego do seu desejo de amor que uma mulher como ela sentia, forte dentro de si. Por um beijo nos seus lábios rasgados e frígidos que pouco sentiam o fogo e a chama que Isabel sentia igual que antes, que sempre sentira e que ainda não era demasiado tarde. O peso de Afonso fez desistir o corpo de Isabel, perdem o controlo e o equilíbrio na varanda, o corpo dele resigna á vida e leva o de Isabel colado ao seu. Rendem-se e caiam agarrados na sua cálida paixão que os levou juntos a cair da varanda do oitavo andar, descem vertiginosamente pelo meio das gotas que envolviam os últimos beijos, das ultimas confidencias e desejos até caírem um em cima do outro em cheio no para brisas de um carro vermelho que estava estacionado a porta do prédio.

20 De Setembro de 2012

Sete anos passaram. Muitos momentos se encobriram na memória. Os anos passaram-se, muitas realidades mudaram. Os reflexos da madrugada amargurada de cada nevoeiro que acordavam os medos, os raios de sol que abraçavam a vida e a morte e as gotas de água que se se união ao laços do amor que atavam o coração. Sobravam os motivos para a entrega em corpo e alma que para abraçar a vida nunca e tarde. As ondas do mar calmo rebentavam suavemente sobre o sal, que molhava a areia brilhante pelos raios de sol que penetravam no panorama. Rafael passeava pela areia, corria tentando apanhar as ondas que iam e vinham numa dança celestial. Respirava calmamente sob o correr contra a leve brisa do vento que caminhava contra si, lhe refrescavam o suor do cansaço do corpo, resfriavam os cabelos ao sabor do vento, abstraia-se do mundo ao seu redor num mundo a parte, só seu apenas e que lhe dava sentido a cada manha que corria em busca do regaço do calor da vida.

Mudara de vida, despertara para a sua verdadeira essência, descobriram em si uma força e paz que jamais tivera. Depois de tanta adversidade, vê finalmente o seu rumo que sentia ser o certo, cada lágrima que derramou agora brilhavam e lhe demonstravam o caminho brilhante e perfumado de anos sem orientação agora revolto no calor do despertar para a realidade da sua grande aventura sem fronteiras nem preconceitos.
-João Afonso! Porta-te bem e come o gelado ai sentadinho! – Diz-lhe Mafalda sem paciência, sob o seu chapéu garrido contrastando sobre o seu vestido preto largo.

-Tem aqui o seu café! – Diz-lhe o empregado do café pondo a chávena em cima da mesa ao lado dos óculos de sol e do livro agora pousado na mesa.

Mafalda rasga o pacote de açúcar e derrama-o na chávena e mexe o café energicamente com a colher olhando para o pequeno sob o olhar de Rafael. Depois do divórcio não voltaram trocar uma única palavra. Rafael não perdoara a traição, de Mafalda e do seu irmão do qual não queria ouvir falar.

Rafael olhava para o menino. Os olhos verde-mar, o rosto travesso e irrequieto da infantil da doce face, do cabelo preto rebelde dos seus seis anos, quase sete. Via nele o seu irmão, do qual não queria ouvir falar. Agora percebia a traição irremediável e imperdoável do próprio irmão. Afonso fora calculista até ao fim, levara consigo Isabel grávida de poucos meses, mas o seu capricho já tinha sido realizado. Afonso apenas queria um filho e esse carregara e educara Mafalda. Esta ficara com tudo o que era do pai do menino que hoje via do céu, o fruto dos seus caprichos.

- Rafael vai para o camarim. Tem de te preparar para daqui a pouco tempo! – Diz-lhe André, o dono do café que lhe acena sob o olhar dos olhos azuis travessos e perversos.

Rafael segue para o seu cubículo onde tudo ganhava forma. Os seus olhos ganhavam cor, o seu rosto enaltecia-se com pó de arroz, as pestanas falsas se colavam nas suas, os lábios ganhavam cor, robusta e carnuda num vermelho fogo, o cabelo ganhava a cor de uma peruca loira sob o vestido rosa de lentejoulas, o chapéu preto e o cigarro fino branco na ponta dos dedos na sua mão coberta pela leve luva fina branca e os sapatos altos pretos.
Assim surgia em palco uma outra pessoa: Kelly Kiss sob os aplausos incessantes da plateia eufórica com mais um espectáculo onde as mascaras e os adereços criavam uma ilusão, alimentam os olhos de prazer e vícios, animam as mentes perversas e insaciáveis. Deitavam abaixo os preconceitos, saboreavam cada movimento de cada olhar sedutor que pisava o palco, dançava e cantava ao som da vida fictícia, onde naquela pele o faziam sentir feliz, liberto de dilemas, dramas e rumores da alma de cada movimento angelical do transformista que anima de ilusões os olhares vertiginosos, curiosos, com vontade de ter cada beijo que abre o apetite da verdadeira essência da plateia abraçada ao encanto do espectáculo da vida onde tudo se mistura, aplausos, lágrimas, gargalhadas, o silencio das palavras que libertam a fúria para dar lugar ao amor, do corpo e da alma ressacadas do destino onde apenas se sente até a ultimo obstinação do coração vibrante que se alimenta da dor e do ritmo da emoção que dá fulgor a cada batimento potente dentro do peito de cada um.

Fim


Tiago Manso

Título: Antes que seja tarde Ultimo capitulo

Autor: Tiago Manso (todos os textos)

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãoyuri

    12-04-2013 às 20:40:32

    isto nao e plagio sr Tiago??

    ¬ Responder
  • Tiago MansoTiago Manso

    22-04-2013 às 21:30:15

    Nao caro leitor. Esta hisotira e totalmente da minha autoria. Espero que tenha gostado :)

    ¬ Responder

Comentários - Antes que seja tarde Ultimo capitulo

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Martelos e marrettas

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Martelos e marrettas\"Rua
Os martelos e as marretas são, digamos assim, da mesma família. As marretas poderiam apelidar-se de “martelos com cauda”. Elas são bastante mais robustas e mantêm as devidas distâncias: o cabo é maior.

Ambos constituem, na sua génese, amplificadores de força destinados a converter o trabalho mecânico em energia cinética e pressão.

Com origem no latim medieval martellu, o martelo é um instrumento utilizado para “cacetear” objectos, com propósitos vários, pelo que o seu uso perpassa áreas como o Direito, a medicina, a carpintaria, a indústria pesada, a escultura, o desporto, as manifestações culturais, etcétera, variando, naturalmente, de formas, tamanhos e materiais de composição.

A diversidade dos martelos é, realmente, espantosa. O mascoto, por exemplo, é um martelo grande empregue no fabrico de moedas. Com a crise económica que assola o mundo actualmente, já se imaginam os governantes, a par dos banqueiros, de martelo em punho para que não falte nada às populações…

Há também o marrão que, mais do que o “papa-livros” que tira boas notas a tudo, constitui um grande martelo de ferro, adequado para partir pedra. Sempre poupa trabalho à pobre água mole…

O martelo de cozinha serve para amaciar carne. Daquela que se vai preparar, claro está, e não da de quem aparecer no entretanto para nos martelar a paciência…!

Já no âmbito desportivo, o lançamento do martelo representa uma das provas olímpicas, tendo sido recentemente adoptado na modalidade feminina. Imagine-se se, em vez do martelo, se lançasse a marreta… seria, certamente, mesmo sem juiz nem tribunal, a martelada que sentenciaria a sorte, ou melhor, o azar de alguém!

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