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Sons da Alma

Categoria: Literatura
Sons da Alma

Guardei
Guardei o coração de um anjo
Onde as minhas maiores relíquias
Eu escondo até de mim que tanto sabe
O que não vê,
Como muito menos compreende
Ao significado do amor que há cada instante cresce
Ainda mais a medida que o relógio faça
Com que dá noite nos aproximemos há cada
Milésimo de segundo que te guardo em minhas lembranças
E quando no seu nome eu esboço citar.

Por Inteiro
Por inteiro entrego nas mãos de
Seu coração de anjo
A minha vida repleta tantas
Passagens para o submundo de ilusões,
De caricatas paixões,
Amores fantasiados pela
Tão submissa felicidade que fora
Castigada pela infelicidade de um dia ter amado
Tanto para que impedisse o meu coração de um dia
Perder a visão e minha alma de os quatro outros sentidos
Perder como se uma pessoa fosse há medida
Que se acelerava em determinados momentos e instantes.

Passagens
Passagens para um mundo
Repleto de dores por tanto amar
Sem que isso o faça calar a voz do coração
Ou fazer de a voz da alma ficar rouca
Como o som do motor de um carro velho
Que mesmo roncando faz com que seu tempo
Ande mais rápido do que ao seu carro que na velocidade
De uma tartaruga o faça viver momentos
Tão delicados e sublimes da vida que não temos
O dom de nos fazer reviver o mesmo dia como o meu
Desejo de novamente lembrar do dia em que nos conhecemos,
O nosso primeiro olhar sagaz de comer
Com os olhos o meu desejo de como você viver
A eternidade e alcançar o horizonte do infinito.

Passado
O meu passado repleto
De histórias que me constrange
Mas que hoje me faz lembrar que sou vencedor,
Que sou guerreiro,
Que sou como o homem de ferro devido
A fé que meu coração reserva já que não mais é
Possível que um dia sonhe em derrubar um herói que,
Dos vícios das drogas me fez escapar
Como um rato que foge a todo custo das garras
De um gato que nada tem a ver com o meu passado
Da qual não tenho nem o prazer de relembrar já que
Seria uma forma de reviver tudo novamente e
De bandeja cair nas mãos da depressão.

Há Medida
Há medida que mais amo
A quem ainda não tive a felicidade de encontrar
Como aqui por dentro parece me corroer por dentro
Por sempre pensar que um resquício de ilusão me jogará
Ao infinito da escuridão,
Recinto da solidão e
Sacramentado pelo silêncio que tortura
Até as sombras de um infinito da qual não faço
Questão de viver sem o delicado perfume de um anjo que
Tanto admiro que seria na mesma medida
Em que arde o fogo que me incendeia.


Kaique Barros

Título: Sons da Alma

Autor: Kaique Barros (todos os textos)

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Comentários - Sons da Alma

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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