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Início > Textos > Categoria > Utilidades Domésticas > Imortalize a sua escova de dentes

Imortalize a sua escova de dentes

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Comentários: 1
Imortalize a sua escova de dentes

As utilidades domésticas, à semelhança da própria Humanidade, foram sofrendo mutações e evolução ao longo dos tempos. Algumas datam de há milhares de anos e é curioso constatar os seus “antepassados”.

Imagine-se que até ao século XI praticamente toda a gente comia com as mãos. Nessa altura, o grau de finesse media-se pela quantidade de dedos que se usavam para levar os alimentos à boca. Os mais in socorriam-se apenas de três dedinhos. Esse século haveria de ver, mais à frente, o estranho objecto com uma dupla ponta que a princesa Teodora, de Bizâncio, que entretanto se casou com um nobre da corte de Veneza, Domenico Salvo, levou no enxoval, e do qual fazia uso para espetar a comida: era, nada mais nada menos, que o tetravô do garfo! Este protótipo, considerado inicialmente uma heresia, foi, pouco a pouco, sendo adoptado por membros da nobreza e do clero, e assim pode dizer-se que o casal acabou por ser “salvo” pelo hábito…!

O cardeal francês Richelieu, de que todos já ouvimos falar enquanto personagem da saga «Os Três Mosqueteiros», fervoroso defensor das boas maneiras, sugeriu que cada pessoa tivesse um talher para usufruto exclusivo à mesa, uma vez que as facas que matavam animais também serviam para descascar fruta e por aí adiante.

Passando para o domínio das escovas de dentes, o primeiro instrumento identificado com tal, com cerca de cinco mil anos, constava de um pequeno fuste, com tamanho similar ao de um lápis, ao qual desfiaram as pontas. Este utensílio foi encontrado numa sepultura egípcia. De facto, se há coisa de que não se pode duvidar, para além da transversalidade de uma escova odontológica desta natureza, é do profundo sentido de asseio das múmias, que não prescindiam da sua higiene dentária, partindo para a morte munidas de uma poderosa arma contra microorganismos que pretendessem alojar-se na sua boca! É bem certo que a humidade da féretro poderia originar afecções bucais… mas uma escova de dentes mumificada é algo suigéneres!

O sabão, cuja versão de excelência se traduz pelo sabonete, tão utilizado para diversos fins num lar, custou a entrar nos costumes de limpeza do povo. Até os mais eruditos partilhavam a estranheza provocada por tamanha quantidade de espuma. Actualmente, constata-se que o espanto ainda vigora entre indivíduos que aparentam certa apreensão, para não dizer aversão, ante o expurgo corporal… Talvez fosse útil incluir na embalagem um manual de instruções, como se fazia no século XVII, esclarecedora da respectiva aplicação! Há, todavia, matérias, em que nem uma varinha mágica consegue operar milagres…



Maria Bijóias

Título: Imortalize a sua escova de dentes

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • SophiaSophia

    07-06-2014 às 20:57:11

    As escovas de dentes são tão necessárias para nós. Imagine como era antigamente antes de sua existência.
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

Comentários - Imortalize a sua escova de dentes

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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