Nicolau Chanterene
Categoria: Arte
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Nicolau Chanterene, um escultor do século XVI, por muitos ignorados, foi um artista oculto até 1511, altura em que estava a trabalhar na execução de 15 esculturas para os pilares do cruzeiro da capela do Hospital Real de Santiago de Compostela. Entre 1513 e 1517, a história volta perder o rasto ao escultor, até que o encontramos a fazer o portal axial do Mosteiro de Santa Maria de Belém, em 1517.
Em 1518, Chanterene estava em Coimbra, numa campanha dirigida por Diogo de Castilho, com o fim de realizar os túmulos de D. Afonso Henriques e do seu filho D. Sancho I, na igreja do Mosteiro de Santa Cruz. Pensa-se que em 1522, os túmulos estavam concluídos, pois ainda nesse ano encontramos Chanterene a realizar o retábulo da capela-mor da igreja de S. Marcos. Iconograficamente, no registo superior, ao centro, abre-se um grande arco, imitando uma típica abóboda de berço, cobrindo uma cena da Paixão de Cristo – Descida de Cristo da Cruz. Aqui, vemos Jesus estendido no chão, amparado pelos discípulos, pelas Santas Mulheres e pela Virgem. A ladear esta cena estão dois corpos arquitectónicos, mais largos e mais estreitos, com a representação de S. Jerónimo e um fidalgo de um lado, e de S. Marcos e D. Guiomar do outro. O registo inferior, está dividido por quatro pilastras, com representações, da esquerda para a direita, de S. Gregório, S. sebastião, S. João Baptista e um Santo Bispo. Os panos entre as pilastras apresentam cenas da vida de S. Jerónimo.
Em 1529, Nicolau Chanterene estava e Sintra a executar o retábulo do Convento da Pena. Este tem um ainscrição dedicada ao infante D. Manuel, que nasceu em 1531. Pensa-se que esta obra era inicialmente dedicada à infanta D. Maria, que, por sua vez, nasceu em 1527. O retábulo foi realizado com alabastro negro e branco. Estruturalmente, divide-se em quatro panos, unidos pelo nicho central, onde três anjos seguram o corpo de Jesus Cristo. Em cima deste nicho, está a Virgem com o menino a ler.
As últimas obras que se conhece de Chanterene leva-nos até Évora. Entre elas encontramos: os túmulos de D. Álvaro da Costa, de D. Afonso de Portugal e de D. Francisco de Melo, uma escultura que pertenceu aos condes de Sortelha, as pilastras de mármore do antigo Convento da Nossa Senhora do Paraíso e as janelas da igreja do Convento da Graça. Foi aqui em Évora que Chanterene contactou com os humanistas.
Nicolau Chanterene deixa de figurar em 1552.
Em 1518, Chanterene estava em Coimbra, numa campanha dirigida por Diogo de Castilho, com o fim de realizar os túmulos de D. Afonso Henriques e do seu filho D. Sancho I, na igreja do Mosteiro de Santa Cruz. Pensa-se que em 1522, os túmulos estavam concluídos, pois ainda nesse ano encontramos Chanterene a realizar o retábulo da capela-mor da igreja de S. Marcos. Iconograficamente, no registo superior, ao centro, abre-se um grande arco, imitando uma típica abóboda de berço, cobrindo uma cena da Paixão de Cristo – Descida de Cristo da Cruz. Aqui, vemos Jesus estendido no chão, amparado pelos discípulos, pelas Santas Mulheres e pela Virgem. A ladear esta cena estão dois corpos arquitectónicos, mais largos e mais estreitos, com a representação de S. Jerónimo e um fidalgo de um lado, e de S. Marcos e D. Guiomar do outro. O registo inferior, está dividido por quatro pilastras, com representações, da esquerda para a direita, de S. Gregório, S. sebastião, S. João Baptista e um Santo Bispo. Os panos entre as pilastras apresentam cenas da vida de S. Jerónimo.
Em 1529, Nicolau Chanterene estava e Sintra a executar o retábulo do Convento da Pena. Este tem um ainscrição dedicada ao infante D. Manuel, que nasceu em 1531. Pensa-se que esta obra era inicialmente dedicada à infanta D. Maria, que, por sua vez, nasceu em 1527. O retábulo foi realizado com alabastro negro e branco. Estruturalmente, divide-se em quatro panos, unidos pelo nicho central, onde três anjos seguram o corpo de Jesus Cristo. Em cima deste nicho, está a Virgem com o menino a ler.
Nicolau Chanterene deixa de figurar em 1552.