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As últimas Ceias de Castagno e Tintoretto, semelhanças e diferenças

Categoria: Arte
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As últimas Ceias de Castagno e Tintoretto, semelhanças e diferenças

Na obra de Andrea del Castagno, a primeira coisa que o observador vê é um apóstolo isolado dos restantes. Jesus Cristo e os onze apóstolos encontram-se dispostos atrás da mesa virados para o observador, enquanto Judas Iscariotes se encontra à frente da mesa, de perfil. Rejeitado, Judas aparece sem a auréola, mas com o saco dos trinta denários à vista.
A Última Ceia de Andrea del Castagno tem muitos aspectos idênticos à ceia de Leonardo. Estas semelhanças devem-se a ambas as obras fazerem parte do Renascimento italiano. Neste cenáculo, Jesus Cristo é o ponto de fuga para projectar a perspectiva. Na mesa, com uma toalha branca, estão alimentos pascais.

Por cima das cabeças dos apóstolos e de Jesus Cristo estão seis blocos de mármore decorados, todos diferentes, sendo o mais saliente aquele que se encontra perto de Jesus Cristo.

A Última Ceia de Tintoretto tem diferenças assinaláveis da obra do pintor renascentista. Nesta obra a disposição da mesa está alterada, encontrando-se na diagonal. Não estão só representados os doze apóstolos e Jesus Cristo, mas também serviçais que estão a servir. Os apóstolos estão dispostos pela mesma ordem, seis para o lado esquerdo e seis para o lado direito de Jesus Cristo, porém, aqui, Jesus Cristo já não é a figura central, pois todas as personagens são importantes.

Assim como Cristo, também Judas não tem um destaque entre os apóstolos e as restantes figuras. Na obra pode ver-se dois espaços diferentes: a mesa rodeada pelos apóstolos, por Jesus Cristo e alguns criados à direita (um amontoado de personagens distintas) e depois, à esquerda do observador, está um espaço aberto preenchido com mais alguns criados.

Como é característico do Maneirismo, movimento onde se insere Tintoretto, há uma valorização extrema da luz sobre as personagens. Jesus Cristo emana uma luz da sua cabeça que ilumina toda a sala, assim como, a lamparina. Esta luz provinda de Jesus Cristo e da lamparina faz com que passe para a tela as sombras das personagens, permite ver os anjos que estão a sobrevoar a cena e dá ainda luminosidade às personagens, às suas vestes, aos seus movimentos. Pode-se afirmar que a luz é o elemento que Tintoretto dá grande importância na obra.


Daniela Vicente

Título: As últimas Ceias de Castagno e Tintoretto, semelhanças e diferenças

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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