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Atenção ao que anuncia...!

Categoria: Publicidade
Atenção ao que anuncia...!

A propaganda é algo que sempre existiu. Antes mesmo de haver o que se conhece hoje como publicidade organizada, já a “banha da cobra” se vendia com recurso a pregões mais ou menos elaborados, veiculando atributos, uns mais reais do que outros, dos produtos em questão. Em certos casos, pode mesmo afirmar-se que a publicitação é a alma do negócio, suplantando as virtudes do segredo, uma vez que é através dela que se dá o ponto de inflexão nas transacções e os ventos da bonança começam a soprar favoráveis.

Há anúncios de tudo e mais alguma coisa. Hoje em dia, provavelmente mercê da solidão que muita gente experimenta, as solicitações de pessoas do sexo oposto, com vista a um possível compromisso futuro, aumentaram exponencialmente. Não seria mais prático fazer uma prospecção no “mercado”dos amigos e conhecidos? Sobretudo as mulheres, em princípio mais frágeis, sensíveis e desprotegidas, podem correr alguns riscos. Inclusive o de lhes acontecer o mesmo que sucedeu a uma distinta senhora que, depois de ter anunciado no jornal a sua intenção de arranjar marido, recebeu 1 500 respostas de esposas dispostas a oferecer os seus! E ainda há quem conteste a generosidade e a solidariedade femininas…

Nos cadernos de classificados aparecem divulgadas ofertas muito interessantes. Por exemplo:
- Vendo cama para solteiros de aço inoxidável. (Quando casarem, logo têm tempo de enferrujar, os pobres…)
- Temos martelos para carpinteiros de cabo curto. (Sem palavras…)
- Alugo apartamento com garagem no quarto andar. (Não deve dar jeito nenhum subir e descer quatro andares com o carro… Ou será que têm um elevador XXL?)
- As pessoas que passeiam com cães devem usar coleira. (Algumas até já usam, mas não há meio de ficarem presas!)
- Devido à troca da tubagem, a água quente estará fria por alguns dias. (Ainda bem que avisam, senão ninguém notaria!)
- Vendem-se meias para senhoras pretas. (Isto é que é racismo! Então e as outras cores?!...)

Do exposto conclui-se que, na publicidade, como noutros sectores empresariais, e não só, é tudo uma questão de ordem. Atente-se que o salário dos trabalhadores só vem, quando as contas andam em dia, bem visto, no fim do mês de trabalho.
Por outro lado, a mesada dos filhos, muitas vezes, está já hipotecada antes de lhes chegar às mãos. O orçamento familiar, por seu lado, vai-se reduzindo drasticamente à medida que os preços “engordam” e os rendimentos “emagrecem”. A tão badalada relação causa – efeito afinal também se aplica no domínio do encadeamento de diversas actividades, entre as quais as publicitárias.

Maria Bijóias

Título: Atenção ao que anuncia...!

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários - Atenção ao que anuncia...!

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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