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Início > Textos > Categoria > Arte > Revisitar Guernica, de Picasso

Revisitar Guernica, de Picasso

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Arte
Visitas: 2
Comentários: 8
Revisitar Guernica, de Picasso

Apenas aquele amontoado de destroços. Uma vez aglutinada a perversão, partimos para o desejo de possessão, como se o demónio fosse a única possibilidade de o absorver. A mãe que grita ao Deus desaparecido, decerto não foi Ele que lhe levou o fruto do seu ventre assassinado, apenas um desejo de morte que o demónio medonho espalhou pelo seu corpo. Mas os gritos não param, os sopros de cinzas de tantos injustiçados acumulam-se na paisagem. Toma um tempo para respirar, elas são muitas e a luz não chega para todas. O mundo todo parou num assomo de malvadez e o animal relinchou das patas queimadas da terra escaldante. Certo é que para além dos gritos lancinantes, apenas a sintomática frieza humana. Depois de entranhar essas imundícies de gente simples, aos gritos imponentes do fundo de todos os infernos, deparam-se com as armas partidas, os sonhos destroçados e as migalhas mal distribuídas. Pai perdoa-lhes que a culpa é tua, porque os criaste assim? E lá fora, algures num recanto escondido do cérebro assustado de todos os medrosos, todos pensam que o pouco que fazem poderá salvar o mundo, mas estão redondamente enganados, para eles já não há mundo, não há sobrevivência possível. Resta a ave normal que trará restos de comida para a sua cria esfomeada. Nem o medo dos humanos a fará retroceder na forma natural das suas coisas. E os assassinos do touro, ao lado do Vega crucificado deitam fumo dos dedos dos pés, inchados de dor, castigados pelo Senhor, a nossa salvação. Enquanto isso alguns masturbam a consciência alheia, entre gritos e lixo nauseabundo. Se os quiserem encontrar terão de ver atrás das paredes, onde estão esse senhores, indignos da vida normal que impedem aos outros de ter. E se pensas que está tudo, podes descansar nas memórias da guerra infame, com uma bala no peito desguarnecido de vida. No final de tudo restarão os vampiros, que morderão as mães para lhes eternizar a dor e lá em cima da mesinha de cabeceira uma mão independente segurará a vela até esta se esgotar e as trevas se acabarem. Enquanto isso Picasso desbrava num quadro desejos de incomensurável vida!

António Borges

Título: Revisitar Guernica, de Picasso

Autor: António Borges (todos os textos)

Visitas: 2

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Comentários     ( 8 )    recentes

  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoLurdes

    20-09-2012 às 23:33:08

    Ok

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoMEna

    20-09-2012 às 23:28:57

    Gostei, gostei, gosto.

    ¬ Responder
  • rita crespo

    20-09-2012 às 11:05:29

    Parabéns! Mais um texto fantástico! Como é que se vota?

    ¬ Responder
  • António BorgesAntónio Borges

    21-09-2012 às 23:13:41

    olá querida prima! votas comentando e usando o link para as redes sociais por exemplo! obrigado pela visita! beijinhos!

    ¬ Responder
  • Paulo Vajão

    19-09-2012 às 20:43:06

    Mais um excelente texto António, sigo as tuas pisadas, parabéns um forte Abraço

    ¬ Responder
  • Dolores Jardim

    19-09-2012 às 20:01:11

    Parabéns
    Desejo muito sucesso.
    Abraços.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoMariana

    19-09-2012 às 19:39:24

    Olá António

    Gostei da forma como interpretou "Guernica" muito real e actual (infelzmente)!
    26-04-37 a data que, segundo consta ocorreram os bombardeamentos, deveria continuar presente na mente de muitos, para que tal nunca se repetisse e é certo tal não aconteceu. Assim se vê o quão actual e representativo é este painel de Picasso

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoRua

    19-09-2012 às 18:36:18

    Ok

    ¬ Responder

Comentários - Revisitar Guernica, de Picasso

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Martelos e marrettas

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Ferramentas
Martelos e marrettas\"Rua
Os martelos e as marretas são, digamos assim, da mesma família. As marretas poderiam apelidar-se de “martelos com cauda”. Elas são bastante mais robustas e mantêm as devidas distâncias: o cabo é maior.

Ambos constituem, na sua génese, amplificadores de força destinados a converter o trabalho mecânico em energia cinética e pressão.

Com origem no latim medieval martellu, o martelo é um instrumento utilizado para “cacetear” objectos, com propósitos vários, pelo que o seu uso perpassa áreas como o Direito, a medicina, a carpintaria, a indústria pesada, a escultura, o desporto, as manifestações culturais, etcétera, variando, naturalmente, de formas, tamanhos e materiais de composição.

A diversidade dos martelos é, realmente, espantosa. O mascoto, por exemplo, é um martelo grande empregue no fabrico de moedas. Com a crise económica que assola o mundo actualmente, já se imaginam os governantes, a par dos banqueiros, de martelo em punho para que não falte nada às populações…

Há também o marrão que, mais do que o “papa-livros” que tira boas notas a tudo, constitui um grande martelo de ferro, adequado para partir pedra. Sempre poupa trabalho à pobre água mole…

O martelo de cozinha serve para amaciar carne. Daquela que se vai preparar, claro está, e não da de quem aparecer no entretanto para nos martelar a paciência…!

Já no âmbito desportivo, o lançamento do martelo representa uma das provas olímpicas, tendo sido recentemente adoptado na modalidade feminina. Imagine-se se, em vez do martelo, se lançasse a marreta… seria, certamente, mesmo sem juiz nem tribunal, a martelada que sentenciaria a sorte, ou melhor, o azar de alguém!

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Título:Martelos e marrettas

Autor:Rua Direita(todos os textos)

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