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Austrália – um continente exótico e longínquo

Categoria: Viagens
Comentários: 2
Austrália – um continente exótico e longínquo

A Austrália é a maior das cinco ilhas gigantes do mundo. Em extensão (com 7,7 milhões de quilómetros quadrados), já que a nível populacional não passa dos 21 milhões de habitantes. Embora tenha sido, supostamente, visitada pelos Portugueses na segunda metade do século xvi, provavelmente pela adjacência com a costa norte da ilha de Timor, onde os lusos marcaram presença há quinhentos anos, somente no século xviii começou a ser colonizada pelos britânicos.

Ainda assim, na costa noroeste da Austrália restam ainda resquícios que evocam a passagem dos Portugueses pelo continente. O nome Abrolhos é um deles e deriva de uma frase típica dos marinheiros lusitanos ao navegar por aquelas águas traiçoeiras: «Abre os olhos!» Outro sinal evidente diz respeito à fronteira terrestre da Austrália Ocidental, com traço de régua e esquadro, bem à maneira anglo-saxónica e praticamente uma réplica do meridiano de Tordesilhas. Aliás, não fora o tratado celebrado nesta terra e a Austrália integraria, quase de certeza, os PALOP (Países de Língua Oficial Portuguesa), não obstante ser distante e exótica e pouco ou nada ter a ver com a realidade lusa.

Consta que foram os madeirenses os primeiros emigrantes portugueses a instalar-se na ilha, estabelecendo uma pequena comunidade piscatória em Fremantle, na década de 50 do século passado. Os Portugueses regressavam, deste modo, à Austrália quatro séculos depois da sua descoberta por Cristóvão de Mendonça. O afluxo de pessoas nascidas em Portugal à Austrália foi crescente até aos anos 90 do século xx, apontando o recenseamento do Australian Bureau of Statistics para 17 mil portugueses a viver na Austrália, mais nove mil descendentes, o que no total se traduzia em 0,15 por cento da população australiana.

Perth, Melbourne e Sidney são cidades onde se pode encontrar centros culturais e recreativos, restaurantes e mesmo bairros onde se fala exclusivamente a língua de Camões, saborear iguarias de Portugal (como o famoso pastel de bacalhau) e beber uma bica acompanhada por um pastel de nata. Como acontece noutros sítios onde estão portugueses, a gastronomia funciona como imagem de marca da comunidade lusitana, ainda que os nomes possam variar ligeiramente. O frango no churrasco, por exemplo, que é conhecido como portuguese piri-piri chicken, tem uma adesão formidável, o mesmo acontecendo com o portuguese custard tart (pastel de nata). Apesar do sucesso gastronómico e da prosperidade dos negócios subjacentes, é facto que as habilitações literárias dos portugueses ficam imensamente aquém da média nacional, o que os limita em termos de participação mais efectiva na sociedade australiana. Porém, e por paradoxal que pareça, a taxa de desemprego destes indivíduos é menor do que noutras áreas de maior qualificação e a qualidade de vida é bastante boa. Os quadros superiores portugueses na Austrália acabam por ser discretos no que se refere à proveniência e existe a tendência de assimilação por parte da sociedade australiana.

Não obstante, há australianos, como Kenneth Gordon McIntyre, de 95 anos, que promovem a imagem de Portugal. Este professor universitário apaixonado pela obra de Camões estudou português e publicou, em 1977, o livro «The Secret Discovery of Australia» (traduzido para português e publicado em 1989 pela Fundação Oriente), posteriormente adoptado como manual escolar na Austrália, onde restituiu a Cristóvão de Mendonça o devido lugar de legítimo descobridor da ilha.
Não quer vir também descobrir este mundo à parte?


Maria Bijóias

Título: Austrália – um continente exótico e longínquo

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • SophiaSophia

    20-04-2014 às 17:41:39

    A Rua Direita recomenda não apenas visitar, mas morar. A Austrália está em primeiro lugar como o melhor para se viver em todos os aspectos da vida.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoMaria Nunes

    02-07-2013 às 09:17:58

    Aí está um país que eu gostaria de visitar . Pelo que li parece-me muito interessante .

    ¬ Responder

Comentários - Austrália – um continente exótico e longínquo

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Cuidado com as curvas

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Tema: Motas
Cuidado com as curvas\"Rua
Quando se fala em motas, delineia-se na nossa mente a figura de um indivíduo, “maluquinho” por estes veículos de duas rodas, vestido com colete preto de couro e envergando umas possantes botas da mesma cor, e, quiçá, umas caveiras ou outros distintivos aqui ou ali, nele ou na moto. Normalmente, os motociclistas, motoqueiros ou motards, como são conhecidos, regem-se por um espírito muito próprio, que ninguém sabe definir muito bem, mas que, sem dúvida, engloba a sensação de liberdade e, por vezes, umas bebedeiras a valer numa qualquer concentração de motas. A parte boa é que, não acontecendo nada de pernicioso à mota e ao seu condutor quando se desafia a sorte desta maneira, uma vez despojado das roupas e acessórios motards, colocando o fato e a gravata, este volta a ser uma pessoa “normal”, imbuído de sentido de responsabilidade e bom senso. Estas características, tão úteis no trabalho e em sociedade, são, amiúde, esquecidas quando se está ao “volante” de uma moto. Cede-se, frequentemente, à tentação de andar muito depressa, de ultrapassar em terceira fila, de passar à frente nas portagens, de desrespeitar o próximo perpetrando atrocidades inacreditáveis e fazendo tudo o que dá na veneta, com a segurança de se estar protegido pelo anonimato do capacete e da pouca ou nenhuma visibilidade da matrícula.

Por outro lado, também existe aquilo a que se chama de solidariedade motard, que apela aos mais puros sentimentos de entreajuda em caso de queda ou outra situação de aflição. Claro que, em determinadas circunstâncias, mais valia que estivessem quietos, em vez de retirar apressadamente o capacete a um colega estendido no chão (é a última coisa a fazer), e noutras ainda bem que se tem assistência em viagem, porque, dada a falta de visão periférica dos companheiros de estrada, bem se podia”esticar o pernil” que não apareceria vivalma para dar uma ajuda.

Definições e conceitos à parte, o motociclismo constitui uma paixão fervorosa de um grande números de indivíduos, com um incremento significativo do género feminino. Faz-se uso da mota por razões não profissionais, por diversão, por se ser praticante desta modalidade, para locomoção, ou, simplesmente, porque se gosta de motos. Seja qual for a razão, os agradecimentos têm de ser dados a Gottlieb Daimler (1834-1890), que inventou o primeiro protótipo. E, já agora, não custa render gratidão também a John Boyd Dunlop, veterinário escocês, que concebeu uma espécie de roda, que corresponde ao nascimento do pneu. Pode, portanto, afirmar-se com toda a legitimidade que um veterinário deu à luz um pneu…!

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Comentários

  • letícia Cristina Calixto de Souza 20-06-2013 às 17:19:32

    eu achei muito interessante esse texto por que ele me ajudou a fazer um trabalho escolar mas eu quero falar para a autora desse texto que ela está de parabéns e que esse texto possa incentivar cada pessoa que ler ele então meus parabéns

    ¬ Responder

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