
Embora a cor bronzeada designe, habitualmente, uma saúde vigorosa e uma conduta activa e atlética, a verdade é que a exposição aos raios ultravioleta (A ou B) é passível de induzir transformações ou lesões na pele. Efectivamente, não existe segurança em qualquer tipo de bronzeado; até o artificial é nefasto.
As queimaduras solares decorrem da exposição exagerada ao sol. O tipo de pele, a hora do dia, o local e a duração dessa exposição determinam a gravidade. Por exemplo, na praia o perigo é superior, uma vez que a areia reflecte os raios solares. Uma pele vermelha significa uma queimadura ligeira a moderada. Num grau mais avançado, há dor a hipotética formação de bolhas. Uma grande área queimada pode aportar dores de cabeça, febre, náuseas e astenia. Um banho frio, compressas de água fria e cremes hidratantes aliviam as zonas queimadas. Quando mais de 15 por cento do corpo é atingido, deve consultar-se um médico.
TODA A GENTE é vulnerável, em maior ou menor coeficiente. As pessoas de pele escura são mais resistentes às consequências perniciosas do sol (queimaduras, envelhecimento prematuro da cútis e cancro da pele), e os albinos queimam-se gravemente sem se bronzearem, dado que não têm melanina na pele, com uma curta estadia debaixo do astro-rei. Caso não se protejam devidamente, estes indivíduos tendem a desenvolver cancro da pele em idades muito jovens.
Apesar de se usarem protectores solares, alguns de auxílio duvidoso, quer pelo baixo factor de protecção, quer pelas substâncias que contêm, o suor e a entrada na água sem dar tempo para que os produtos se fixem bem na pele reduzem ou anulam a sua eficácia. Por outro lado, a água não filtra os raios UV, tal como as nuvens e o nevoeiro. Estes raios são capazes de atravessar 35 cm de água transparente e num dia encoberto também se sofrem queimaduras solares. A neve, a água e a areia reflectem a luz do sol e ampliam a exposição da pele aos referidos raios.
Mas não se pense que as queimaduras solares dizem respeito somente à epiderme. Não! Os olhos são também prejudicados, com aumento da tendência para desenvolver algumas doenças oculares. A acção aguda dos raios ultravioleta provoca nos olhos uma queimadura na superfície ocular semelhante à causada na pele, mas o efeito cumulativo de longos períodos de exposição é passível de ocasionar diversas alterações, sendo a mais temida a da mácula. É contra este tipo de radiação que nos devemos proteger com óculos cujas lentes filtrem 99 a 100 por cento da luz ultravioleta, tanto A como B. Olhar directamente para o sol é um acto capaz de arriscar uma queimadura na retina.
O somatório de muitas exposições solares é nocivo, sendo que, segundo se acredita, o grande prejuízo está na exposição antes dos 18 anos. A quantidade de raios ultravioleta a chegar à Terra é cada vez maior devido à destruição da camada de ozono. Usar roupa apropriada e óculos escuros, evitando a exposição prolongada e a certas horas (entre as 11h e as 16h) são medidas preventivas. Os cremes e a maquilhagem podem esconder as rugas, mas as lesões são irreversíveis e o cancro de pele não se camufla!