
A publicidade constitui uma actividade ainda bastante menosprezada, criticada e incompreendida. Em alguns casos, tais infâmias dariam substância ao levantamento de processos judiciais por difamação ou atentado ao bom-nome daqueles que, “inocentemente”, apenas induzem em erro por questões profissionais! Então uma pessoa já não pode ganhar a vida?... Para além disso, aquelas condiçõezinhas em legendas unicamente perceptíveis com o auxílio de uma lupa dotada de capacidade de definição extra, também só patenteiam o essencial dos contratos; nada de especial, portanto. «A Lei é que tem vistas curtas», declarariam proprietários de agências propagandistas e demais interessados, directa ou indirectamente. Não há dúvida que podem existir milhentas interpretações para a mesma realidade…
Dizem as más-línguas que a publicidade corresponde a uma das artes de bem ludibriar. Depois da política, seria a área do engano por excelência. Porém, outros, que se movem no ramo, asseveram que se trata, exclusivamente, de despertar nas pessoas necessidades que elas desconhecem que têm. Afinal, aquele ditote: «Cada um sabe de si», em publicidade, perde valor e consistência, uma vez que, pelos vistos, há quem saiba melhor do que precisamos do que nós mesmos!...
Paralelamente, há os que definem as acções publicitárias como
informativas e o mero destacar dos benefícios de certos produtos e/ou serviços, atribuindo-lhes um carácter fundamental para escolhas livres e conscientes por parte de potenciais clientes e/ou consumidores.
A publicidade abrange áreas que vão desde a higiene e cosmética, à alimentação, a produtos para o lar, mobiliário, roupas, materiais distintos, seguros, Bancos, viagens, medicamentos, ópticas, automóveis e, entre muitos outros sectores, à publicitação do próprio anunciante!
Leiam-se as páginas interiores de qualquer jornal, e encontrar-se-ão, em secções específicas e bem assinaladas, generosas ofertas de acompanhamentos levados a cabo por supostos detentores de linhas perfeitas… Aqui sim, o dolo deve assumir valores imbatíveis. É a escolta da fraude! A auto-promoção só funciona quando o “produto” equivale exactamente ao que se comunica. De outro modo, será “rabo escondido com o gato todo de fora”… E de publicidade negativa ninguém precisa.
A publicidade eficaz e inteligente pode, efectivamente, ser o segredo do sucesso de determinada aposta de uma empresa nesta ou naquela vertente, ou do intuito que se pretende ver realizado a um título mais particular. Um bom criativo é um profissional, que, não obstante o salário que recebe, se converte num impagável quando dele depende a sobrevivência de uma organização e, por conseguinte, de vários postos de trabalho.
As promoções e as provas gratuitas serão, porventura, as iniciativas publicitárias mais populares e mais acarinhadas pelo público em geral. É sabido que, com ou sem crise, poupar dinheiro integra um tema sensível às massas e, de resto, tudo o que for de borla é para aproveitar sem limites…