rua-direita rua-direita publicou: Venda o seu imóvel com sucesso
Em tempos de crise, em que a maioria das pessoas perdeu ou vai perder poder de compra, o comércio de imóveis está a ressentir-se sobremaneira. Se a capacidade aquisitiva decresce, naturalmente que se pensa mais em fazer face a despesas correntes do que em apelar à Banca para contrair empréstimos. Para além das prestações a despender mensalmente, acaba por se subscrever uma sujeição incondicional a taxas de juro muito variáveis e, para quem não anda a par das notícias da alta finança, imprevisíveis. Não obstante, aqueles que não se ressentiram por aí além ou, ao invés, até beneficiaram com o clima de instabilidade, esta altura afigura-se como propícia para a aquisição de imóveis, pela possibilidade de colher proveitos decorrentes da adaptação da oferta às reais circunstâncias do mercado.

Se a dinâmica já não correspondia na íntegra às expectativas, agora piorou muito bem. Operar pequenos arranjos ou modificações passíveis de valorizar os imóveis e de os tornar mais atraentes (através, por exemplo, de uma inspecção pré-venda) representa uma dica importante e é susceptível de marcar a diferença. Para o cálculo de uma avaliação razoável do preço, podem consultar-se os classificados dos jornais ou recorrer-se a uma imobiliária. Estas agências, que têm a responsabilidade de anunciar a propriedade à venda, organizar visitas de potenciais interessados e zelar pela regularização de toda a documentação compreendida no processo, costumam cobrar entre seis a oito por cento do valor da transacção.

Se, por outro lado, se pretender vender por conta própria, é necessário comprovar a propriedade, bem como apresentar toda a papelada inerente ao edifício, incluindo a atestação de não existir nenhuma penhora ou hipoteca, que constituiriam restrições ao negócio. A certidão de ónus reais será a única despesa do proprietário com certificados.

Neste caso, deve anunciar-se por meio de placas (embora determinados condomínios não o permitam), jornais de grande tiragem e sítios na Internet.

Convém é que haja alguém com disponibilidade para atender o telefone que se dá como contacto. Mandar os compradores para a caixa de correio de voz ou constrangê-los com adiamentos sucessivos no que se refere ao atendimento não é boa ideia e vai contra todas as leis do marketing, que definem o cliente como prioridade absoluta, numa perspectiva (ridícula q.b., porque tudo o que é demais tem demasia…) de quase endeusamento. Ao contrário do que se apregoa, ele não tem sempre razão e talvez agradeça que lhe façam notar isso. «Nem tanto ao mar, nem tanto à terra»: há um bem que uma das partes quer alienar e a outra manifesta desejo de obter, e há procedimentos obrigatórios a cumprir e condições negociáveis. Sendo assim, e tratando-se de adultos, o que se procura é um consenso que favoreça os envolvidos.