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Síndrome pré-menstrual

Categoria: Saúde
Visitas: 2
Comentários: 5
Síndrome pré-menstrual

A síndrome pré-menstrual (ou TPM – Tensão Pré-Menstrual) consiste num misto de sintomas físicos, psicológicos, sociais e comportamentais que têm lugar na segunda metade do ciclo menstrual, cuja intensidade é passível de interferir com a vida normal da mulher.

Alguns destes sintomas (que podem ultrapassar os 120!) são: desconforto abdominal, fadiga, dores de cabeça, irritabilidade/nervosismo, depressão (com hipotéticos distúrbios do sono e sensação de inutilidade), aumento do apetite, esquecimento e dificuldade de concentração, acne, hipersensibilidade aos estímulos, raiva, choro fácil, acessos de calor, palpitações, tonturas, variações de humor, ansiedade (com sentimentos de hostilidade), mastalgia (dor ou aumento da sensibilidade mamária), retenção de líquidos (inchaço ou dor nas pernas), avidez por certos alimentos (como chocolates, doces e comidas salgadas), desânimo, agressividade, cólicas. A sintomatologia tende a engrandecer-se se nesta fase a mulher se deparar com problemas pessoais.

No diagnóstico da TPM há que fazer um controlo objectivo dos ciclos menstruais, a fim de excluir outros transtornos, como o hiper ou hipotiroidismo, a fadiga crónica, a enxaqueca, a síndrome do intestino irritável ou mesmo o agravamento de patologias do foro psiquiátrico.

A TPM possui vários graus, desde uma suave até uma grave manifestação, podendo o período de duração ir de três a dez dias, conforme a pessoa, acentuando-se mais entre os 25 e os 35 anos.

O tratamento da síndrome pré-menstrual depende da severidade dos sintomas (que podem ser diferentes em cada ciclo) e é susceptível de integrar mudanças alimentares, de comportamento e tratamentos farmacológicos. Algumas medidas preventivas apontam para a redução de sal, açúcar, gordura e cafeína (café, chá, colas, …), a repartição das refeições, uma dieta com bastante cálcio (optando por lácteos magros) e magnésio (espinafres), a limitação de bebidas alcoólicas, a decisão de deixar de fumar, a prática de exercício físico regular (20 minutos de aeróbicos, três vezes por semana) e a gestão do stress. Descansar e recorrer a técnicas de relaxamento, como o yoga, também se revelam úteis.

A automedicação JAMAIS é solução! Só o médico pode alvitrar o melhor caminho para solucionar a TPM. Normalmente, tentam-se formas ligeiras e não agressivas de cura, que podem passar por terapias como a homeopatia, acupunctura ou a pílula anti-concepcional. O domínio psicológico é, contudo, o mais importante de tratar, uma vez que a mulher fica mais sensível, insegura, instável, ciumenta, revoltada, melancólica, afectivamente carente, medrosa, fantasiosa. A terapia através da hipnose tem conseguido resultados espantosos, e sem recurso a medicamentos, capazes de causar dependência química ou efeitos colaterais.

A incapacidade de se concentrar no decorrer da síndrome pré-menstrual pode conduzir a consequências ruinosas: acidentes domésticos, de carro, redução da produtividade no trabalho e nos estudos, … Por outro lado, a incompreensão dos maridos e a respectiva falta de paciência quando a mulher entra na síndrome pré-menstrual estão na origem de muitos divórcios.

Não existe, por enquanto, uma forma de resolver, total e definitivamente, o problema da TPM. Não obstante, se uma mulher que sofre de TPM grave não procurar ajuda profissional, arrisca-se a embarcar em situações tão profundas e envolventes, que pode muito bem cometer suicídio ou homicídio quase sem dar por isso!



Maria Bijóias

Título: Síndrome pré-menstrual

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 2

803 

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Comentários     ( 5 )    recentes

  • Luene ZarcoLuene

    18-07-2014 às 20:55:05

    Mulher sofre! A TPM é um grande desconforto logo nos próximos dias e que nos deixa bastante ruim. Ficamos mais sensíveis que o normal, temos dores, nossa, muito chato. Mas, ainda bem que passa!! ehhe

    ¬ Responder
  • NeliaNelia

    24-03-2012 às 23:50:34

    estive a ler o decomentario ,sobre o sidrome pre mentrual, e apercebi-me k o k la diz a respeito de mau humor irritabilidade,raiva,etc e o k se passa comigo,mas nao e so quando estou nestes dias , e raro o dia em k nao me sinto assim,!! o k sera?

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoANABELA PINTO

    26-08-2011 às 19:05:24

    tenho 33 anos e agora uma semana maisou menos antes do periodo suo imenso, tenho alterações de humor que passam de uma fase para outra num apice. Como tive o meu segundo filho á pouco tempo julgei que tudo isto que me estava a acontecer era depressao pós parto. Agora com este vosso comentario sei que para além disso tb é normal o que me está a acontecer.

    ¬ Responder
  • SóniaSónia

    28-04-2011 às 12:36:01

    Boa Tarde. Tenho uma dúvida. Entrei na menopausa à cerca de 7 meses mas os sintomas psicológicos associados à síndrome pré-menstrual continuam a manifestar-se, nomeadamente a depressão (que já tenho há vários anos). Depois da menopausa, os sintomas continuam a manifestar-se ou o meu problema estará só relacionado com a depressão? Podem ajudar-me nestas duas questões? Muito obrigada.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoSusana

    11-11-2010 às 16:21:07

    Ainda não fui ao médico nem tenho diagnóstico feito mas acho que me identifico com o problema.É difícil admitir que pode ser uma alteração hormonal,todo este turbilhão de emoções,porque retira credibilidade a uma semana por mês (no mínimo..)(Coisas de mulheres, aquela altura do mês...etc).Por outro lado é um pouco reconfortante saber que não estou a enlouquecer e a enfraquecer o espírito, e que ainda à esperança para voltar a ser forte como era!Pelo menos tentar... uma coisa já fiz,deixei de fumar! Obrigado por me esclarecerem e darem um pouco de esperança!

    ¬ Responder

Comentários - Síndrome pré-menstrual

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Ler próximo texto...

Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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