De à vida dentro de água
Os cerca de 37ºC da água potável, normalmente contida numa banheira ou piscina insuflável, proporcionam um relaxamento dos músculos, potenciado aquando da movimentação da água. Esta última pode ser provocada voluntariamente pelo futuro pai ou pela própria mãe, ao movimentar-se de modo a encontrar a posição que lhe é mais confortável. O procedimento permite aumentar a elasticidade muscular que reduz (ou evita) os danos a nível vaginal, aquando do parto.
Esta liberdade de movimentos e de participação conjunta do casal na receção do novo ser contribuem para um sentimento de conforto e de segurança, promovendo um bem-estar partilhado, que fortalece os laços afetivos entre ambos e em relação filho, transformando-os em nós. O casal tem uma partilha ativa de todo o acontecimento. Esta vivência justifica, na opinião de alguns estudiosos, o registo de um baixo índice de ocorrência do fenómeno de depressão pós-parto.
Como pescadinha de rabo na boca, o bem-estar eleva a quantidade de endorfinas no organismo, cujo efeito analgésico permite aumentar o nível de suporte da dor e diminuir o stress. A redução dos níveis de ansiedade de quem esperou 37 semanas por conhecer a sua maior realização implica um menor gasto de oxigénio. Assim, mais ar recebe o bébé, que tanto dele necessita para ganhar mais energia, para concretizar o seu nascimento.
De notar que para a realização deste tipo de parto é aconselhável uma assistência por parte de (pelo menos) um médico e um enfermeiro obstetras, devidamente equipados para intervir em caso de necessidade.