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Por que ainda estou solteira?

Categoria: Outros
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Por que ainda estou solteira?

Foram-se os tempos em que um relacionamento passava por fases bem distintas e em uma seqüência crescente de eventos. Antigamente enamorava-se, namorava-se, noivava-se e casava-se, com todo o glamour que a data permite e poucos se separavam. Hoje esses eventos não acontecem nessa ordem e muitos nem chegam a acontecer. Namorados podem ser “namoridos”, quando a relação é mais intensa que um namoro, mas não tem as cerimônias e os rituais que envolvem um casamento. A mulher antigamente era preparada para o casamento. Hoje a mulher é despreparada para o casamento. Outras são as prioridades femininas nessa modernidade. As mulheres preparam-se para estudarem, especializarem-se e para elaborar em suas mentes um príncipe encantado que na maioria dos casos nunca virá.

Antigamente ara mais difícil ser sozinha. Mulher solteira com certa idade era vista com maus olhos, afinal mulher séria, “de família”, casava-se. E quanto mais cedo melhor, mais bem encaminhada estava a filha. Entretanto, em muitas casas, a felicidade não era tão grande quanto se achava.  Hoje, com toda a emancipação feminina e todos os direitos de igualdade adquiridos pelas mulheres, o casamento tornou-se uma consequência para a felicidade da mulher. Não se vive mais idealizando um casamento. Outros são os trabalhos a realizar, além dos cuidados com o lar. Filhos também são queridos, mas ficam em segundo plano. O primeiro plano é adquirir equilíbrio financeiro e emocional. Para aí sim, com mais segurança, alçar voos maiores.

A figura da mulher conseguiu atingir muitos espaços antes nunca imaginados pelo universo masculino, machista e também pela sociedade. As mulheres adquiriram voz de comando, são gestoras, executivas, professoras, engenheiras, arquitetas e médicas, entre tantos outros campos de trabalho. Também são mães, mulheres e donas de sua casa própria. Diante disso, muitos homens se assustam ou se incomodam com tanta iniciativa e liderança. Está havendo em muitas famílias uma inversão dos padrões tidos como normais. Há mulheres trabalhando fora e homens cuidando da casa e dos filhos. O que não é errado, cada família estrutura-se da forma que melhor se adequar.

O problema de tanta emancipação ou modernidade para alguns é que as mulheres encontraram junto com todas estas conquistas uma que não é muito agradável. Hoje se vê cada vez mais mulheres sozinhas. A solidão tem chegado devido à falta de comprometimento masculino, a falta de iniciativa masculina ou a falta de iniciativa própria a fim de conquistar e ser conquistado. Muitas mulheres se acomodam querendo viver o que se vivia há muito tempo atrás. Esperar que o homem venha tirá-la pra dançar e que daí nasça o amor verdadeiro e eterno. Na verdade hoje esse tipo de amor, embora exista, pertence mais aos contos de fadas. Pessoas ligadas ao mundo contemporâneo querem mais praticidade, já partem logo para os objetivos finais sem se ater muito aos procedimentos ou preliminares. Casa-se hoje antes de noivar-se. Separa-se antes de conhecer-se de fato. Tudo muda muito rápido e o que parecia ser verdadeiro e eterno acaba como um consumo desenfreado; cansa.

Os homens querem as mulheres de antigamente, embora prefiram estar com as mulheres modernas. As mulheres querem homens modernos, embora prefiram os de antigamente. Talvez um dia as dualidades se encontrem no tempo e proporcionem relacionamentos menos vazios e mais intensos. Relações mais inter-pessoais e menos sociais. Enquanto isso é de se pensar se não é natural e comum ainda estar sozinha quando todos têm pensado muito individualmente esquecendo do outro.


Rosana Fernandes

Título: Por que ainda estou solteira?

Autor: Rosana Fernandes (todos os textos)

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Comentários     ( 4 )    recentes

  • Rafaela CoronelRafaela

    28-07-2014 às 06:21:19

    Estar solteira não é tão ruim assim. Há grandes momentos para apreciar a vida, antes de assumir um compromisso. Para mim, a mulher solteira deve aproveitar esses momentos, mas quando decidir casar tem que se doar completamente, sem reservas!

    ¬ Responder
  • Carla HortaCarla Horta

    16-09-2012 às 22:32:37

    Ainda existe o estigma das mulheres solteiras. Apesar de já vivermos num mundo em que é normal as mulheres serem independentes e optarem por não casar nem terem relações em que vivam com alguém, ser solteira ainda é motivo de falatório. Podendo ou não ser uma opção, ser solteira é bom e os aspectos positivos são inúmeros.

    ¬ Responder
  • michelemichele

    04-03-2011 às 13:35:05

    nunca tive alguem que se importasse realmente com migo por conseqüência nunca fui amada ???

    ¬ Responder
  • EduardoEduardo

    07-04-2010 às 10:50:33

    Porquê você ainda não me conheceu,ou melhor é porquê ainda não tivemos a oportunidade de nos conhecermos,porquê eu também estou sozinho e quem sabe somos realmente feitos um para o outro!Beijo Eduardo

    ¬ Responder

Comentários - Por que ainda estou solteira?

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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