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O Sobreiro e a Cortiça

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
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O Sobreiro e a Cortiça

É do conhecimento geral que a cortiça é um produto proveniente do sobreiro. Mais concretamente, é uma camada exterior à casca da árvore.

Fiquei recentemente aparvalhada com a informação de que há quem pense que se anda a abater sobreiros para lhe extrair a cortiça.

Venho aqui esclarecer, para quem ainda não sabe, que não se faz tal atrocidade.

A extração da cortiça é feita em árvores vivas e sãs. Quando as árvores estão doentes, a cortiça não sai facilmente, não se solta. Muitas vezes sai em pedaços pequenos (chamados tacos) e algumas vezes sai com a casca da árvore. Esta cortiça tem muito menos valor.

Em árvores mortas, a cortiça sai sempre com casca.

Um sobreiro demora cerca de 40 a 60 anos, quando não mais, para se poder “amansar”, isto é, tirar a cortiça virgem (a primeira cortiça), que não tem grande valor.

Depois só se pode voltar a tirar cortiça passados, no mínimo, 9 anos. É proibido por lei retirar cortiça com menos de 9 anos.

Há quem prefira fazer tiradas de 10 em 10 anos, obtendo assim uma cortiça um pouco mais grossa.
Já se está a ver que, não se pode abater as árvores para as explorar. Isso era matar o negócio pois ninguém iria plantar sobreiros para, com sorte, só ter rendimento de 49 em 49 anos. E a madeira do sobreiro não é também de grande valor.

A época da cortiça (altura em que se a tira) é de maio a agosto, mas as condições atmosféricas é que mandão. Em anos de seca, as árvores “fecham” e não é fácil tirar, havendo mesmos sobreiros que não largam a cortiça. Se se forçar. Esta vem com a casca agarrada, diminuindo a sua qualidade e ferindo a árvore.

Também é preciso ter em conta a tipologia do terreno. Em terrenos soalheiros (voltados ao sol). A cortiça começa a “dar” e a “fechar” mais cedo. Em lugares sombrios, as árvores tem mais “vício” pelo que “dão” mais tarde.

A forma de tirar cortiça tem a sua arte e, apesar de haver muitos tiradores, poucos são os que realmente percebem da arte. É necessário ter uma mão muito certa para que os cortes saiam perfeitos. Têm de “sentir” a cortiça por baixo do machado para não darem golpes fundos e ferirem a árvore nem pouco profundo, não cortando a cortiça.

Para se ser um bom tirado é necessário gostar do que faz, da sua arte. Não é fácil andar todos os dias, cerca de 8 a 9 horas diárias, muitas vezes sem fins de semana, com um machado que pesa cerca de 6 quilos na mão.

Um bom tirador não fere a árvore, tira a cortiça em canudos e quando não é possível em pranchas. Quanto maiores forem melhor. Cada canudo ou prancha pode atingir os 15 quilos facilmente. Havendo maiores.

Por fim, faz-se uma pilha com a cortiça. Empilhar também tem a sua técnica. Uma boa pilha favorece a cortiça. Uma má tilha tira-lhe qualidade.

A mesma cortiça empilhada de duas formas diferentes pode ter valores muito diferentes. Pode ser a diferença entre o lucro e o prejuízo.

A pilha é a apresentação, a montra, o cartão-de-visita do vendedor.

Felizmente o sobreiro em Portugal é uma árvore protegida.

O Sobreiro é um Símbolo Nacional.


Isabel Trigo

Título: O Sobreiro e a Cortiça

Autor: Isabel Trigo (todos os textos)

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Comentários - O Sobreiro e a Cortiça

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Cães e Humanos: Amizade por interesses

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Animais Estimação
Cães e Humanos: Amizade por interesses\"Rua
Não é de hoje que os cães são considerados nossos melhores amigos, porém como toda amizade ela não é totalmente incondicional e livre de interesses, pense bem, você pode discordar a princípio, mas analise a fundo e verá que tenho razão.

Cães convivem conosco a mais de 10mil anos, foi lá atrás na pré história que essa amizade começou, uma das mais duradouras da história. Teorias dizem que essa conexão iniciou pois ambas as espécies precisavam de algo que não possuíam e juntos se completaram.

Em plena era do gelo onde a sobrevivência estava sendo testada a todo vapor, aquele lobo considerado mais corajoso se encontrou com um homem também corajoso e resolveram unir forças, talvez não conscientemente, mas deu certo para ambos, e ali iniciava uma amizade que duraria por milênios.

Nesse estágio da nossa história, corríamos perigo de sobrevivência; faltava comida, segurança e energia ! ... E então percebemos que esses lobos simpáticos poderiam nos dar uma vantagem na corrida contra a morte, afinal eles caçavam muito bem , coisa que tínhamos dificuldade em fazer pela falta de energia naquele momento; então pensamos, eles nos ajudam a caçar, nós dividimos o alimento e em troca eles ganham segurança e afeto, e foi assim que essa amizade nos ajudou a enfrentar todos os percalços do caminho, e hoje evoluímos tanto que não precisamos mais de seus serviços e ainda sim continuam sendo nossos melhores amigos, posso dizer então que realmente é uma amizade verdadeira, que surgiu da dificuldade e interesses mas que não se deixou abalar por nada.

Então, agora quando virmos alguém maltratar esses animais, desdenhar deles dizendo que "não prestam pra nada", "não fazem nada de útil", como a galinha que põe ovos, ou a vaca que dá leite, lembremo-nos o quão útil eles foram na nossa caminhada, não só no quesito físico mas também no emocional, numa época em que as aparências não importavam e nem o QI para se fazer um amigo, bastava ser corajoso o bastante pra ultrapassar barreiras e conhecer mais o outro, do jeito que ele viesse, garanto que vantagens incríveis nascerão dessa amizade, e não pense em vantagens como algo ruim, quando digo penso em a vantagem da gente se sentir o humano mais importante do mundo quando esses seres peludos nos olham nos olhos sem pedir mais nada em troca, damos e recebemos carinho como nunca, uma retribuição silenciosa a quem sempre esteve do nosso lado, no pior e melhor momento.

O maior interesse em uma amizade é que ela dure para sempre, e acho que com os Cães conseguimos isso.

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Lara Lavic

Título:Cães e Humanos: Amizade por interesses

Autor:Lara Lavic(todos os textos)

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