Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Outros > O Dom de deixar caminhos feitos..

O Dom de deixar caminhos feitos..

Categoria: Outros
Visitas: 2
Comentários: 3
O Dom de deixar caminhos feitos..

''Todos os dias quando eu entrava no ônibus,eu encontrava essa senhora sentada ao lado da janela..
Íamos conversando,ficava maravilhada com a sua sabedoria,senhora culta,sabia o que dizia,ficamos amigas e sempre falávamos de tudo..aprendi muito com ela..
Só não entendia ,por que ela jogava pela janela,eram pequenas sementes daquela estrada emburacada,feia..não tinha nada de interessante na estrada.
Então eu a fitava e ela somente sorria para mim..e não respondia nada,sobre aquele ato..
E então entrei em uma livraria e comprei um livro para Dona Dita,esse era o apelido dela..gostaria de presenteá-la por me fazer companhia todos os dias,ouvir as minhas dores,meus rancores..
Me apeguei a Dona Dita,como se ela fosse da minha família,ou seja um pedaço de mim..
Finalmente novamente fui ao ponto de ônibus esperar ,quando o ônibus parou,entrei e a primeira coisa que eu fiz,foi olhar para o lugar de Dona Dita..
Ela não estava lá..
Senti meu coração apertado,triste..e pensei..
Justamente hoje que eu comprei um presente ,para dar-lhe em forma de minha gratidão..me entristeci..
Como senti sua falta..falta de suas palavras doces,de sua sabedoria..
Então fiquei de férias e por ser aquele o último dia de aula,eu simplesmente fiquei sem ver a Dona Dita..
Quando as aulas voltaram,eu peguei o presentinho novamente e levei comigo..
Estava com saudades de nossas conversas,trocas de receitas,risadas que dávamos juntas..eu tão jovem e Dona dita tão madura e experiente na vida..
Infelizmente ao entrar no ônibus,eu não a vi mais no seu lugarzinho..
Mas havia levado sementes de rosas para Dona dita..pois eram suas preferidas,rosas brancas...
Então sentei no seu lugar..e fiquei olhando para a janela..e adormeci..mas acordei ao sentir o cheiro de perfume marcante,exatamente o cheiro do perfume de Dona Dita..ela não estava lá..mas de quem era..?? pensei..
Quando olhei para fora,era uma estrada cheia de rosas brancas lindas e perfumadas,uma estrada linda..
Comecei a chorar..Dona dita nunca mais apareceu no Ônibus,e pude entender que ela fez como Jesus cristo,jogou as sementes e elas floresceram...
Nunca mais esqueci Dona Dita..hoje vou sentada no lugar dela..jogando as sementes na estrada..isso mesmo...
As estradas que um dia Dona Dita deixou-me de presente,não só para mim,para todos que estivessem dentro dos carros,dos ônibus,ou mesmo assim como eu vendo uma linda passagem....
Amanhã você pode não estar presente,pois pode ter certeza que o que você plantar..alguém irá colher..

Patricia Santos

Título: O Dom de deixar caminhos feitos..

Autor: Patricia Santos (todos os textos)

Visitas: 2

592 

Deixe o seu comentárioDeixe o seu comentário

Comentários     ( 3 )    recentes

  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãoteresa

    17-06-2014 às 22:55:04

    amei teu texto

    ¬ Responder
  • Patricia SantosPatricia santos

    27-04-2014 às 03:41:20

    Obrigada

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoIsabel

    26-04-2014 às 23:57:47

    Obrigado Patrícia pelas tuas palavras , tocaram meu coração

    ¬ Responder

Comentários - O Dom de deixar caminhos feitos..

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Ler próximo texto...

Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

Pesquisar mais textos:

Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios