Nelson saiu do trabalho tarde da noite. Já era umas 10h para 23h. Encaminhou-se a passos leigos para o ponto de costume. Era temporada de férias, sendo assim não ficava muitas pessoas naquele ponto. E especialmente naquele dia, ele estava só. Completamente só!

Como o ônibus costumava demorar, ele tentou burlar o tempo distraindo-se. Pegou seu moderno celular no bolso direito e começou a jogar um jogo qualquer. Era um destes jogos de MMA. Tem quem acha divertido, principalmente Nelson.

Quando começa a jogar esquece-se do mundo. Esquece-se da vida. Casos assim são comuns acontecer com as pessoas, mas creio que tomar cuidado enquanto está sozinho em um ponto de ônibus é preciso.

Lembra-se que necessário tomar cuidado? Exato! Esse foi o erro de Nelson. Enquanto estava viajando no jogo, um indivíduo maldoso aproximou-se de Nelson e parou ao seu lado.
Obviamente Nelson pensou quem era alguém que iria pegar algum ônibus e não se importou, mas o homem estava olhando demais para seu celular. Até que resolveu pega-lo para si.

_ Passa o celular se não eu atiro!
O homem em questão não tinha uma arma, mas fantasiou. Botou as mãos no bolso fingindo ter uma arma.
Nelson cagando-se de medo não entregou o celular. Ele tinha mais medo de ter seu celular roubado do que morrer com um tiro. Grande estupidez!

Sem se importar com nada, sem se importar com o fato de morrer com um tiro, ele correu para o meio da avenida sem olhar para os lados e foi atropelado. O coitado foi jogado para longe. Sua queda foi terrível. Em meio às dores, as costelas quebradas, ao sangue que escorria por seu rosto desesperado, seus olhos se fecharam e morreu. E o celular? Esse quebrou após a queda, perdeu-se para sempre. Nelson nem o assaltante ficaram com o celular. E o assaltante? Simplesmente correu depois de conferir que o celular tinha espatifado no chão.

Isso não é uma notícia. É apenas uma crônica baseada no comportamento das pessoas. Pessoas que dão a vida por um pedaço de tecnologia moderna realmente existem! Você conhece alguém? Não faça o mesmo com sua própria vida.