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Câmara Ecológica Municipal de Lisboa

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
Comentários: 2
Câmara Ecológica Municipal de Lisboa

Há quase um ano que atravesso diariamente o Jardim da Estrela, em Lisboa, rumo ao meu emprego e, de há uns dias a esta parte, tenho reparado no crescente número de ratos que vieram conquistar o seu território, num dos lagos deste agradável espaço verde da capital.
O Jardim da Estrela tem sido alvo de diversos melhoramentos, tanto ao nível da sua imagem (através da colocação de marcos, caixotes do lixo, placas informativas, etc.), como nas infraestruturas – um novo parque infantil, por exemplo.

Sendo este espaço muito apreciado para a rodagem de filmes publicitários, e sendo realmente um local bastante frequentado por habitantes de Lisboa e visitantes da capital alfacinha, congratulo-me com o facto de ter sido este o lugar escolhido, por parte da Câmara Municipal de Lisboa, para avançar com a sua iniciativa ecológica de reinserção e reabilitação do Rato Alfacinha!

Esta espécie, desumanamente perseguida pela Autarquia, nos anos 80, recebe agora mais tolerância e um habitat onde pode coexistir despreocupadamente com cisnes negros, pombos, pardais, cães (alguns domésticos e outros um pouco menos favorecidos pela sorte), para além de espécies piscícolas e de patos marrecos e mudos, entre outros.


É um espetáculo maravilhoso, e até mesmo ternurento, atravessar o jardim, de manhãzinha, e assistir ao alegre rebuliço destes roedores que, ora percorrem a margem do lago, meio a correr meio a pular, ora se aventuram a nadar freneticamente, com as suas cabecitas de fora de água – e revelam uma excelente perícia na natação.

E não devo ser o único a apreciar este deslumbre da natureza. Militares (cujo hospital é mesmo ali ao lado), reformados, turistas, transeuntes, agentes policiais, crianças e até os próprios encarregados pela manutenção do jardim (que, em abono da verdade, raramente têm descanso) devem, decerto, reservar alguns minutos do seu dia para rejubilarem com uma tão alegre e espontânea manifestação de vida, prosperidade e sucesso ecológico.

Sem contar com o quiosque de leitura que aqui existe, o fértil ecossistema que constitui o lago dos ratinhos do Jardim da Estrela é, sem dúvida, um precioso e desejado local para quem procura combater o stress da vida citadina.


Paulo c. Alves

Título: Câmara Ecológica Municipal de Lisboa

Autor: Paulo c. Alves (todos os textos)

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • Briana AlvesBriana

    27-08-2014 às 12:19:32

    Parece ser um lugar bem agradável e gostoso de estar. Espero que possa continuar sendo preservada e cuidada.

    ¬ Responder
  • Paulo c. AlvesPaulo c. Alves

    10-09-2012 às 11:10:58

    Este texto foi escrito no dia 11 de Julho de 1997.

    ¬ Responder

Comentários - Câmara Ecológica Municipal de Lisboa

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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