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Início > Textos > Categoria > Literatura > Mala de Senhora e Outras Histórias

Mala de Senhora e Outras Histórias

Categoria: Literatura
Visitas: 2
Comentários: 8
Mala de Senhora e Outras Histórias

«Mala de Senhora e Outras Histórias» é um livro de Clara Ferreira Alves, publicado pelas edições Dom Quixote em 2004, cujas 184 páginas se reportam a curtas narrativas autónomas. Embora este tipo de literatura não goze de muito boa reputação em Portugal, tendo mesmo a designação de “menor”, a autora considera que o que não se é capaz de fazer em pequena escala, nunca se poderá realizar a um nível de maior exigência.

«O Coleccionador», com pouco mais de 12 páginas, é um conto que descreve um tio (velho aristocrata arruinado) e um sobrinho (escritor fracassado que tem a seu cargo o tio). Num café parisiense encontram, certo dia, uma senhora e a base desse primeiro contacto consiste numa entusiasmada interlocução acerca da pintura. A recém-conhecida faz, mais tarde, uma visita à mansão do ancião e é conduzida por ele na apreciação da sua imensa colectânea de obras de arte. Algo de inusitado então acontece. Trata-se de uma historieta que leva a reflectir sobre o que constitui realmente a essência do ser humano.
«O Conto e a História» preenche cinco páginas ilustradas com um homem de hábitos bastante arreigados, viúvo há pouquíssimo tempo, sem amigos nem gosto por ver televisão, nem por ir ao café, nem por viajar que, de um momento para o outro, se vê reformado. O hobby predilecto passa a ser a contagem das mortes anunciadas no jornal. Até um dia em que resolve sair de casa…

«Love Online» projecta para um dia 13, às 13h30, no ano 2013, uma mulher que, chegada a casa, está com intenção de se suicidar. Não tendo família alguma nem um homem que se interesse por ela, mergulha na profundidade da sua solidão, que a virtualidade não consegue colmatar. Acaba por se envolver numa relação com um suposto australiano com quem travou conhecimento no espaço cibernético, onde as pessoas são o que não são e não têm nome. A surpresa desse encontro traduz muito do que hoje se passa no âmbito dos perigos das paixões virtuais.

«Strada Nuova» relata a decisão de um diplomata viajado e culto, homossexual frustrado, de se evadir para Veneza após o divórcio de uma alcoólica que nunca o suportou, por achar ter chegado o momento de romper com as aparências, parando, por exemplo, de fingir que gostava de trabalhar.

«O Sonho» aborda o tema de acontecimentos marcantes da nossa vida e da forma como os superamos (ou não), como dominamos os nossos “fantasmas” ou deixamos que eles nos dominem. Na cadeira de um psicoterapeuta, uma paciente retrata um sonho que teve com o próprio pai, o ex-marido e o filho, entretanto falecido. Até que ponto as vicissitudes com os vários actores da nossa vida são determinantes no traçar do rumo desta?

Estes excertos evocam apenas alguns dos contos incluídos na obra de Clara Ferreira Alves «Mala de Senhora e Outras Histórias». É notório que cada um deles incita a um objecto de reflexão. Afinal, a existência é composta por diversas vertentes…


Maria Bijóias

Título: Mala de Senhora e Outras Histórias

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 2

745 

Imagem por: miss_rogue

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Comentários     ( 8 )    recentes

  • SophiaSophia

    09-05-2014 às 18:13:26

    A leitura de contos é sensacional. Atualmente, temos diversos concursos de contos que é possível participar e poder contribuir com uma literatura rica em histórias emocionantes, mas que acima de tudo, traga uma lição de vida.
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • Anne TeixeiraAnne Teixeira

    05-10-2012 às 17:18:15

    Mala de Senhora é um livro de contos, certo? Com pequenas histórias independentes. No Brasil esses livros fazem mais sucesso por causa das provas de vestibulares que pedem essas publicações nos textes de literatura brasileira.Lembro-me de ter lido vários desses quando prestava vestibular.Depois comecei a ler mais livros de poesias, como a Clarice Lispector. Mas acho que a Lia Luft tem livros de contos excelentes também. Ótimas pedidas para passar um tempo relaxando.

    ¬ Responder
  • Cristina SousaCristina Sousa

    02-10-2012 às 22:00:47

    As senhoras têm por hábito utilizarem malas de grandes dimensões, pois assim cabe muita coisa, ou seja, a carteira, as chaves, o batom, a maçã, os óculos, os telemóveis. Para ler nos transportes públicos também coloca na mala um livro de bolso com uma história. E quanto acaba de o ler, começa a leitura de outra história.

    ¬ Responder
  • Daiany Nascimento

    01-10-2012 às 19:38:07

    Olá autora, eu desconhecia esta obra “Mala de Senhora e Outras Histórias”, de Clara Ferreira Alves, publicado pelas edições Dom Quixote em 2004, cujas 184 páginas se reportam a curtas narrativas autónomas. E ao contrário do que ocorre em Portugal, acho que no Brasil este tipo de livro gera uma boa repercussão entre os fãs de literatura. Particularmente, este livro me pareceu interessante e quando tiver a oportunidade, certamente irei ler. Parabens pelo artigo autora.

    ¬ Responder
  • Nilson EmpreendedorNilson Uemoto

    30-09-2012 às 20:39:37

    Eu aprecio bastante livros de contos,são curtos e não enjoam,e Clara Ferreira Alves por ser jornalista além de escritora, já tinha uma vasta experiência em escrever crônicas e resenhas curtas.Pelo que ouvi dizer dos comentários sobre o livro, são histórias curtas, engraçadas e envolventes.Ideal para pessoas que não tem muito tempo,é uma leitura agradável.Muito bom esse texto para dar a conhecer ao mundo essa grande jornalista e escritora que muitos ainda nao conhecem.

    ¬ Responder
  • Teresa Maria Batista GilTeresa Maria Batista Gil

    25-09-2012 às 14:32:02

    As malas de senhora contém um sem número de coisas ditas necessárias e não.Todas elas incluem uma história que lhes diz respeito a elas e não só.As malas de senhora fazem parte do dia-a-dia das senhoras e são imprescindíveis como da comida ou outra coisa de necessidade.

    ¬ Responder
  • Sofia NunesSofia Nunes

    24-09-2012 às 15:44:41

    As narrativas organizadas em livros como «Mala de Senhora e Outras Histórias» podem ser alternativas muito interessantes para quem gosta de acompanhar uma história mas cujo tempo disponível não permite ler uma grande narrativa, porque eventualmente perderia “o fim à meada”. Se são ou não literatura menor cabe aos críticos decidir. Ainda que as pequenas histórias não sejam o meu género de leitura, recomendo aos interessados pelos pequenos contos as obras de Edgar Allan Poe.

    ¬ Responder
  • Gabriela TorresGabriela Torres

    23-09-2012 às 01:26:44

    Mala de Senhora costuma ser cheia de remédios,lenços e livros.Remédios porque costumam estar preparadas para qualquer eventualidade e livros para poder ler durante a viagem.Quanto aos lenços,toda senhora que preze tem vários lenços a disposição.

    ¬ Responder

Comentários - Mala de Senhora e Outras Histórias

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Ler próximo texto...

Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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