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Uma sucursal da própria casa

Categoria: Empresariais
Comentários: 1
Uma sucursal da própria casa

Quando se pensa em escritórios imaginam-se executivos, homens e mulheres, elegantemente vestidos, com uma educação superior e uma postura selecta, a desfilar em corredores ultra limpos com pastas de papéis urgentes, importantíssimos e confidenciais.

É claro que os escritórios de agências publicitárias ficam fora desta apreciação meio apressada, já que é vulgar encontrarem-se por lá criativos de jardineiras, que mais parecem funcionários da limpeza, e outras ilustres figuras que aparentam estar permanentemente no Carnaval, tal é o exagero da imagem.

Os escritórios integram, na maioria das vezes, o cenário de telenovelas e filmes, enquanto palco onde decorrem acções, umas mais lícitas do que outras, como aliás acontece na vida real, que aportam aos intervenientes lucros que lhes permitem auferir uma existência envolta em luxo, festas e toda a espécie de vivências interditas ao comum dos mortais. Tédio é, com certeza, um termo que não consta de certos dicionários

É também dentro de escritórios, infelizmente, que se traçam os destinos das nações e se tomam decisões que determinam o rumo de povos nacionais e internacionais. Obviamente, esta rota tem de ser, frequentemente, revista e repensada, porque as quatro paredes afiguram-se sobremaneira limitativas.

Para muitos, o escritório acaba por representar uma sucursal da própria casa, a atender pelo tempo que lá passam e pelo recheio com o que o decoram.

Naturalmente, de vez em quando, as fotos da família, sobretudo das esposas, são viradas para baixo ou para a parede, como se estivessem de castigo, porque os assuntos a tratar com a secretária não são sigilosos e indignos de olhares tão ternurentos. Lá se vai a postura… E cá se vêm as horas extra…


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Título: Uma sucursal da própria casa

Autor: Rua Direita (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • Rafaela CoronelRafaela

    11-07-2014 às 19:48:00

    Literalmente, minha casa é um sucursal. Amo trabalhar em casa, e não o troco por nada!

    ¬ Responder

Comentários - Uma sucursal da própria casa

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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