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Um filme para não perder: O Segredo de Brokeback Mountain

Categoria: DVD Filmes
Um filme para não perder: O Segredo de Brokeback Mountain

O Segredo de Brokeback Mountain, filme realizado e produzido em 2005 por Ang Lee, e protagonizado por Heath Ledger (o malogrado actor), Jake Gyllenhaal, Michelle Williams e Anna Hathaway, é um quadro onde a paixão inusitada, a força incomum dos instintos humanos levados a extremos e a beleza da irreflexão, da ausência de razão dominam por completo o ecrã e o espectador. Este, de facto, mais não sente que foi completamente arrebatado pelo suceder das peripécias e, a partir de determinado ponto, deixa-se simplesmente vogar ao sabor do enredo desta belíssima película.

Comece-se, pois, por se ressalvar, que a beleza do filme não resulta tanto da exibição das paisagens naturais (e naturalmente) estonteantes do Texas e Wyoming, mas mais pela forma surpreendentemente pura e despretensiosa como a origem desta relação homossexual é retratada. Tanto Jack Twist (Gyllenhaal) como Ennis Del Mar (Ledger) são interceptados num ponto das suas vidas por uma paixão assombrosamente descomedida que tem início numa relação de amizade e companheirismo.

Assim, os dois cowboys vão trabalhar para uma zona inóspita, mas de rara beleza natural: Brokeback. Aí, têm a responsabilidade de guardar um imenso rebanho de ovelhas num ambiente hostil, apesar de sublime. A neve, o frio, os predadores naturais (lobos e ursos), a escassez de mantimentos e a solidão parecem literalmente impelir os dois protagonistas para os braços um do outro. É, pois, numa noite de intenso frio que Jack convida Ennis a resguardar-se na tenda, onde aquele já dormia. E a transição acontece naturalmente: durante a noite, Jack puxa o braço de Ennis, que, repentinamente se ergue, em jeito defensivo. Mas, inesperadamente, os dois beijam-se com intensidade e, a partir desse momento nada mais será igual ou pacífico nas suas vidas.

Mais tarde, após a inevitável separação, ambos se casam, Ennis com Alma e Jack com Lureen. Ambos constituem família, têm filhos e um trabalho. Mas o amor que os une nunca mais os abandonará e a necessidade de se encontrarem clandestina e regularmente torna-se cada vez mais premente e imperiosa, pelo que regressam a Brokeback inúmeras vezes ao longo das suas vidas.

Finalmente, será de salientar que a força enigmática que os aproxima é de tal forma intensa, vigorosa, possante e esmagadora que os dois amantes não se coíbem de fazer demonstrações de carinho em locais onde podem ser facilmente surpreendidos.

É, pois, um filme altamente recomendável, não só porque a história narrada causa «estragos» no nosso coração, como também porque a homossexualidade, ao invés do expectável, e enquanto conceito, acaba por ser diluída e apenas fica o essencial de uma relação entre duas pessoas que se amam.



Isabel Rodrigues

Título: Um filme para não perder: O Segredo de Brokeback Mountain

Autor: Isabel Rodrigues (todos os textos)

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Fine and Mellow

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Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

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