O diário de Tati
Porém nas telonas, ainda havia muitas inquietações sobre o possível sucesso de Tati.
Fui assistir o filme achando que estava cometendo um erro, e que tinha grandes chances de assistir algo que não ia me agradar, porém o filme me conquistou. Dessa produção bem simplória, sem nenhuma arrogância ,porém que mira no alvo e acerta: entreter o público com o cotidiano de uma jovem comum e seus “gigantes” problemas, que, na produção, tudo gira em simplesmente vencer o medo de ser reprovada em Matemática e nas dúvidas do começo da vida amorosa de Tati.
O Diário de Tati é bom filme por duas razões lógicas: o carisma de Périssé sendo a protagonista Tati e o roteiro quadradinho dos diretores E “quadradinho” tem o significado de se propor a fazer o simples (porém bem feito), de não tentar um dialogo mais amplo entre os personagens muito menos ficar tentando analisar o que poderia ser o começo da vida como adulta da adolescente. A produção faz somente um exemplo caricato e cinematográfico de uma pequena jovem e tem a trama toda bem coerente e de certa forma convence o público dentro daquilo que se propôs.
O diretor é o Mauro Farias, que passou boa parte da vida cuidando da direção de seriados de televisão. A direção do filme não tem a intenção de fazer O Diário de Tati uma atração que saiu da televisão e invadiu as telas de cinema, porém é evidente que reduziu muito o aparato cinematográfico. Se quisesse investir mais em certas partes como quando Tati decide jogar futebol, o longa ficaria bem mais interessante. Apesar de um deslize ou outro, é um filme bem feito e engraçado.