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José Saramago, o português desterrado

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Biografias
Visitas: 6
José Saramago, o português desterrado

É como escritor que vamos conhecer José Saramago, uma figura imponente na história da leitura portuguesa, e por causa disso, foi quase expulso de Portugal. De facto somos um país deveras interessante: expulsamos um prémio nobel português só porque somos demasiado conservadores, ou fingimos que somos. Esses falsos moralistas dão cabo de mim, literalmente. Nasce uma revolta, que nem posso com ele.

O primeiro livro deste espetacular escritor, que eu adoro, foi publicado quando tinha apenas vinte e cinco anos, em 1947, intitulado a Terra do Pecado (quem dera a muitos). Para o escritor, este romance não passou do resultado de um conjunto de leituras mal realizadas, embora Saramago afirme que muitos tenham apreciado. Todavia, a sua verdadeira formação começou após a publicação deste livro, dedicando-se à leitura de obras de autores, como Camões, Eça de Queirós e Raul Brandão, outros três escritores também muito especiais. Até podemos dizer que Saramago é o Camões de outros tempos, pois também este foi desterrado. Tão irónico!

Relativamente aos prémios que recebeu, José Saramago afirma «Não é importante. (…) Eu atrevi-me algumas vezes a dizer que o Prémio Nobel é uma invenção diabólica; e a verdade é que não me custa nada repeti-lo. (…) Não estou a dizer com isto que o Prémio Nobel ou o Prémio Camões não me interessam nada».

Sendo Saramago comunista podíamos pensar que ele usou a sua escrita com o fim de exaltar os ideais da sua ideologia, porém essa nunca foi a sua ideia «No que me toca a mim, não estou consciente de alguma vez ter decidido colocar os meus talentos, os meus dotes ou o meu jeito, como alguma coisa que vou usar por que sou comunista (…)». José Saramago usou sim a sua escrita para a História, usando as versões de certezas questionáveis para reinventá-las nos seus romances de ficção «Evidentemente que aquilo que nos chega não são verdades absolutas, são versões de acontecimentos (…) O que nos estão a dar, repito, é uma versão.»

E eu, mais uma vez, estou do lado de Saramago, pois são nos conta meias verdades, desculpando-se com meias mentiras. Que sentido isto faz?


Daniela Vicente

Título: José Saramago, o português desterrado

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

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Fine and Mellow

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Sayonara Melo

Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

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