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José Malhoa (pintor) - vida e obra

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Biografias
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José Malhoa (pintor) - vida e obra

José Malhoa nasceu na Travessa de S. Sebastião na cidade de Caldas da Rainha, a 28 de Abril de 1855 é filho de Joaquim Malhoa e de Ana Clemência. Foi baptizado a 15 de Maio do ano do seu nascimento, na igreja de Nossa Senhora do Pópulo na mesma cidade. Com apenas 8 anos foi para Lisboa onde o seu irmão mais velho Joaquim Malhoa já tinha aberto uma loja de confecções na rua Nova do Almada, tendo ido estudar para a Escola Académica.

Em Outubro do ano de 1867, com apenas 12 anos entrou para a oficina do entalhador Leandro de Sousa Braga que ao aperceber-se das suas capacidades o aconselhou a inscrever-se na Real Academia de Belas-Artes de Lisboa. Foi aluno dessa mesma instituição durante três anos (de 1867 a 1870) no curso inicial focado no ensino do desenho. Frequentou disciplinas de desenho histórico, desenho antigo, e mais tarde aulas de pintura de paisagem e de desenho de modelo ao vivo com Miguel Ângelo Lupi, referências que foram importantes para a estética que viria a desenvolver como artista.

Candidatou-se a bolseiro do Estado no estrangeiro, embora não se saibam as datas concretas, e as mesmas foram consequentemente rejeitadas por diferentes motivos. Mais tarde, em 1875 até ao ano de 1881, foi empregado na loja do seu irmão Joaquim, até a Seara Invadida ter merecido a atenção dos críticos e ter sido criticado pela senhora Margiochi por «ser pintor de tanto talento e insistindo em ser um caixeiro que lhe escangalhava ao chapéus» facto que fez com que José Malhoa se voltasse para a pintura.

Casou-se com Juliana Júlia de Carvalho no ano de 1880, após o qual Malhoa começou a ter uma presença mais assídua na vida artística de Lisboa. Participou na 12.ª Exposição da Sociedade Promotora das Belas-Artes em Portugal, sendo esta a sua primeira presença documentada. Este salão acolheu naquela altura uma exposição onde houve a presença de artistas jovens com uma nova visão artística em Portugal, o Naturalismo. A propósito desta mesma exposição um crítico escreveu:
«[…]todo o bando de desistentes apareceu, firmando numa pequena sala interior, com as suas telas, o protesto oficial contra os outros; e fazia uma impressão estranha no público, essa salinha de pequenos quadros sem linhas, sem sombras nítidas, sem arranjo […] Que era aquilo? Que queria aquilo dizer? Pois ao lado da transfiguração copiada de Raphael pelo decano Fonseca, ao lado do Pescador e do Guerreiro do Sr. Resende, ao lado do Beijo de Judas do Sr. Lupi […] vinham admitir aquelas decorações de sala de jantar?» (Valentim Demónio, Diário de Portugal, 20.12.1881).

Neste grupo chamado de desistentes por Valentim Demónio incluía-se Silva Porto recém regressado de Paris e que trouxe consigo a novidade da pintura de ar livre. Aos 26 anos participou naquela que foi a mais importante mudança no pensamento artístico português do século XIX.

José Malhoa fez parte do Grupo do Leão, designação que se deve ao local onde o grupo se reunia, a Cervejaria Leão de Ouro, na Rua do Príncipe, em Lisboa. Esteve presente em todas as Exposições de Quadros Modernos e na Tertúlia do grupo de Leão, representado por Columbano Bordalo Pinheiro num grande retrato de grupo no ano de 1885, intitulado o Grupo de Leão. Neste mesmo quadro é possível ver José Malhoa em primeiro plano de perfil com Silva Porto à sua direita e com o qual parece que está conversando energicamente. Malhoa tem 30 anos aquando desta representação, uma pose de afeição e de confiança fumando o seu cigarro, mostrando uma atitude de simplicidade e de bem com a vida.

Cerca de 1883 estabelece morada em Figueiró dos Vinhos, por indicação do escultor Simões de Almeida, o que vai influenciar a sua pintura de paisagem e costumes populares. Localidade essa onde mais tarde constrói casa. Muitas das suas obras tiveram como modelo aqueles campos e aquelas gentes que o rodearam.

A aceitação social do pintor torna-se evidente logo no ano de 1881 com as encomendas públicas que recebeu, como A fama Coroando Euterpe, decoração para o tecto da sala de exames do Real Conservatório requerida por Eugénio Cotrim, e A Lei para o Supremo Tribunal de Justiça de Lisboa. Nesta mesma altura o pintor começa a desenvolver uma outra área de pintura, o Retrato a pedido inicial de Carlos Relvas.

«O Sr. Malhoa tem todas as qualidades de um artista. É sobretudo um colorista e, como tal, um dos melhores da nossa actual geração. Mas até aqui tem andado transviado. O que é necessário […] é que se deixe de bonitos e de efeitos procurados. A originalidade e o estilo não se conseguem procurando-os, mas simplesmente sendo sincero, pintando […] exactamente o que se vê» (Abel Acácio, Diário Popular, 7.2.1884) Esta observação pode caracterizar o período que o pintor passava, onde o mesmo procurava a sua linguagem e afirmação. Através das Exposições da Sociedade Promotora das Belas-Artes com as Exposições de Quadros Modernos consegui firmar a sua posição junto do público.

Contudo as obras de Malhoa não são consensuais e pelo que é acusado de excessiva multiplicidade de registos. Todavia o tempo vem provar que estas divergências não têm razão. No ano de 1897 José Malhoa envia pela primeira vez ao Salão da Sociedade dos Artistas Franceses e até ao ano de 1907 descreve a sua época de glorificação como o «mais nacional de todos os pintores portugueses, aquele que menos se deixou influir pelas imitações do estrangeiro, e que melhor interpreta o sentimento da nossa boa terra cantante e luminosa» (A Comédia, 2.6.1902).

José Malhoa foi distinguido por diversas vezes em Portugal e no Estrangeiro. Foi pintor do quotidiano popular, de quadros de costumes, paisagens e retratos. O ano de 1897 foi o ano em que José Malhoa foi consagrado como artista pelo seu trabalho.

Ainda em vida José Malhoa viu a glorificação definitiva da sua obra, a 9 de Maio de 1933 é obtido o parecer favorável do Conselho Superior de Belas-Artes para a criação do museu em sua homenagem. Pouco tempo depois faleceu em Figueiró dos Vinhos a 26 de Outubro. Foi sepultado no cemitério dos Prazeres onde o esperava a sua esposa. Um grupo de amigos, António Montês, José Filipe Rodrigues, Joaquim Agostinho Fernandes e José Augusto de Sousa reúnem-se em Lisboa e decidem a inauguração do museu para o dia do aniversário do artista, 28 de Abril de 1934, instalado então provisoriamente na Casa dos Barcos do Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha, onde fica situado o Museu José Malhoa.


Sónia Henriques

Título: José Malhoa (pintor) - vida e obra

Autor: Sónia Henriques (todos os textos)

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Comentários - José Malhoa (pintor) - vida e obra

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A realidade das grandes cidades é que a maioria das pessoas mora em espaços pequenos. É fato também que todos desejam ter um ambiente acolhedor e aconchegante para receber amigos. Em contrapartida, na medida em que os espaços encolhem, a quantidade de aparelhos eletrônicos que utilizamos aumenta cada vez mais. Há ainda quem use a sala como home-office.

Nesta busca de inspiração para organizar e incrementar sua sala, encontramos uma série de sites especializados e blogs com muitas, muitas ideias. O conceito de D.I.Y. (do it yourself) que significa "faça você mesmo” nunca esteve tão na moda. É uma alternativa para reduzir gastos com mão de obra e nada melhor do que criar um espaço com um toque todo seu. Inspirações e ideias não faltam. Hoje, de certa forma todos nos sentimos meio decoradores.

Mas planejar a decoração de uma sala pequena exige alguns cuidados para que o ambiente não fique entulhado de móveis, disfuncional ou até mesmo desagradável.

Confira algumas dicas para decorar sua sala com estilo e valorizando seu espaço:
Os espelhos, além da autocontemplação, causam efeitos interessantes. Aplicados, por exemplo, em uma parede inteira pode duplicar a amplitude do ambiente. Pode ser usado também em móveis, tetos, em diversos formatos e valorizar a luminosidade da decoração.

As cores tem poder de causar sensações. Em ambientes com pouco espaço, elas podem colaborar para que a sensação de amplitude possa tanto aumentar quanto diminuir. Para pintar as paredes de sua sala aposte em cores claras. O teto com uma cor mais clara que a das paredes, por exemplo, pode simular uma elevação do teto, já em uma cor mais escura, promoverá uma sensação de rebaixamento do teto.

A escolha e posição dos móveis são um aspecto muito importante. Opte por poucos móveis, nunca de tamanhos exagerados e posicione-os de forma que valorize o espaço. Móveis que misturam poucos materiais, baixos e com linhas retas proporcionam leveza ao ambiente.

Uma solução muito interessante para espaços pequenos é a utilização de prateleiras. Caixas para produtos horto frutícolas reformadas podem se tornar lindas prateleiras. Mas cuidado com a profundidade, para não atrapalhar na disposição de outros móveis e objetos.

Móveis multifuncionais ou móveis inteligentes são excelentes alternativas para uma sala pequena. Um bom exemplo são pufes, que podem ser usados como mesas de centro ou ficarem alojados debaixo de aparadores e quando recebemos visitas podem se transformar em assentos extras. Mesas dobráveis também são uma ótima opção.

Escolher o mesmo piso ou revestimento pode dar a impressão de área maior, de continuidade. Mudanças drásticas de um ambiente para outro pode causar a sensação de divisão e consequentemente fazer parecer menor.

Algumas outras dicas: um sofá retrátil ou reclinável garante muito mais conforto e ocupa o espaço de um sofá simples. Suporte ou painéis móveis para TV possibilitam que ela seja movida na direção desejável. Caso o ambiente tenha escadas, escolher um modelo de escadas vazadas evita divisões e pode se tornar uma peça de destaque na sala. E para as cortinas, escolha tecidos leves, lisas e sem estampas.

De qualquer forma, ouse, não tenha medo de arriscar, crie, não copie, só assim será seu!

Luciana Santos.

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Comentários

  • Carlos Rubens Neto 16-06-2016 às 16:20:24

    Excelente matéria! Parabéns Luciana ;)

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